A Síndrome de Tourette (ST) é um
distúrbio neurológico e genético. Tipicamente, os sintomas da ST
aparecem na infância, e a época mais comum é nas séries iniciais
do ensino fundamental I. Desta forma, os professores podem ser os primeiros
a observar os sintomas da ST.
Há
quatro aspectos básicos que caracterizam o distúrbio:
1- O aluno(a) com a ST exibe múltiplos tiques motores involuntários. Estes tiques podem ser movimentos súbitos da cabeça, ombros ou até mesmo de todo o corpo; piscar ou virar de olhos; caretas; ou comportamentos repetitivos de tocar coisas ou bater com os dedos.
1- O aluno(a) com a ST exibe múltiplos tiques motores involuntários. Estes tiques podem ser movimentos súbitos da cabeça, ombros ou até mesmo de todo o corpo; piscar ou virar de olhos; caretas; ou comportamentos repetitivos de tocar coisas ou bater com os dedos.
2-
O segundo aspecto da ST engloba os chamados tiques fônicos –
emissão involuntária de ruídos, palavras ou expressões. Entre
estes podemos incluir: fungar, pigarrear ou tossir repetidamente; uma
variedade de sons ou gritos; risos involuntários; ecolalia
(repetição do que outra pessoa ou a própria criança acabou de
dizer); a coprolalia (dizer palavras socialmente inapropriadas). Este
último tipo de tique fônico na verdade não é muito comum, porém
parece ser um dos mais conhecidos.
3-
Outro aspecto característico da ST é o vai-e-vem dos sintomas. Há
fases em que os tiques são muito intensos e outras em que a criança
aparenta estar livre dos sintomas.
4- Os sintomas da ST mudam com o passar do tempo. Em uma determinada idade o aluno pode exibir piscar de olhos e fungamentos. No ano seguinte ela pode elevar um dos ombros e fazer “cheques” com a língua.
4- Os sintomas da ST mudam com o passar do tempo. Em uma determinada idade o aluno pode exibir piscar de olhos e fungamentos. No ano seguinte ela pode elevar um dos ombros e fazer “cheques” com a língua.
Uma
série de comportamentos se associam à ST, como a hiperatividade, o
comportamento automutilatório, distúrbios de conduta e de
aprendizado, além dos sintomas obsessivo compulsivos (SOC). Alguns
autores observaram que mais de 40% dos pacientes com a ST
apresentavam TOC. Aproximadamente 90% dos portadores da ST tem
sintomas obsessivos.
DICAS
PARA A SALA DE AULA:
Em alguns casos, os cacoetes e ruídos podem atrapalhar a aula. É importante lembrar que eles ocorrem involuntariamente. Não aja com raiva! Isso pode exigir paciência de sua parte, mas repreender o aluno com a ST é como repreender uma criança com paralisia cerebral por ser desajeitada.
O
aluno(a) com a ST que é chamado(a) atenção devido aos seus
sintomas torna-se muitas vezes hostil em relação a autoridade e
fica receosa em relação a escola. Além disso, você estará
servindo de modelo para a reação dos outros alunos da turma.
Portanto, uma atitude positiva e a aceitação destes alunos são
fundamentais para que eles se adaptem ao grupo.
Dê ao aluno oportunidades para pequenos intervalos fora da sala de aula para dar vazão aos tiques. Alguns alunos com a ST querem, e conseguem suprimir seus tiques durante um curto tempo, porém há necessidade de descarregá-los devido a um aumento da tensão emocional. Estes pequenos intervalos podem aumentar a capacidade de concentração do aluno, já que ela não estará usando toda a sua energia na supressão dos tiques.
Permita, se necessário, que o aluno com a ST faça provas em um local reservado, e com um tempo maior, para que não haja gasto de energia emocional na contenção dos tiques.
Trabalhe com outros alunos da turma e da escola a fim de ajudá-los a entender os tiques e a reduzir as implicâncias e ridicularizações. (solicite o folheto “Marcos e Cacoetes” escrevendo para o endereço no final deste folheto, caso queira conhecer mais sobre o assunto).
Caso os cacoetes de um aluno se tornem muito incômodos, evite temporariamente que o aluno se dirija em voz alta para a turma. O aluno poderia gravar exercícios orais de forma que ele pudesse ser avaliado sem o “stress” de ficar diante da turma.
Você deve ter em mente que o aluno com a ST está tão frustrado quanto você a respeito da natureza incômoda dos tiques. O professor se tornado um aliado desta criança, e ajudando-a a lidar com este distúrbio, juntamente com a família e outros profissionais, pode tornar a vida acadêmica da criança coma ST uma experiência enriquecedora.
