O
TOD é dividido em três eixos:
·
– Humor raivoso/irritável
·
– Comportamento questionador/desafiante;
·
– Índole vingativa
1.
Com frequência é sensível ou facilmente incomodado; é raivoso e
ressentido; perde a calma;
2.
Frequentemente questiona figuras de autoridade ou, no caso de crianças e
adolescentes, adultos;
3.
Frequentemente desafia ou se recusa a obedecer a regras ou pedidos de
figuras de autoridade;
4.
Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas;
5.
Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau comportamento;
6.
É malvado ou vingativo
·
Na escola:
– Discute com professores e colegas
-- Recusa-se a trabalhar em grupo
– Não aceita ordens
– Não realiza deveres escolares
– Não aceita críticas
– Deseja tudo a seu modo
– Responsabiliza os outros por seu comportamento
-- Recusa-se a trabalhar em grupo
– Não aceita ordens
– Não realiza deveres escolares
– Não aceita críticas
– Deseja tudo a seu modo
– Responsabiliza os outros por seu comportamento
São necessárias
várias intervenções a fim de se alcançar resultados positivos no tratamento,
tais como:
- Medicamentosa – esse tratamento não
é curativo. Objetiva reduzir os sintomas para facilitar as ações de pais e
professores, dando qualidade de vida à criança, à família, amigos,
professores e todas as outras pessoas que interagem com a criança e
favorecendo o trabalho dos profissionais envolvidos com o tratamento;
- Tratamento psicossocial –
utiliza estratégias para auxiliar na melhora das relações sociais.
- Terapia Cognitivo -comportamental – ABA- é
a principal ferramenta para diminuir o negativismo e melhorar as
habilidades de comunicação, controle de impulso, da raiva e da
agressividade, além de treinar habilidades de resolução de problemas.
- Terapia familiar –
Terapia de manejo familiar- para melhorar o diálogo, a comunicação entre
os membros da família; técnicas comportamentais, estruturais e de
comunicação objetivam o funcionamento do sistema familiar e o comportamento positivo da
criança em diferentes ambientes.
- Psicoeducação escolar – programas pedagógicos direcionados aos
profissionais da educação e todos os funcionários que tenham contato com a
criança informando e orientando sobre o transtorno a fim de reintegrar o
aluno na sala de aula e no recreio; estratégias comportamentais,
associadas ao treinamento em habilidades sociais e aulas de reforço, podem
auxiliar bastante para um melhor prognóstico desses alunos.
- Método de reforço positivo com elogios, contrato de comportamentos,
premiação;
- Prática esportiva – para fortalecer a autoestima da
criança.
·
Suas causas são complexas e multifatoriais.
Existem os fatores biológicos, psicológicos e sociais.
·
Transtornos associados ao TOD: TDAH (Transtorno
de déficit de atenção e hiperatividade), Transtorno de ansiedade generalizada,
depressão infantil, Transtorno de humor bipolar, autismo.
– Avaliação e Diagnóstico
A avaliação
tem início com uma entrevista médica com os pais ou responsáveis pela criança,
investigando os sintomas, as características e os danos nas relações afetivas que
motivaram a busca por ajuda.
A avaliação
comportamental completa se divide em 5 etapas:
1- Avaliação com pais ou responsáveis sem a
presença do filho – anamnese;
2. Avaliação escrita e dissertativa sobre o rendimento escolar, o comportamento em sala de aula e no recreio, a interação social com os colegas e adultos da instituição;
3. Avaliação complementar de outros profissionais;
4. Aplicação complementar de testes padronizados;
5. Avaliação da criança – capacidade e habilidade de comunicação, interação social, atenção, memória, pensamento, inteligência, linguagem, afetividade e humo
2. Avaliação escrita e dissertativa sobre o rendimento escolar, o comportamento em sala de aula e no recreio, a interação social com os colegas e adultos da instituição;
3. Avaliação complementar de outros profissionais;
4. Aplicação complementar de testes padronizados;
5. Avaliação da criança – capacidade e habilidade de comunicação, interação social, atenção, memória, pensamento, inteligência, linguagem, afetividade e humo
oncluída a
avaliação detalhada o médico poderá optar por uma intervenção interdisciplinar
envolvendo profissionais como psicólogo, fonoaudiólogo, psicomotricista,
psicopedagogo, entre outros
O
professor tem que saber especificidades do Transtorno e buscar estratégias a
fim de minimizar essas condutas.
