Arquivo do blog

terça-feira, 30 de março de 2021

Atividades DIAGNÓSTICAS- 6° ano- Matemática- 1° Trimestre - Com Formulários


Formulário 1 - SITUAÇÕES PROBLEMAS  envolvendo números naturais:

https://forms.gle/jnJ9wvH9vMdkpCB8A


Formulário 2 - SITUAÇÕES PROBLEMAS COM GRÁFICOS-Organização, Leitura e Interpretação de Tabelas

https://forms.gle/pNaqS7W9qpbzNgF57


Formulário 3 - CÁLCULO DE TEMPO-  MEDIDAS DE MASSA

https://forms.gle/JsE1zdc9MHspR8yv7


Formulário 4- SISTEMA MONETÁRIO

https://forms.gle/dMwAufCTjRUQTndz7 


Formulário 5- ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO

https://forms.gle/YG22LACg6hzu1zkMA


Formulário 6 - MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO

https://forms.gle/AcU5LzXoDuvghMwz7

Conteúdos Essenciais- 6º ano– 1º Trimestre - Matemática - Flexibilizado para alunos com Deficiências ou Transtornos de Aprendizagem



Conteúdos: Currículo Priorizado – 


1º Trimestre - 6º ano-  MATEMÁTICA


1- Números Naturais: 


adição, subtração,


 multiplicação, divisão;


2- Situações Problemas envolvendo 


números naturais;


Organização, Leitura e Interpretação  


de  Tabelas;


 3- Figuras Geométricas Planas;


4- Sistema de Numeração Decimal;


5- Reta Numérica;


6- Organização, Leitura 


e Interpretação  de Tabelas 


Para acessar a apostila, acesse  o link:

https://drive.google.com/file/d/1KB2aUe77QxJP0vX1ThDkPXA76LUeRKHM/view?usp=sharing

terça-feira, 9 de março de 2021

 


DISLEXIA :  Distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura escrita e soletração

 Pode se apresentar quando uma criança saudável, inteligente, com estímulos sócio culturais adequados e sem problemas de ordem sensorial ou emocional, tem uma dificuldade acima do comum em aprender a ler.

É um distúrbio neurofuncional. O funcionamento cerebral depende da ativação integrada e simultânea de diversas redes neuronais para decodificar as informações. Pode estar ou não em comorbidade com outros Transtornos de Aprendizagem.


“A escola tem que ser esse lugar em que as crianças tem a

oportunidade de ser elas mesmas e onde as diferenças não são

escondidas, mas destacadas.” (Mantoan)




DISLEXIA : ORIENTAÇÕES AOS PROFESSORES DA SALA COMUM



Postura do professor: Ser um PROFESSOR Assertivo:  que se sabe fazer respeitar, comprometido com seu trabalho, que seja referência e exemplo a ser seguido. Que ame e respeite aos alunos, acredita neles, confere-lhes responsabilidades, elogia quando devido  e admoesta quando necessário, recordando a regra e mostrando as consequências de seus atos.

DIFERENCIAÇÕES CURRICULARES: reflexões e práticas que tendem a acentuar a necessidade de se respeitar as singularidades cognitivas e culturais dos alunos como fator fundamental da gestão do seu processo de ensino-aprendizagem. Exemplos:

1- Diferenciações no Tempo: facilitações relacionadas ao tempo podem incluir várias flexibilizações. Exemplos:

a) Permitir mais tempo nas avaliações;

b) Permitir mais tempo nas atividades em classe (que envolvam a dificuldade em questão);

c) Permitir mais tempo para entrega de trabalhos;

d) Permitir intervalos frequentes (em atividades específicas ou em avaliações);

e) Permitir mais tempo no empréstimo de livros da biblioteca

2. Desenvolvimento das atividades: inclui alterações na forma como as atividades são desenvolvidas. Exemplos:

a) Permitir que o aluno grave a aula em áudio ou em vídeo (para dificuldades de atenção, memória ou compreensão);

b) Oferecer algum tipo de organizador da informação durante a aula (esquema impresso, incentivar uso de agendas e outros tipos de registros).

c) Permitir uso de calculadora;

d) Evitar atividades de cópia da lousa. Se necessário: dividir o quadro em partes, numerá-los, usar cores diferentes nas linhas ou parágrafos;

e) Fornecer feedback constante e sempre promover a autoestima dos alunos.