LIDANDO COM PROBLEMAS DE ESCRITA
Dê ao aluno oportunidades para pequenos intervalos fora da sala de aula para dar vazão aos tiques. Alguns alunos com a ST querem, e conseguem suprimir seus tiques durante um curto tempo, porém há necessidade de descarregá-los devido a um aumento da tensão emocional. Estes pequenos intervalos podem aumentar a capacidade de concentração do aluno, já que ela não estará usando toda a sua energia na supressão dos tiques.
Permita, se necessário, que o aluno com a ST faça provas em um local reservado, e com um tempo maior, para que não haja gasto de energia emocional na contenção dos tiques.
Trabalhe com outros alunos da turma e da escola a fim de ajudá-los a entender os tiques e a reduzir as implicâncias e ridicularizações. (solicite o folheto “Marcos e Cacoetes” escrevendo para o endereço no final deste folheto, caso queira conhecer mais sobre o assunto).
Caso os cacoetes de um aluno se tornem muito incômodos, evite temporariamente que o aluno se dirija em voz alta para a turma. O aluno poderia gravar exercícios orais de forma que ele pudesse ser avaliado sem o “stress” de ficar diante da turma.
Você deve ter em mente que o aluno com a ST está tão frustrado quanto você a respeito da natureza incômoda dos tiques. O professor se tornado um aliado desta criança, e ajudando-a a lidar com este distúrbio, juntamente com a família e outros profissionais, pode tornar a vida acadêmica da criança coma ST uma experiência enriquecedora.
LIDANDO COM PROBLEMAS DE ESCRITA
Uma percentagem significativa de crianças com a ST também possui problemas de integração visuo-motora. Portanto, tarefas que exijam que esses alunos visualizem, processem e escrevam são difíceis, também a cópia do quadro negro ou de um livro, a execução de longas tarefas escritas e a apresentação de trabalhos escritos, são prejudicados. Algumas vezes, pode parecer que o aluno é preguiçoso ou “enrolador”, mas, na verdade, o esforço para colocar a tarefa no papel é massacrante para esses alunos.
Há uma série de medidas que podem ajudar as crianças com dificuldades de escrita:
Modifique as tarefas escritas permitindo que:
A criança execute problemas alternados de uma página dos livros: Português, Matemática, etc. ;
O aluno apresente os seus trabalhos oralmente;
Um familiar, ou outro adulto atue como uma “secretária” de modo que o aluno possa ditar suas idéias, para facilitar a formação de conceitos. É bom concentrar-se no que o aluno aprendeu e não na quantidade de trabalho escrito produzido.
Já que o aluno com problemas visuo-motores pode não conseguir escrever rapidamente e, portanto, deixar de anotar informações importantes, designe um colega de turma que utilize papel carbono para fazer cópias de anotações e de deveres de casa. Este colega deve ser um aluno confiável. Aja discretamente a fim de que o aluno com a ST não se sinta ainda mais diferente.
Aluno com problemas visuo-motores geralmente apresentam erros de ortografia. Não considere os erros de ortografia e encoraje o aluno a reler o texto produzido.
Avalie a caligrafia baseando-se no esforço do aluno.
Alunos com a ST apresentam dificuldades especiais para a execução de exercícios escritos de matemática. Eles podem ser auxiliados pelo uso de papel milimetrado com quadros grandes, ou com papel pautado comum, colocado de lado, a fim de formar colunas para o cálculo. O professor também pode permitir o uso de calculadoras para cálculos simples.
Estas medidas podem representar a diferença entre um aluno motivado, bem sucedido e um aluno que se sente um fracasso o que começará a evitar as tarefas escolares por nunca conseguir bons resultados.
LIDANDO COM PROBLEMAS DE LINGUAGEM RELACIONADOS À SINDROME DE TOURETTE
Algumas alunos com a ST têm sintomas que afetam a linguagem.
DICAS:
Forneça tanto informação visual quanto auditiva sempre que possível. O aluno poderia receber informações escritas e orais, ou uma cópia do roteiro de aula enquanto ouve as instruções. Gráficos e gravuras que ilustrem o texto também ajudam bastante.
Dê instruções em uma ou duas etapas de cada vez. Quando possível, peça ao aluno para repetir as instruções para você. Em seguida faça com que o aluno complete um ou dois itens e verifique se ele os fez adequadamente.
Se você perceber o aluno resmungando enquanto trabalha, sugira a ele que sente em um lugar onde não incomodará os outros. Algumas vezes a repetição de instruções ou informações em voz baixa ajuda estes alunos a entenderem e lembrarem a tarefa, bem como a organizarem o raciocínio.
Entre os problemas de linguagem característicos do aluno com a ST encontra-se a repetição de suas próprias palavras ou de outra pessoa. Estes sintomas pode parecer gagueira, mas na verdade há omissão de palavras ou expressões.
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LIDANDO COM PROBLEMAS DE ATENÇÃO
Forneça tanto informação visual quanto auditiva sempre que possível. O aluno poderia receber informações escritas e orais, ou uma cópia do roteiro de aula enquanto ouve as instruções. Gráficos e gravuras que ilustrem o texto também ajudam bastante.
