Postura do professor: Ser um PROFESSOR Assertivo: que se sabe fazer respeitar, comprometido com seu trabalho, que seja referência e exemplo a ser seguido. Que ame e respeite aos alunos, acredita neles, confere-lhes responsabilidades, elogia quando devido e admoesta quando necessário, recordando a regra e mostrando as consequências de seus atos.
DIFERENCIAÇÕES CURRICULARES: reflexões e práticas que tendem a acentuar a necessidade de se respeitar as singularidades cognitivas e culturais dos alunos como fator fundamental da gestão do seu processo de ensino-aprendizagem. Exemplos:
1- Diferenciações no Tempo: facilitações relacionadas ao tempo podem incluir várias flexibilizações. Exemplos:
a) Permitir mais tempo nas avaliações;
b) Permitir mais tempo nas atividades em classe (que envolvam a dificuldade em questão);
c) Permitir mais tempo para entrega de trabalhos;
d) Permitir intervalos frequentes (em atividades específicas ou em avaliações);
e) Permitir mais tempo no empréstimo de livros da biblioteca
2. Desenvolvimento das atividades: inclui alterações na forma como as atividades são desenvolvidas. Exemplos:
a) Permitir que o aluno grave a aula em áudio ou em vídeo (para dificuldades de atenção, memória ou compreensão);
b) Oferecer algum tipo de organizador da informação durante a aula (esquema impresso, incentivar uso de agendas e outros tipos de registros).
c) Permitir uso de calculadora;
d) Evitar atividades de cópia da lousa. Se necessário: dividir o quadro em partes, numerá-los, usar cores diferentes nas linhas ou parágrafos;
e) Fornecer feedback constante e sempre promover a autoestima dos alunos.
3. Contexto: refere-se a modificações no ambiente do aluno. Exemplo:
a) Fazer prova em uma sala a parte ou em um grupo pequeno, na biblioteca ou SRM;
b) Sugerir assento preferencial ( mais perto do professor e da lousa, longe da porta, lugar mais iluminado, etc);
c) Diminuir estímulos distratores visuais ou auditivos.
4. Respostas: flexibilizar a forma do aluno responder ao que é solicitado. Exemplo:
a) Permitir respostas orais ou de outro tipo, sem que seja necessário o uso da escrita cursiva; permitir ledor para o aluno ou avaliações ou trablahos escolares;
b) Disponibilizar um ‘escriba’ para escrever as questões ditadas pelo aluno;
c) Permitir gravador para gravar as respostas orais do aluno;
d) Permitir uso de computador com corretor ortográfico;
e) Permitir cálculos mentais ao invés de escritos;
f) Oferecer espaço quadriculado, ao invés de espaço em branco, para resolução de problemas que envolvam cálculos;
g) Oferecer linhas mais espaçadas;
h) Evitar desencorajar diferentes formas de solução de problemas.
5. Apresentação do conteúdo:
a) Apresentar o material aos alunos de uma forma diferente da tradicional;
b) Incluir mudanças de forma e de organização do conteúdo..
5.1. Exemplos de mudanças de forma:
a) Fornecer livros falados ou vídeos;
b) Apresentar instruções oralmente e por escrito;
c) Apresentar o material com letras maiores, com imagens, textos mais curtos;
d) Diminuir o número de itens por página ou por linha;
e) Usar indicadores visuais, como desenhos, esquemas, cores diferentes.
5.2. Exemplos de mudanças de organização do conteúdo:
a) Apresentar novas ideias ou conceitos explicitamente;
b) Fornecer sumário do novo tópico antes de iniciar a matéria (pode ser na aula anterior, para os alunos lerem em casa);
c) Deixar claro quais são os objetivos e alvos de cada capítulo da matéria: informação essencial e complementar;
d)Ao final, fornecer sumário das informações principais;
e) Listar os fatos principais de um conteúdo e numerá-los;
f) Durante as aulas e nas avaliações: evitar frases demasiadamente longas (faladas e escritas);
g) Dar instruções passo a passo;
h) Quebrar tarefas em partes menores; i) Incentivar revisões frequentes do conteúdo, pois dificuldades na memorização são comuns;
j) Buscar ensino multissensorial e variedade dos formatos das atividades: ouvir, ver (texto, figuras, desenhos, diagramas), fazer (texto, diagrama, esquemas, cartões), conversar com colegas, realizar apresentações orais.
k) Possibilitar ao aluno o uso de macetes, dicas, esquemas, fórmulas, tabuada, modelos de resolução de exercícios, etc.