Dicas:
Planejar
as atividades da aula, não proporcionando aos alunos tempo ocioso que gera
conduta inadequada
Planejar
as atividades adequadas para cada aluno, ou seja, não deixar o aluno ficar sem
ter o que fazer,ou seja, tempo livre, pois é nesse tempo livre que o aluno se
dispersa e com isso, gera a conduta de forma inadequada. Por exemplo: a criança
começa a ficar agitada e a incomodar fazendo outras coisas
TOD
é característico de padrões constantes de condutas desafiantes, agressivas e
anti-sociais. É um certo tipo de desvio de atenção, por exemplo: A criança ao
fazer uma atividade, não tem atenção por muito tempo, fica dispersa, começa a
fazer outras coisas ou conversar sobre outras coisas que não são referentes a
atividade. Enfim é não ter foco
Estratégias que
podem ser utilizadas na escola
Para
alunos diagnosticados com TDO, é importante estabelecer: regras claras e
simples, solicitar que a criança repita as ordens, não estabelecer comandos em
forma de perguntas, não dar espaço para que a criança diga não, evitar
conversas em momentos de raiva, elogios e recompensas são mais adequados que
punições para modificar comportamentos, assim como reconhecer e reforçar
pequenos avanços de comportamentos adequados e tolerar os momentos em que a
criança demonstra frustração.
o
Utilizar mais reforços de extinção – um
comportamento “”sem IBOPE”” provavelmente sairá do ar.
o
Sempre utilizar reforços positivos, pois se a
qualquer comportamento adequado (mesmo que para pais e professores não passe de
mera obrigação), houver recompensa e/ou reconhecimento, esse tipo de
comportamento tende a aumentar cada vez mais.
o
Quando se pretende modificar um comportamento
indesejável, deve-se decidir por qual o comportamento positivo quer
substituí-lo, para depois ir punindo o comportamento oposicional indesejável,
com punições brandas, como por exemplo a perda de privilégios, mantendo a
relação de uma punição para três ou mais situações de elogio e recompensa. A
tendência é a extinção natural das punições.
o
Não se deve perder a perspectiva dos objetivos,
evitando a irritabilidade, a impaciência, a confusão e atitudes enfurecidas
frente ao aluno
o
É necessário manter o ritmo, respirando fundo e
lembrando que o adulto é o educador.
o
Deve-se ter muita sabedoria e paciência para
equilibrar amor com regras e limites claros na educação.
o
Objetiva-se a preparação da criança e/ou
adolescente para viver em sociedade, para que se integre, com boa auto-estima,
sabendo respeitar limites (seus e dos outros).
o
Olhar de fora da cena, como se fosse um estranho imparcial,
racional, sem qualquer envolvimento emocional.
o
Deve-se enfocar o comportamento negativo,
deficiente e destrutivo que necessita ser mudado, lembrando sempre que o aluno
tem uma incapacidade, uma dificuldade, e não falta de caráter: ele não consegue
controlar o que fala ou faz e com certeza tem qualidades e potenciais a serem
valorizados.
AUTISMO:
- 1. Tenha um objetivo. Divida o objetivo em
etapas.
- 2.
Mostre como desempenhar em cada etapa.
Gradualmente, vá retirando as dicas. Prefira usar imagens a dicas verbais.
- 3. Deixe claro que a criança acertou e não
reprove o erro
- 4. Não tente ensinar tudo de uma vez.
Concentre-se no que pode ser feito com tempo apropriado e paciência. .
- 5. Desde sempre, comece a exigir que a criança
peça pelo que deseja vocalmente ou com gestos.
- 6. Pessoas diagnosticadas com autismo
geralmente não compreendem e não lidam bem com mudanças de atividades. •
Quadros de rotina que mostrem todas as atividades que a criança realizará
no dia a ajudam a compreender o que irá fazer e a lidar melhor com as mudanças
de atividades. • Idealmente, deve haver dois quadros: o PROGRAMADO e o
IMEDIATO. – Todas as atividades do dia são exibidas no PROGRAMADO. –
Quando uma nova atividade for realizada, deve passar do PROGRAMADO para o
IMEDIATO (a criança deve participar disso). www.psicologiaecie Semelhante
ao quadro de rotinas fixos, mas é leve e móvel. – Composto por diversas
fotos ou palavras de todas as
atividades que a criança realizará.Pode-se fazer uma sequência visual de
músicas, histórias, etc..
o
É MUITO MAIS DIFÍCIL
DECEPCIONAR ALGUÉM QUE CONFIA EM NÓS.
