1-- COMPREENSÃO SOCIAL
A dificuldade de
interpretar aspectos não verbais da comunicação (não lê nas entrelinhas), por
isso preferem animais (entendem o que eles comunicam) e de perceber as emoções (compreender e expressar suas emoções) prejudicam
a compreensão de situações sociais. EXEMPLOS: “ MORRI DE
RIR”..., SENTIMENTOS DAS PESSOAS ( RAIVA, IRONIAS, EXTREMA SINCERIDADE (incapaz de
mentir) E FALTA DE NOÇÃO DO USO DAS PALAVRAS)
SUGESTÕES: O uso de material visual
(fotografias e desenhos) para ensinar a identificar emoções nas expressões
faciais, de vídeos para ilustrar crenças (falsas) dos demais e de desenhos com
“bolhas de pensamentos” e histórias em quadrinhos para nomear pensamentos e
emoções dos outros. Simulações de situações com dramatizações, explicações
detalhadas, vídeos com animações,
piadas, charges, fábulas, pequenos
contos personalizados, etc.
O script social (descrição detalhada e
sequencial de comportamentos a serem seguidos numa determinada situação) podem
diminuir alguns erros e conflitos e amenizar a ansiedade antecipatória causada
pela situação social nova.
2- COMUNICAÇÃO
O autista, em uma situação de comunicação, não diferencia entre
transmitir informação a outra pessoa e trocar informação com o outro. Assim, o
treino de habilidades de conversação deve ser explícito, intensivo e com
ensinamento da ordem adequada para cada passo a ser seguido. Para isso, usam-se
técnicas de modelagem e role-play (encenação, entrar no lugar do personagem),
com roteiros e instruções diretas. Esse treino pode ser feito em grupo ou
individualmente. inclusive com filmagem, para que as interações possam ser
estudadas, reforçadas ou melhoradas.
As principais
habilidades a serem treinadas são estratégias para iniciar e terminar
conversas, selecionar tópicos adequados à situação social, aprender a esperar a
sua vez para falar e fazer perguntas relevantes. deve ser instruído de forma
explícita sobre os comportamentos que deve adotar, tais como: olhar para quem
está lhe dirigindo a palavra, observar o tom da voz, sua postura corporal e até
o sorriso social.
3- FLEXIBILIDADE COGNITIVA
A falta de flexibilidade cognitiva, a capacidade limitada de interpretar
corretamente as emoções e intenções alheias, o baixo conhecimento das regras e
expectativas sociais e a dificuldade de lidar com novidades e mudanças e
situações inesperadas contribuem para o aparecimento de comportamentos
agressivos e inadequados.( cumprir rotinas traz tranqüilidade ao autista- o
mundo é um excesso de informações) Portanto, é necessário que o aprendizado do
autocontrole e a prevenção de comportamentos disruptivos sejam associados ao
incremento das habilidades sociais. Entre as estratégias ambientais sugeridas estão
o estabelecimento de rotinas e a estruturação do ambiente e dos contextos
sociais. A técnica de time-out, na qual a criança agitada e agressiva permanece
por um tempo em um ambiente sem estímulo, para que haja redução dos componentes
reforçadores do comportamento e ativação fisiológica é antiga mas a estratégia é eficaz.
4- INTERESSES RESTRITOS
A abordagem não deve
ter como objetivo a supressão dos interesses obsessivos, que são importante
fonte de prazer e ocupação para alguns desses alunos – inclusive, com
frequência, eles se sentem orgulhosos e respeitados pelo conhecimento profundo
que têm sobre um determinado tema estimulando a prática de conversas e a
expansão dos interesses e repertórios.
Sugestão: Trabalhar sequência
de passos para a modificação de comportamentos repetitivos em crianças e
adolescentes que inclui o estabelecimento explícito de regras sobre os locais,
a frequência e a intensidade com que as condutas e os temas podem ser manifestados.
Trabalhar um sistema de reforço da
mudança, usando economia de fichas, para manter o aluno motivado.
PROCEDIMENTOS:
2.
definição dos objetivos,
3.
definição do comportamento-alvo,
4.
escolha das fichas,
5.
identificação dos reforçadores,
6.
definição dos critérios de troca entre fichas e
reforçadores,
7.
avaliação dos resultados,
8.
Engenharia comportamental (mudanças ambientais para
emissão do comportamento)
9. término do programa.
O Sistema de Fichas é uma técnica muito útil, podendo ser aplicada em
qualquer pessoa e ser utilizada em vários ambientes, incluindo a casa do sujeito,
escola e outras instituições. Destaca-se também que essa técnica é muito útil
para modelar novos comportamentos no sujeito, para
aumentar a frequência de comportamentos desejáveis e diminuir a frequência dos
comportamentos indesejáveis presentes no repertorio do
sujeito.
Imagem retirada do site; https://pt.slideshare.net/carlos_suati/modelo-economa-de-fichas-pata-nios/2?smtNoRedir=1
Passos para a economia
de fichas:
(motivação para realizar tarefas)
-Verifica-se os comportamentos
indesejados e os desejados;
-Junto com o professor
e coordenador pedagógico, responsável pelo aluno, o aluno vai classificar e
pontuar qual o comportamento mais fácil , qual o mais difícil para ele realizar,
de acordo com sua dificuldade e pontuar cada um deles. Por exemplo: ficar
sentado durante a aula de matemática vale 10 pontos (qto mais difícil a
atividade para ele, mais pontos o aluno ganha).
Faz a tabela com os
comportamentos desejados e o aluno vai colocando a pontuação que conseguiu todo
dia.
Escolha das recompensas,
onde o aluno vai selecionar junto com o professor alguns prêmios pelos quais
ele gostaria de trocar as suas fichas (
exemplos: ficar 1 h a mais no computador, etc. qto mais interessante o prêmio,
mais pontos ele precisa).
Soma-se os pontos e vê
quantos pontos o aluno conseguiu e discute com ele em qual recompensa ou prêmio
ele quer trocar
5- AMIZADES:
Para abordar a formação
de amizades, faz-se necessário avaliar a idade e o desenvolvimento individual
do aluno. Crianças mais novas podem precisar aprender a compartilhar
brinquedos, respeitar regras básicas dos jogos e esperar sua vez. Essas
habilidades precisam ser ensinadas de forma explícita e reforçadas e praticadas.
Muitas vezes, as crianças são orientadas a observar e a imitar outras crianças
até terem aprendido os comportamentos adequados.
Em crianças um pouco mais velhas ou que já
tenham aprendido a brincar de forma cooperativa, o foco pode ser a necessidade
de participar e ser aceito pelos seus pares. Pode ser útil estimular que
participem de atividades com crianças do mesmo sexo e idade e ensinar como
podem entrar na brincadeira. Para que haja maior sucesso, essas crianças
precisam ser previamente familiarizadas com as atividades preferidas do grupo,
tais como jogos de computador e filmes. Os pais, que têm papel fundamental na
aquisição dessas habilidades e conhecimentos, precisam ser instruídos e
orientados a participar ativamente.
Sugestões de estudo:
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