3. Contexto: refere-se a modificações no ambiente do aluno. Exemplo:

a) Fazer prova em uma sala a parte ou em um grupo pequeno, na biblioteca ou SRM;

b) Sugerir assento preferencial ( mais perto do professor e da lousa, longe da porta, lugar mais iluminado, etc);

c) Diminuir estímulos distratores visuais ou auditivos.

4. Respostas: flexibilizar a forma do aluno responder ao que é solicitado. Exemplo:

a) Permitir respostas orais ou de outro tipo, sem que seja necessário o uso da escrita cursiva; permitir ledor para o aluno ou avaliações ou trablahos escolares;

b) Disponibilizar um ‘escriba’ para escrever as questões ditadas pelo aluno;

c) Permitir gravador para gravar as respostas orais do aluno;

d) Permitir uso de computador com corretor ortográfico;

e) Permitir cálculos mentais ao invés de escritos;

f) Oferecer espaço quadriculado, ao invés de espaço em branco, para resolução de problemas que envolvam cálculos;

g) Oferecer linhas mais espaçadas;

h) Evitar desencorajar diferentes formas de solução de problemas.

5. Apresentação do conteúdo:

a) Apresentar o material aos alunos de uma forma diferente da tradicional;

b) Incluir mudanças de forma e de organização do conteúdo..

5.1. Exemplos de mudanças de forma:

a) Fornecer livros falados ou vídeos;

b) Apresentar instruções oralmente e por escrito;

c) Apresentar o material com letras maiores, com imagens, textos mais curtos;

d) Diminuir o número de itens por página ou por linha;

e) Usar indicadores visuais, como desenhos, esquemas, cores diferentes.

5.2. Exemplos de mudanças de organização do conteúdo:

a) Apresentar novas ideias ou conceitos explicitamente;

b) Fornecer sumário do novo tópico antes de iniciar a matéria (pode ser na aula anterior, para os alunos lerem em casa);

c) Deixar claro quais são os objetivos e alvos de cada capítulo da matéria: informação essencial e complementar;

d)Ao final, fornecer sumário das informações principais;

e) Listar os fatos principais de um conteúdo e numerá-los;

f) Durante as aulas e nas avaliações: evitar frases demasiadamente longas (faladas e escritas);

g) Dar instruções passo a passo;

h) Quebrar tarefas em partes menores; i) Incentivar revisões frequentes do conteúdo, pois dificuldades na memorização são comuns;

j) Buscar ensino multissensorial e variedade dos formatos das atividades: ouvir, ver (texto, figuras, desenhos, diagramas), fazer (texto, diagrama, esquemas, cartões), conversar com colegas, realizar apresentações orais.

k) Possibilitar ao aluno o uso de macetes, dicas, esquemas, fórmulas, tabuada, modelos de resolução de exercícios, etc.

-Rotina – 1- Estabelecer uma rotina para todos os dias  - deixar escrito no quadro-giz – quando houver mudanças, avisar antecipadamente.

2-Colocar o aluno perto de colegas que não o provoquem,não o distraia.

3-Dar responsabilidades que elas possam cumprir faz com que se sintam necessárias e valorizadas.

4-Nunca provocar constrangimento ou menosprezar o aluno.

5-Grande parte das crianças com Dislexia consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos.

6-Diminuir o ritmo. Muitas atividades de 10 minutos cada uma traz melhores resultados do que duas tarefas de meia hora.

7-Deixá-lo sair da sala, nos momentos de exaustão: como ir à secretaria, levantar para apontar o lápis, ir ao banheiro, sair para tomar água.

8-Recompensar os esforços, a persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado;  

9-Avaliação frequente sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante. Elogiar o aluno

10-Favorecer frequente contato aluno/professor. Isto permite um “controle” extra sobre o aluno, ajuda-a a começar e continuar a tarefa;

11-Colocar limites claros e objetivos; ter uma atitude disciplinar equilibrada e proporcionar avaliação frequente, com sugestões concretas para um comportamento adequado;

12-Evitar muitos estímulos visuais na sala que desviem sua atenção.