Além disso, a sala de aula por atender esse alunos,
necessita ser organizada e estruturada, utilizando material didático adequado à
habilidade da criança, havendo avaliação frequente e imediata, estabelecendo,
planejamento previsível, deve-se utilizar os prêmios como meio estimulador ao
aluno, sendo os mesmos coerentes e frequentes, fazendo parte do trabalho com a
turma. Em alguns momentos as interrupções e pequenos incidentes devem ser
ignorados, pois têm menores consequências. As atividades devem ser variadas,
mas buscando sempre ser interessantes para os alunos, e ainda as expectativas
do professor devem ser adequadas ao nível de habilidade da criança e
deve-seestar preparado para mudanças. Os professores devem ter conhecimento do
conflito incompetência x desobediência, e aprender a discriminar entre os dois
tipos de problema.
É preciso desenvolver um repertório de intervenções para poder atuar eficientemente no ambiente da sala de aula
É preciso desenvolver um repertório de intervenções para poder atuar eficientemente no ambiente da sala de aula
Sugestões
para Intervenções do Professor para ajudar a criança com TOD e
autismo a se ajustar melhor à sala de aula:
o
Colocar a criança perto de colegas que não o
provoquem, perto da mesa do professor,
o
Procurar dar responsabilidades que possam cumprir
fazendo com que se sintam necessárias e valorizadas.
o
Iniciar sempre com tarefas simples e gradualmente
mudar para mais complexas.
o
Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos
pequenos e favorecer oportunidades sociais.
o
Manter comunicação com os pais, pois geralmente,
eles sabem o que funciona melhor para o seu filho.Utilizar uma agenda de
comunicação entre pais e escola, evitando que as conversas se dêem apenas em
reuniões.
o Proporcionar
mudança do ritmo ou o tipo de tarefa com frequência para eliminar a necessidade
de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a atenção, e isso vai ajudar a
auto-percepção.Reconhecer as deficiências e inabilidades decorrentes do
Transtorno, fazendo adaptações necessárias. (Exemplo: se a atenção é muito
curta, não deve esperar concentração em uma única tarefa)As tarefas devem ser
curtas, para que ele consiga concluir a tarefa e não pare pela metade, o que é
muito comum.
o Dar oportunidades
para movimentos monitorados, como uma ida à secretaria, levantar para apontar o
lápis, levar um bilhete para o professor, regar as plantas ou dar de comer ao
mascote da classe.Possibilitar a saída do aluno algumas vezes da sala para
levar bilhetes, pegar giz em outra sala, ir ao banheiro, assim estará evitando
que ele fuja da sala por conta própria.
o
Trabalhar com exercícios de consciência e
treinamento dos hábitos sociais da comunidade.
o
Avaliação continua sobre o impacto do comportamento
da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.
o
Fazer do canto um lugar de recompensa para
atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo.
o
Desenvolver um repertório de atividades físicas
para a turma toda, como exercícios de alongamento. Aproveitar as aulas de
educação física como auxílio na aprendizagem dos alunos que parecem ter energia
triplicada (ginástica ajuda a liberar a energia que parece ser inesgotável,
melhora a concentração com exercícios específicos, estimula hormônios e
neurônios, a distinguir direita de esquerda já que possuem problemas de
lateralidade que prejudicam muito sua aprendizagem).
o
- Proporcionar intervalos previsíveis sem trabalho
que o aluno pode ganhar como recompensa por esforço feito, aumentando o tempo
da atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um processo
gradual de treinamento.
o
Perceber se há isolamento nas atividades
recreativas barulhentas, pode indicar dificuldades de coordenação ou auditivas
que exigem uma intervenção adicional.
o
Preparar com antecedência para as novas situações,
pois tem sensibilidade em relação às suas deficiências e facilmente se assusta
ou se desencoraja.Fazer um roteiro das atividades do dia, para que o aluno
perceba as regras pré-definidas e que todos devem cumpri-las.
o
Trabalhar com métodos variados (som, visão, tato),
entretanto, novas experiências envolvem muitas sensações (sons múltiplos,
movimentos, emoções ou cores), e provavelmente irá precisar de tempo extra para
completar a tarefa.