Dê instruções em uma ou duas etapas de cada vez. Quando possível, peça ao aluno para repetir as instruções para você. Em seguida faça com que o aluno complete um ou dois itens e verifique se ele os fez adequadamente.
Se você perceber o aluno resmungando enquanto trabalha, sugira a ele que sente em um lugar onde não incomodará os outros. Algumas vezes a repetição de instruções ou informações em voz baixa ajuda estes alunos a entenderem e lembrarem a tarefa, bem como a organizarem o raciocínio.
Entre os problemas de linguagem característicos do aluno com a ST encontra-se a repetição de suas próprias palavras ou de outra pessoa. Estes sintomas pode parecer gagueira, mas na verdade há omissão de palavras ou expressões.
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LIDANDO COM PROBLEMAS DE ATENÇÃO
Além das dificuldades de aprendizagem, muitas crianças com a ST possuem graus variáveis do Distúrbio Deficitário de Atenção com Hiperatividade.
As sugestões que se seguem podem ser úteis ao aluno com a ST e Problemas de Atenção.
Coloque a criança sentada na primeira fileira, em frente ao professor, com o intuito de minimizar a distração causada pelas outras crianças.
Evite colocar o aluno sentado perto de janelas, portas ou outras fontes de distração.
Dê ao aluno a possibilidade de um lugar calmo para estudar. Pode ser na biblioteca. Este lugar não deve ser usado como punição, mas sim como um lugar onde a criança possa se dirigir quando estiver com dificuldades de concentração.
O aluno deve trabalhar intensamente durante curtos períodos de tempo, com intervalos para ajudar o professor em alguma atividade ou simplesmente ficar em seu assento.
Combine
a execução de tarefas com antecedência. Um número específico de
problemas deve ser resolvido dentro de um tempo pré-determinado.
Seja realista. Alunos com problemas de atenção não podem fazer
duas ou mais atividades independentes ao mesmo tempo. Exercícios
curtos com verificações freqüentes são mais eficientes.
Com uma criança mais jovem, uma atitude simples, como colocar a sua mão no ombro dela, pode ser útil como um lembrete para manter a atenção no que está sendo dito.
UM DESAFIO E UMA OPORTUNIDADE
Com uma criança mais jovem, uma atitude simples, como colocar a sua mão no ombro dela, pode ser útil como um lembrete para manter a atenção no que está sendo dito.
UM DESAFIO E UMA OPORTUNIDADE
Trabalhar
com um aluno com ST pode proporcionar desafios interessantes. Quanto
mais você conhece e entende o distúrbio, mais capaz você será de
ajudar o desenvolvimento deste aluno. Você dispõe de uma tremenda
oportunidade de ter um importante impacto na vida desta criança.
Crianças com a ST que conseguem se sentir confortáveis com seus
professores e colegas, brilham na escola e se tornam indivíduos
capazes de desenvolver seus talentos e prestar uma contribuição
positiva à sociedade. Aquelas crianças cujos sintomas são mal
compreendidos ou que não encontram apoio na escola, carregam um
enorme peso emocional. Para o aluno, a escola é a arena onde se é
testado. A imagem de competência, sucesso e valor que o aluno tem de
si mesmo é tremendamente afetada pelas experiências escolares.
Conhecimento, apoio, paciência, flexibilidade e carinho são os
melhores presentes que um professor pode dar a uma criança com a
ST.
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Mais informações sobre a ST:
Prof. Dr. Gilberto Ne Ottoni de Brito
Laboratório de Neuropsicologia Clínica
Setor de Neurociências
Instituto Biomédico – UFF
Rua: Hernani Mello, 101
Niterói, RJ
CEP: 22401-000
Texto extraido do site da Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo Compulsivo http://www.astoc.org.br/
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Mais informações sobre a ST:
Prof. Dr. Gilberto Ne Ottoni de Brito
Laboratório de Neuropsicologia Clínica
Setor de Neurociências
Instituto Biomédico – UFF
Rua: Hernani Mello, 101
Niterói, RJ
CEP: 22401-000
Texto extraido do site da Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo Compulsivo http://www.astoc.org.br/
vídeo sobre o Tourett:
https://youtu.be/ou-KVmw05R4
://youtu.be/ou-KVmw05R4
Obs.: Indico um filme que assisti, muito bom, que tem a atuação de personagens retratando muito bem a Síndrome . É um filme de comédia muito legal, chamado: Toc, Toc.
Neste site , há informações mais detalhadas sobre o filme: https://www.duascabecas.com/inicio/toc-toc
Obs.: Indico um filme que assisti, muito bom, que tem a atuação de personagens retratando muito bem a Síndrome . É um filme de comédia muito legal, chamado: Toc, Toc.
Neste site , há informações mais detalhadas sobre o filme: https://www.duascabecas.com/inicio/toc-toc