13-Estabelecer intervalos previsíveis de períodos sem trabalho que a criança pode ganhar como recompensa por esforço feito.

14-Permanecer em comunicação constante com o psicólogo, professora da SRM ou pedagogo da escola. Ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.

15-Utilize atividades que envolvam escritas, como escrever um livro e ilustrá-lo, isso pode despertar nela desejo em criar algo seu e admirar seu trabalho final, podendo isso, ser estendido às lições em sala de aula. Uma outra técnica é a de despertar na criança o gosto pela leitura, através de assuntos e temas de seu interesse(internet) e também aguçar a curiosidade por conhecer novos livros, revistas e gibis.

16-Adaptar algumas tarefas ajuda a amenizar os efeitos mais prejudiciais do transtorno.

17-Avaliar se as atividades propostas são desafiadoras e se a rotina não está repetitiva.

18- Demandar que o aluno produza dentro de sua capacidade de produção. Cada aluno deverá trabalhar dentro de suas possibilidades

19- Apoio emocional em casa e na escola. Isso pode ajudar a superar os traumas de ser um aluno diferente de seus colegas.

20- Personalização: observar quando um aluno se sai melhor em sala, com o que ele se sente mais confortável, se é mais auditivo, sinestésico ou visual.

21- Conversar com o pedagogo, e uma vez tendo o aluno diagnosticado, estabelecer parceria com os pais com tarefas que sejam a extensão do mundo do aluno em sala de aula e vice-versa.

22- Desenvolver avaliações que ensinem a “olhar a diferença”, e a medir o que o aluno consegue fazer, ao invés daquilo que ele não consegue fazer.

23- Conhecer bastante cada aluno, conversar com eles, e em alguns casos, ter os números de contato da família sempre à mão.

24- Contar histórias pode ajudar disléxicos com leitura/escrita.

25- Trabalhar a consciência da turma em relação a alunos com necessidades especiais. Não se responsabilizar sozinho pela administração da aula, mas compartilhar necessidades também com outros alunos, incentivando a cooperação.

26- Estar atento às dificuldades destes alunos aula após aula.

A escola tem papel fundamental no trabalho com os alunos que apresentam dificuldades de linguagem.

27- MELHORANDO A AUTOESTIMA:

Incentive o aluno a restaurar o confiança em si próprio, valorizando o que ele gosta e faz bem feito;

Ressalte os acertos, ainda que pequenos, e não enfatize os erros;

Valorize o esforço e interesse do aluno;

Evite usar a expressão "tente esforçar-se" ou outras semelhantes, pois o que ele faz é o que ele é capaz de fazer no momento;

Fale francamente sobre suas dificuldades sem, porém, fazê-lo sentir-se incapaz, mas auxiliando-o a superá-las;

Respeite o seu ritmo, pois a criança com dificuldade de linguagem tem problemas de processamento da informação. Ela precisa de mais tempo para pensar, para dar sentido ao que ela viu e ouviu;

Um professor pode elevar a auto-estima de um aluno estando interessado nele como pessoa; Nós não aprendemos pelo fracasso, mas sim pelos sucessos.

28- MONITORANDO AS ATIVIDADES:

Certifique-se de que as tarefas de casa foram compreendidas e anotadas corretamente;

Certifique-se de que seu aluno pode ler e compreender o enunciado ou a questão. Caso contrário, leia as instruções para ele;

Leve em conta as dificuldades específicas do aluno e as dificuldades da nossa língua quando corrigir os deveres;

Estimule a expressão verbal do aluno;

Dê instruções e orientações curtas e simples que evitem confusões;

Dê "dicas" específicas de como o aluno pode aprender ou estudar a sua disciplina

Oriente o aluno sobre como organizar-se no tempo e no espaço;

Não insista em exercícios de fixação repetitivos e numerosos, pois isso não diminui a sua dificuldade;

Dê explicações de "como fazer" sempre que possível, posicionando-se ao seu lado;