o
Reconhecer que esses alunos necessitam de aulas diversificadas,
o
Ter comunicação constante com o psicólogo ou
orientador da escola, ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o
médico.
o
Substituir as aulas monótonas aulas mais
estimulantes que venham prender a atenção do aluno.
o
Utilizar recursos variados que não são habituais na
sala de aula (informática, experiências, construção de maquetes, atividades
desafiadoras de criar, construir e explorar.
o
Não utilizar cores muito fortes na sala como amarelo
e vermelho, cores fortes tendem a deixar os alunos mais agitados, excitados e
menos atentos. Procure colocar tons mais neutros e suaves.
o
Método de economia de fichas: tabela contendo
comportamentos -alvo a serem estimulados na criança, de forma assertiva e
positiva, num calendário semanal. Cada item da tabela receberá uma nota no fim
do dia (1 ponto, caso o comportamento adequado tenho sido realizado, e 0 ponto,
caso não tenha sido realizado). A pontuação pode ser feita de diferentes formas
(com desenhos, cores, formas geométricas…). A criança será premiada após
verificação da tabela, conforme combinado anteriormente. Para que haja
resultados positivos, a técnica deve ser aplicada ininterruptamente por pelo
menos 6 semanas.
o
Nunca grite, ameace ou queira se impor à suas
vontades.
o
A melhor
forma de conviver com esta criança é realizando combinados.
o
Faça-o se
sentir útil. Atribua funções e papéis à criança.
o
. Compreenda que a criança ou adolescente não realiza
os atos porque quer.
Fortaleça a autoestima da criança, estimulando-a
sempre em boas ações e a se superar. Converse muito com esta criança.
Os momentos de descarga emocional devem ser
respeitados. Deixe-o sozinho nestes momentos e interfira somente se colocar a
si próprio ou outros em perigo.
Permita uma
clara explicação das consequências de suas atitudes.
Converse com a criança para encontrar outras
soluções para substituir as atitudes opositoras.
Quando der ordens, faça com o rosto de firmeza, com
voz decidida. Porém não seja agressivo ou humilhe a criança. Ordene mas não
seja autoritário.
- Não a chame sempre pelo nome quando quiser sua
atenção para prestar atenção à aula. Colocar a mão no ombro da criança e
andar pela sala enquanto explica é uma ótima tática.
- Evite ordens à distância, na forma de
perguntas ou com palavras vagas. Use o olho-no-olho e seja o gerente da
situação.
- Oferecer mediadores concretos e externos. Para
crianças menores, oferecer cartões indicando visualmente a sua função em
cada atividade. Por exemplo, dividir a sala em duplas para atividade de
leitura, cada dupla recebe um cartão com um desenho de orelha e outro com
desenho de boca. Quem recebeu a orelha escuta e quem recebeu a boca lê. As
atividades são intercaladas entre os pares.
- Referências externas para as etapas de uma
atividade. Crie uma música que sinalize as etapas a ser seguidas para
ajudar a criança a regular seus impulsos e manter-se em uma atividade,
principalmente em momentos de trocas de demandas, como o retorno à sala de
aula após o lanche ou o início da uma nova tarefa. Coloque na letra da
música os itens a ser seguidos, estimule que a sala toda cante
- Estimular a autorregularão da impulsividade •
Crie um lugar calmo na sala onde qualquer aluno possa ir quando sentir que
precisa de um ambiente com menor estímulo sonoro para se acalmar ou para
se concentrar. • Incentive a procura desse espaço como uma medida
importante de autocontrole e de manejo das próprias sensações. •
Possibilite pausas para autoavaliação do comportamento. Por exemplo,
combinar com os alunos que quando o professor disser uma palavra
específica (estátua, por exemplo), todos interromperão a atividade em
curso e farão uma autorreflexão de como estão envolvidos, ou não, na
colaboração e o que poderiam fazer para melhorar a situação.
- Estimular a regulação do comportamento pelos
pares • Coloque a criança impulsiva próxima de um colega que possa
funcionar como um bom modelo e como uma ajuda externa ao controle. •
Estimule a classe toda com incentivos para quando uma atividade é
completada a tempo. Por exemplo, sugira algo tentador como tempo para
atividades recreativas nos últimos vinte minutos do período se as tarefas
do dia forem realizadas sem necessidade de interrupção disciplinar do
professor para toda a sala. Escreva na lousa os números de 1 a 20, sendo
que cada número refere-se aos minutos da atividade prometida. A cada
interrupção para regular comportamento, todo o grupo perde um minuto.