-Rotina – 1- Estabelecer uma rotina para todos os dias - deixar escrito no quadro-giz – quando houver mudanças, avisar antecipadamente.
2-Colocar o aluno perto de colegas que não o provoquem,não o distraia.
3-Dar responsabilidades que elas possam cumprir faz com que se sintam necessárias e valorizadas.
4-Nunca provocar constrangimento ou menosprezar o aluno.
5-Grande parte das crianças com Dislexia consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos.
6-Diminuir o ritmo. Muitas atividades de 10 minutos cada uma traz melhores resultados do que duas tarefas de meia hora.
7-Deixá-lo sair da sala, nos momentos de exaustão: como ir à secretaria, levantar para apontar o lápis, ir ao banheiro, sair para tomar água.
8-Recompensar os esforços, a persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado;
9-Avaliação frequente sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante. Elogiar o aluno
10-Favorecer frequente contato aluno/professor. Isto permite um “controle” extra sobre o aluno, ajuda-a a começar e continuar a tarefa;
11-Colocar limites claros e objetivos; ter uma atitude disciplinar equilibrada e proporcionar avaliação frequente, com sugestões concretas para um comportamento adequado;
12-Evitar muitos estímulos visuais na sala que desviem sua atenção.
13-Estabelecer intervalos previsíveis de períodos sem trabalho que a criança pode ganhar como recompensa por esforço feito.
14-Permanecer em comunicação constante com o psicólogo, professora da SRM ou pedagogo da escola. Ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.
15-Utilize atividades que envolvam escritas, como escrever um livro e ilustrá-lo, isso pode despertar nela desejo em criar algo seu e admirar seu trabalho final, podendo isso, ser estendido às lições em sala de aula. Uma outra técnica é a de despertar na criança o gosto pela leitura, através de assuntos e temas de seu interesse(internet) e também aguçar a curiosidade por conhecer novos livros, revistas e gibis.
16-Adaptar algumas tarefas ajuda a amenizar os efeitos mais prejudiciais do transtorno.
17-Avaliar se as atividades propostas são desafiadoras e se a rotina não está repetitiva.
18- Demandar que o aluno produza dentro de sua capacidade de produção. Cada aluno deverá trabalhar dentro de suas possibilidades
19- Apoio emocional em casa e na escola. Isso pode ajudar a superar os traumas de ser um aluno diferente de seus colegas.
20- Personalização: observar quando um aluno se sai melhor em sala, com o que ele se sente mais confortável, se é mais auditivo, sinestésico ou visual.
21- Conversar com o pedagogo, e uma vez tendo o aluno diagnosticado, estabelecer parceria com os pais com tarefas que sejam a extensão do mundo do aluno em sala de aula e vice-versa.
22- Desenvolver avaliações que ensinem a “olhar a diferença”, e a medir o que o aluno consegue fazer, ao invés daquilo que ele não consegue fazer.
23- Conhecer bastante cada aluno, conversar com eles, e em alguns casos, ter os números de contato da família sempre à mão.
24- Contar histórias pode ajudar disléxicos com leitura/escrita.
25- Trabalhar a consciência da turma em relação a alunos com necessidades especiais. Não se responsabilizar sozinho pela administração da aula, mas compartilhar necessidades também com outros alunos, incentivando a cooperação.
26- Estar atento às dificuldades destes alunos aula após aula.
A escola tem papel fundamental no trabalho com os alunos que apresentam dificuldades de linguagem.