Esquematize o conteúdo das aulas quando o assunto for muito difícil para o aluno. Assim, a professora terá a garantia de que ele está adquirindo os principais conceitos da matéria através de esquemas claros e didáticos;

"Uma imagem vale mais que mil palavras": demonstrações e filmes podem ser utilizados para enfatizar as aulas, variar as estratégias e motivá-los. Auxiliam na integração da modalidade auditiva e visual , e a discussão em sala que se segue auxilia o aluno organizar a informação. Por exemplo: para explicar a mudança do estado físico da água líquida para gasosa, faça-o visualizar uma chaleira com a água fervendo;

Não insista para que o aluno leia em voz alta perante a turma, pois ele tem consciência de seus erros. A maioria dos textos de seu nível é difícil para ele; Alunos disléxicos podem ser bem sucedidos em uma classe regular. O sucesso dependerá do cuidado em relação à sua leitura e das estratégias usadas.

AVALIAÇÃO:

As crianças com dificuldade de linguagem têm problemas com testes e provas: Em geral, não conseguem ler todas as palavras das questões do teste e não estão certas sobre o que está sendo solicitado. - Elas têm dificuldade de escrever as respostas; - Sua escrita é lenta, e não conseguem terminar dentro do tempo estipulado

Recomendamos que, ao elaborar, aplicar e corrigir as avaliações do aluno disléxico, especialmente as realizadas em sala de aula, adote os seguintes procedimentos:

- Leia as questões/problemas junto com o aluno, de maneira que ele entenda o que está sendo perguntado;

- Explicite sua disponibilidade para esclarecer-lhe eventuais dúvidas sobre o que está sendo perguntado;

- Dê-lhe tempo necessário para fazer a prova com calma;

- Ao recolhê-la, verifique as respostas e, caso seja necessário, confirme com o aluno o que ele quis dizer com o que escreveu, anotando sua(s) resposta(s)

- Ao corrigi-la, valorize ao máximo a produção do aluno, pois frases aparentemente sem sentido e palavras incompletas ou gramaticalmente erradas não representam conceitos ou informações erradas;

- Você pode e deve realizar avaliações orais também.

Se o disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos, temos que ensinar do jeito que ele aprende.

Sugestões de modificações no ambiente escolar:

https://www.facebook.com/Pedagogiadascores/photos/a.1387795164610226.1073742092.393670354022717/1387795327943543/?type=3&ifg=1

Vídeo para conscientização de alunos:

https://www.youtube.com/watch?v=7JdCY-cdgkI


sábado, 6 de março de 2021

RELATÓRIO PEDAGÓGICO ( Para encaminhamento a Profissional Clínico) - Alunos com Indicativos de TDAH, Falha no Processamento Auditivo Central e Autismo.


Aluno: _______________

Série: 

D/N=   

A pedido da mãe, senhora __________________, me foi solicitado que realizasse atendimento especializado individualizado para ajudar o seu filho no processo de alfabetização (leitura e escrita), já que o mesmo estava apresentando dificuldades de aprendizagem nestas áreas da linguagem.

Segundo a mãe, o filho precisa ser ajudado nas tarefas escolares, deixa tarefas solicitadas em sala de aula sem concluir, é desatencioso, impaciente, agitado, ansioso, não apresenta interesse pela aprendizagem e conteúdos escolares. Em atendimento, o aluno vem sempre medicado, realiza as atividades solicitadas, com o uso de metodologia diferenciadas e de forma lúdica tem foco e persistência nas atividades. Suas notas escolares estão dentro da média em todas as disciplinas de estudo. É bastante inteligente, aprende com facilidade, retém conteúdos, não tem problema de interiorização de conceitos e tem memória ótima, é detalhista e perfeccionista.

Em conversa com a mãe, esta relatou que o filho apresenta as seguintes características no ambiente familiar:

1-Tem dificuldade de manter a atenção em atividades que não sejam tarefas lúdicas ou de seu interesse;

2-Possui dificuldades em se organizar para fazer algo ou planejar com antecedência tarefas, atividades, etc;

4-Evita, antipatiza-se, reluta em fazer deveres de casa ou em iniciar/concluir tarefas que exigem esforço mental constante e por muito tempo;

5-Distrai-se com muita facilidade com coisas a sua volta, barulho, conversas, ou mesmo com seus próprios pensamentos, alheios à sua tarefa. Possui muita agitação motora.