Deixe bem demarcado na lousa (risque os minutos perdidos). Permita que os
alunos se organizem em duplas ou trios de forma que os menos impulsivos
ajudem os mais impulsivos a se organizarem.
- Localização na sala de aula • Coloque seu
aluno mais impulsivo em local próximo para que possa ser supervisionado e
amparado por você. • Permita também que ele possa se movimentar sem
atrapalhar as atividades. Modifique a disposição da carteira conforme a
atividade.
- Orientação individual de um aluno evitando
exposição • Crie um espaço de comunicação direta entre você e o aluno permitindo
que a impulsividade seja reconhecida como um problema de difícil controle,
algo que ele não deve negligenciar ou esconder, mas sim enfrentar, e que a
dupla “professor-aluno” tem em comum a meta de traçar estratégias para
diminui-la. • Combine um código que possa funcionar como ferramenta de
controle externo sem exposição. Como “João, você poderia buscar um copo de
água para mim, por favor”. Assim você promoveria que o aluno saia da sala
de aula, caminhe um pouco, extravase sua energia, consiga perceber que
estava se excedendo e retorne à sala sem expô-lo.
- Permita algum grau de controle na realização
da atividade Sugira ao aluno que ele tem alguma autonomia sobre a forma
como realiza uma atividade, se quer iniciar pelas partes mais
interessantes, se precisa de pausas etc. A criança e o adolescente estão
construindo a sua forma de compreensão e reação ao mundo e podem reagir de
forma explosiva quando se deparam com situações em que têm dificuldades
para compreender ou programar uma estratégia de reação no plano dos
pensamentos (ou planejamento verbal). Assim, além de comuns,
irritabilidade e agressividade são inespecíficas e podem ser manifestações
de diferentes situações de sofrimento psíquico, Por isso, não podemos nos
precipitar e considerar uma reação agressiva ou irritável como indício de
gravidade ou de patologia. Mas podemos considerar que, ao reagir dessa
forma, a criança ou o adolescente encontram um impedimento para utilizar
formas mais elaboradas de reação (um planejamento, por exemplo). Um estudo
analisou o modo de reação do professor frente a comportamentos agressivos
por parte da classe e observou-se que altos índices de comportamento
agressivo podem desencadear reações rígidas e inflexíveis do professor na
tentativa de controle da conduta. Paradoxalmente, esse tipo de reação,
principalmente quando acompanhado de restrição da relação empática entre
aluno e professor, aumenta a resistência dos alunos e piora o
comportamento na sala de aula (Pianta, 2004). Ou seja, irritação gera
irritação e pode contaminar todo o ambiente escolar. Não é fácil lidar com
um aluno assim, apesar de ser uma característica comum na infância.
- A seguir, descreveremos as principais
intervenções que podem ser realizadas pelo professor para abordar
comportamentos agressivos e irritáveis no ambiente escolar.
- De forma geral, o professor poderá diminuir o
impacto se conseguir adotar atitudes que evitem situações de conflito ou
de explosões afetivas.. Ao reconhecer situações de risco eminente, deve
evitar um desfecho com excessiva carga afetiva e retomar o tópico em um
segundo momento.
- • Possibilite ao aluno irritado uma forma de
proteção antes que agrida o grupo ou a você. Permita algum relaxamento nas
atividades, autorize que se isole do grupo nas situações mais intensas.
- • Sempre que possível, elogie ou tente se
aproximar da criança irritada. Isso estimula uma forma de comunicação e
que ela veja no professor um instrumento de ajuda, desde que não esteja
colocando em risco a integridade física de outro aluno, profissionais da
escola ou a própria
- • Procure manter distância física do aluno.
Tentar contê-lo pode aumentar as chances de que ele ou o profissional da
escola se machuquem.
- • Evite estímulos que podem piorar a explosão,
como discutir ou argumentar.
- • Afaste as pessoas ao redor. Não tente
remover o aluno em questão.
- • Mantenha em mente que as explosões verbais
com xingamentos expressam mais uma situação de descontrole do que
necessariamente o que está sendo expresso pelo conteúdo.
- • Explosões geralmente são autolimitadas.