27- MELHORANDO A AUTOESTIMA:
•Incentive o aluno a restaurar o confiança em si próprio, valorizando o que ele gosta e faz bem feito;
•Ressalte os acertos, ainda que pequenos, e não enfatize os erros;
•Valorize o esforço e interesse do aluno;
•Evite usar a expressão "tente esforçar-se" ou outras semelhantes, pois o que ele faz é o que ele é capaz de fazer no momento;
•Fale francamente sobre suas dificuldades sem, porém, fazê-lo sentir-se incapaz, mas auxiliando-o a superá-las;
•Respeite o seu ritmo, pois a criança com dificuldade de linguagem tem problemas de processamento da informação. Ela precisa de mais tempo para pensar, para dar sentido ao que ela viu e ouviu;
•Um professor pode elevar a auto-estima de um aluno estando interessado nele como pessoa; Nós não aprendemos pelo fracasso, mas sim pelos sucessos.
28- MONITORANDO AS ATIVIDADES:
•Certifique-se de que as tarefas de casa foram compreendidas e anotadas corretamente;
•Certifique-se de que seu aluno pode ler e compreender o enunciado ou a questão. Caso contrário, leia as instruções para ele;
•Leve em conta as dificuldades específicas do aluno e as dificuldades da nossa língua quando corrigir os deveres;
•Estimule a expressão verbal do aluno;
•Dê instruções e orientações curtas e simples que evitem confusões;
•Dê "dicas" específicas de como o aluno pode aprender ou estudar a sua disciplina
•Oriente o aluno sobre como organizar-se no tempo e no espaço;
•Não insista em exercícios de fixação repetitivos e numerosos, pois isso não diminui a sua dificuldade;
•Dê explicações de "como fazer" sempre que possível, posicionando-se ao seu lado;
•Esquematize o conteúdo das aulas quando o assunto for muito difícil para o aluno. Assim, a professora terá a garantia de que ele está adquirindo os principais conceitos da matéria através de esquemas claros e didáticos;
•"Uma imagem vale mais que mil palavras": demonstrações e filmes podem ser utilizados para enfatizar as aulas, variar as estratégias e motivá-los. Auxiliam na integração da modalidade auditiva e visual , e a discussão em sala que se segue auxilia o aluno organizar a informação. Por exemplo: para explicar a mudança do estado físico da água líquida para gasosa, faça-o visualizar uma chaleira com a água fervendo;
•Não insista para que o aluno leia em voz alta perante a turma, pois ele tem consciência de seus erros. A maioria dos textos de seu nível é difícil para ele; Alunos disléxicos podem ser bem sucedidos em uma classe regular. O sucesso dependerá do cuidado em relação à sua leitura e das estratégias usadas.
AVALIAÇÃO:
•As crianças com dificuldade de linguagem têm problemas com testes e provas: Em geral, não conseguem ler todas as palavras das questões do teste e não estão certas sobre o que está sendo solicitado. - Elas têm dificuldade de escrever as respostas; - Sua escrita é lenta, e não conseguem terminar dentro do tempo estipulado
•Recomendamos que, ao elaborar, aplicar e corrigir as avaliações do aluno disléxico, especialmente as realizadas em sala de aula, adote os seguintes procedimentos:
- Leia as questões/problemas junto com o aluno, de maneira que ele entenda o que está sendo perguntado;
- Explicite sua disponibilidade para esclarecer-lhe eventuais dúvidas sobre o que está sendo perguntado;
- Dê-lhe tempo necessário para fazer a prova com calma;
- Ao recolhê-la, verifique as respostas e, caso seja necessário, confirme com o aluno o que ele quis dizer com o que escreveu, anotando sua(s) resposta(s)
- Ao corrigi-la, valorize ao máximo a produção do aluno, pois frases aparentemente sem sentido e palavras incompletas ou gramaticalmente erradas não representam conceitos ou informações erradas;
- Você pode e deve realizar avaliações orais também.
Se o disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos, temos que ensinar do jeito que ele aprende.
Sugestões de modificações no ambiente escolar:
https://www.facebook.com/Pedagogiadascores/photos/a.1387795164610226.1073742092.393670354022717/1387795327943543/?type=3&ifg=1
Vídeo para conscientização de alunos:
https://www.youtube.com/watch?v=7JdCY-cdgkI
Nenhum comentário:
Postar um comentário