Nas áreas afetivas, cognitivas e sociais, durante o tempo em que foi trabalhado com o aluno percebeu-se que o mesmo é amoroso e carinhoso, principalmente com as pessoas que tem vínculo, aprende muito rápido, principalmente se o assunto for do seu interesse e trabalhado de forma lúdica, é correto, persistente, gosta que cumpra promessas, não aceita mentiras, é maduro para assuntos sociais, não gosta de ser contrariado, percebe detalhes de um ambiente social que ninguém percebe, parece não estar entendendo, estar alheio, mas percebe e sabe tudo o que está acontecendo à sua volta , gosta de seguir (andar atrás de) pessoas as quais é apegado, examina os cabelos das pessoas de quem gosta muito, tem dúvidas em agir em algumas situações ( referentes à sua idade), é hiperativo, impulsivo, inquieto, ótimo vocabulário e comunicação oral, gosta de imitar, repetir fala ou ações de alguns personagens que gosta, é preocupado e ansioso, quando tem que fazer alguma coisa importante pra ele, fica focado, só pensa nisso, até concluir. Gosta de repetir fazer as mesmas atividades, jogos, brincadeiras.

Na área acadêmica, foram trabalhados somente conteúdos de Língua Portuguesa, referentes à leitura e escrita. O aluno, no início do trabalho pedagógico estava no nível silábico-alfabético, com hipótese silábica. Ele estabelecia pouca relação entre o contexto sonoro e seu registro, sabia que para escrever coisas diferentes precisava usar letras diferentes, mas não sabia como representar a palavra de forma escrita, utilizava por exemplo, uma letra, para representar uma sílaba, trocas fonêmicas e ortográficas, dificuldade na correspondência grafema/fonema, rimas, aliteração, segmentação de palavras, sílabas,etc. Não sabia a representação silábica, a correspondência e reconhecimento sonoro/visual dos grafemas era insatisfatório, não tinha consciência fonológica. as mesmas dificuldades encontradas em disléxicos, a diferença é que quando foi trabalhado a articulação da boca, os sons e as letras (método fônico) de forma gradual, sistemática e planejada, o aluno conseguiu aprender de forma satisfatória, não apresentando os indicativos de dislexia. Acredita-se que ás dificuldades apresentadas sejam resultados em grande parte devido ao déficit da habilidade auditiva e DPAC e falhas e tempo insuficiente no processo de alfabetização, que não foi realizado com ênfase no método fonêmico e consciência fonológica, que no caso dele, é o método mais indicado. O aluno está num nível bom de leitura de escrita, com boa compreensão do processo. Precisa somente de treino para melhorar as habilidades e ter maior segurança, velocidade, fluência, entonação e ritmo. Na escrita, também possui apenas as dificuldades do seu nível de escolaridade. Suas habilidades na área da linguagem estão quase dentro do esperado, para sua idade. O aluno tem compreensão e potencial para chegar no esperado para sua idade, não está assim ainda porque não pratica a leitura e escrita como necessário.

De acordo com a avaliação realizada pela professora especializada, sugere-se que o aluno seja encaminhado a um profissional clínico, neurologista , para avaliação se o mesmo possui TDAH ou esses traços estão ofuscando indicativos de problemas invasivos de desenvolvimento (Autismo), de forma leve, e uso de medicação, caso necessário.

Caso o aluno apresente algum diagnóstico, pedimos a gentileza do laudo e encaminhamento do aluno para frequentar a SRM Sala de Recursos Multifuncional, com sugestões para atendimento às suas necessidades educacionais especiais.


WENCESLAU BRAZ, 04 DE NOVEMBRO DE 2020.


SILVANA BASSANI DA SILVA

PROFESSORA DO AEE- Atendimento Educacional Especializado


O LUTO dos Pais de Filhos com DEFICIÊNCIA: Uma Realidade Dilacerante!!!