Tentar interrompê-las ou encurtá-las geralmente causa o efeito oposto.
- • Preocupe-se em promover a segurança dos
alunos e dos profissionais da escola e não em interromper o quadro de
explosão.
- • Lembre-se de que todos nós perdemos a cabeça
de vez em quando e o quanto isso é embaraçoso. Ajude seu aluno a se
recompor depois da explosão. Converse com o grupo mostrando como isso pode
acontecer com qualquer um, diminuindo o estigma e o impacto no grupo.
- Se for uma situação que coloque em risco
a integridade física de alguém :
- • Não é uma situação para o professor lidar
sozinho. Chame o responsável pela segurança da escola.
- E se
seu aluno irritado explodir em agressões verbais ou físicas? O que fazer?
- Alguns
alunos insistem em não fazer o que é solicitado ou mantêm um comportamento
de questionamento às regras. Muitas situações diferentes podem desencadear
esse tipo de comportamento, desde a “não compreensão do que é solicitado
ou das regras” até “irritabilidade, falta de engajamento com o meio, disputa
de poder, dificuldade de aceitar estruturas com hierarquia”. Mais difíceis
do que a irritabilidade, esses comportamentos tornam a atividade em sala
de aula ainda mais desafiadora. Abaixo listamos algumas sugestões de
atitudes que podem ajudar o professor.
- Ao realizar as atividades Estar seguro de qual
estratégia seguir para a situação em questão. Alunos opositores e
desafiadores tentarão ao máximo questionar cada conduta do professor,
descredenciando-o e desmerecendo o desfecho proposto.
- Oposição e desrespeito às regras • Garantir
que o aluno opositor esteja engajado na atividade, sem permitir brechas
para que ele se coloque à margem do grupo. Elaborar atividades motivadoras
e participativas, engajar o aluno no grupo, referenciá-lo ao longo da atividade
e responsabilizá-lo com o desfecho. • Manter as atividades do dia o mais
visível possível de forma que impossibilite ao aluno opositor se colocar
como não informado das etapas e regras a ser seguidas. • Deixar claro,
desde o início, o desfecho esperado e o comportamento desejado em cada
atividade. • Dividir a sala em grupos menores e heterogêneos.
- Disciplina • Impor o seguimento das regras de
forma persistente e consistente, não permitir brechas ou negociações.
Deixar claro as consequências para aqueles que optarem por não seguir as
etapas proposta. • Certificar-se de que todos estão cientes dos
compromissos e expectativas antes de iniciar cada atividade.
Responsabilize-o por pequenas metas que você tenha certeza de que ele pode
cumprir e que serão observadas de forma positiva para o grupo.
- Questionamentos • Evitar assuntos polêmicos
que abram margem para discussões e múltiplas interpretações,
principalmente no que concerne às regras. Deixar esse tipo de tópicos para
momentos mais tranquilos. • Manter o foco das discussões em tópicos positivos.
- Evitar disputas de poder • Evitar disputas,
principalmente quando não são necessárias. Não dê argumentos que possam
inflamar uma discussão. Deixe claro o seu ponto de vista, a regra e mude
de tópico. • Se sentir que é importante ressaltar um comportamento
negativo de um aluno, evite fazê-lo na sala de aula. Converse de forma
discreta e em particular. Nunca levante a voz, fale calmamente, repita a
mesma informação de forma pausada e calma, quantas vezes forem
necessárias. Não argumente.
- A atenção, assim como o controle de impulsos,
são atividades que amadurecem durante o desenvolvimento. Por isso,
espera-se que para crianças entre 7 e 12 anos, um período mínimo de trinta minutos.
Existem várias situações relacionadas com a impossibilidade de uma criança
ou de um adolescente ter dificuldade em manter o foco de atenção do início
até a finalização de uma atividade. Vamos listar aqui as mais comuns e as
mais importantes.
- • Problemas físicos como dor, cansaço, fome,
dificuldade para enxergar, dificuldade para escutar.
- • Padrão de sono pobre ou irregular com
sonolência diurna.
- • Problemas emocionais como situação familiar
complicada, abandono, negligência, tristeza, ansiedade, medo.
- • Dificuldade de compreensão do contexto
social como nos quadros autistas
- • Patologias psiquiátricas específicas como o
Transtorno de Déficit de Atenção. • Patologias neurológias como epilepsia.