 

O LUTO dos Pais de Filhos com DEFICIÊNCIA: Uma Realidade Dilacerante!!!

                                                                                        Silvana Bassani da Silva

                                                                                                                                                         


Em uma relação matrimonial,  os pais sonham com a maternidade e paternidade,  e principalmente a mãe,  sonha com a gestação, com o nascimento perfeito do  filho, possíveis nomes, conversam sobre o que desejam para a criança planejada, comentam sobre possíveis características físicas, se será menino ou menina, constroem um sonho e nem de longe imaginam terem um filho com deficiência ou algum transtorno. Prevalece o sonho de um filho idealizado.

Na gestação então, a mãe vive os sonhos mais lindos e nem acredita no momento em que verá o rostinho do filho, a mãe imagina-se brincando com o bebê, passeando com ele, levando-o para a escola, assistindo filmes juntos e tantas outras coisas, que se relacionam ao desenvolvimento normal de uma criança, nas mais diferentes etapas.

De repente, o mundo parece que vai desmoronar, não existe mais chão para os pais, com a terrível descoberta: meu filho possui deficiência!!!

Aquele bebê tão imaginado, tão sonhado dá lugar a um bebê real, a mais dura realidade, pois a pessoa que eles mais amam na vida terá dificuldades, terá que enfrentar obstáculos e barreiras ,e os pais se vêem impotentes, pouco poderão fazer para poupá-lo de todos os sofrimentos que virão, e já começam a imaginar o que a criança terá que enfrentar durante a vida. A mente é ocupada por um turbilhão de pensamentos, o medo de lidar com a situação, a raiva de não ter como mudar a realidade, a culpa, a falta de compreensão do motivo disto estar acontecendo com a família, as vezes até a revolta com Deus por permitir tal sofrimento. O desespero, a ansiedade e as incertezas diante do futuro do filho irão incomodar e assombrar a vida do casal, e só vai ser amenizada com o tempo, apenas com o tempo...

Com o nascimento da criança, a família toda, e principalmente os pais, passam por um período de ‘luto’, luto do filho imaginário, idealizado, onde os mais difíceis sentimentos e sensações tomarão conta neste momento, até que esse luto, a dor,  possa dar lugar a sentimentos como o otimismo, a esperança, a fé e o amor ao filho como ele é , aceitando sua condição .

Para vivenciar o presente, faz-se necessário conversar com uma equipe multiprofissional, especialistas, sobre o diagnóstico do filho, orientações para lidar com as situações, apoio emocional, principalmente em relação aos sentimentos mais difíceis, como o medo, a frustração, a ansiedade.. Esse acolhimento ajudará a acalmar aos pais, pois eles terão posse de explicações, informações, esclarecimentos de dúvidas e incertezas. Deste modo, os pais vão, aos poucos, percebendo que o acontecimento não é tão ruim, que outras pessoas também vivenciaram e vivenciam as mesmas dificuldades que enfrentam e conseguiram vencer os desafios. Isso fortalecerá o emocional do casal, fazendo com que a dor dê lugar a outros sentimentos, como a confiança,  o otimismo, a perseverança, a força para lutar , a crença em mudanças.

Com os tempo, os pais entenderão que a deficiência não impedirá que a criança se desenvolva. Ela terá seu ritmo de aprendizado, o seu tempo, as suas dificuldades, mas também terá suas habilidades, e com certeza, se desenvolverá, se tiver o tratamento e as orientações necessárias e principalmente muito amor, respeito às suas singularidades e particularidades .

É claro que surgirão dilemas, preocupações, medo de errar, inseguranças, mas afinal isso faz parte do cotidiano de todos os pais, independente de terem ou não filhos com deficiência. Importante que durante todos esse processo, os pais também usufruirão de momentos de muitas alegrias, onde o avanço do filho, a sua evolução, compensarão todas as angústias e os pais verão o desenvolvimento e conquistas do filho como uma vitória, uma dádica, um presente de Deus, pois com as experiências vividas , houve um fortalecimento, crescimento espiritual e pessoal e a ressignificação de suas  vidas, da sua existência  e principalmente de sua missão, como pais especiais.