- Entre todas essas possibilidades citadas,
algumas causarão uma dificuldade de foco de atenção mantido, outras serão
transitórias Crianças desatentas têm muita dificuldade para organizar suas
atividades, escutar uma orientação, planejar ações, prever e gerenciar
etapas para concluir uma atividade. Elas se distraem facilmente com
estímulos do ambiente (barulho, uma lembrança, objetos ao seu redor),
esquecem objetos (mesmo muito importantes para elas, mas ainda mais o que
tem menor importância). Tendem a procrastinar as atividades até o último
momento. Como subestimam o tempo necessário para completar as atividades,
muitas vezes não conseguem completar o que se propuseram e falham com seus
pares nas demandas em grupos.
- Está certo dizer que se uma criança consegue
se focar e prestar atenção por períodos longos em outras atividades que
não os estudos (como videogame) ela não é desatenta? O que fazer para
ajudar uma criança desatenta a melhorar sua atenção na sala de aula? Só o
remédio que funciona?
- Algumas
dicas práticas
- 1. Deixe-o longe de potenciais fontes de
distração como janelas, portas, outros colegas agitados. Procure alocá-lo
onde o foco seja o contato com o professor.
- 2. Orientação individual de um aluno evitando
exposição • Selecione para quais atividades o aluno precisará de mais
apoio; por exemplo, quanto mais monótona e longa, mais difícil será a
manutenção da atenção. • Nessas atividades, como uma leitura, passe pelo
aluno e toque discretamente na página que está sendo lida. • Solicite que
o aluno indique para quais atividades ele precisa de mais supervisão e
como poderia ser fornecida. Faça esses questionamentos em particular. Se
ele não conseguir se organizar para sugerir, dê sugestões com exemplos e
permita que ele coloque como se sentiria em cada situação.
- • Combine previamente um sinal com o seu aluno
para resgatar a sua atenção ao tema da aula sem expô-lo.
- Medidas
que podem aumentar a atenção para o conteúdo
- • Permita ao aluno algum grau de controle
sobre a atividade solicitada. Isso, de forma geral, diminui ansiedade e
procrastinação e aumenta o desempenho. Por exemplo, pergunte por qual
parte da atividade ele gostaria de começar; se gostaria de sair para
caminhar um pouco a cada quinze minutos, e diga que você ajudaria a
controlar o tempo; se prefere fazer em grupo ou individualmente (quando
possível).
- •
Fragmente as atividades em vários tópicos de até quinze minutos de duração
contínua. Use os espaços entre as atividades para ajudar a aluno a
extravasar sua energia física, no caso dos agitados, ou para poder
compartilhar o fluxo dos pensamentos dos sonhadores. Controle o tempo de
descanso (lembre-se de que eles percebem mal o passar do tempo e têm
dificuldade para se organizar). Antes de retornar à lição, ajude a
direcionar o foco para as partes mais importantes do tópico a ser iniciado
e fazer as ligações entre os tópicos anteriores. Uma atenção fragmentada
pode determinar conteúdos fragmentados na mente. • Ajude a direcionar a
atenção acentuando a importância de pontos-chave do conteúdo. Por exemplo,
interrompa o fluxo do discurso e diga “agora isso é muito importante”,
deixe uma pausa de um ou dois segundos antes de retomar.
- • Explore os outros sentidos. Use outros
estímulos sensoriais além do estímulo sonoro. Imagens, objetos,
curiosidades, qualquer coisa que estimule os sentidos e faça o assunto
aumentar de interesse
- • Mantenha um resumo em tópicos e ilustrações
sinalizando pontos-chave, e uma linha cronológica do desenvolvimento de um
tema. Chame a atenção para esse resumo a cada nova etapa, ajudando o aluno
a organizar em sua mente o conteúdo de maneira coesa. • Estimule o contato
visual do aluno com você. Perceba quando ele se distraiu pelo olhar e faça
qualquer movimento ou atitude que chame a atenção. Não o repreenda,
valorize a retomada de foco com um sorriso, faça uma pequena retomada do
conteúdo (por exemplo, lembre o tópico: “falando sobre Dom Pedro II, o imperador
do Brasil, podemos continuar dizendo que...”).
- • Permita que o aluno use fone de ouvido com a
música que ele acredita que o ajuda a se concentrar, principalmente em
atividades que ele precisa fazer sozinho. Essa medida diminui o potencial
de se distrair com os barulhos do ambiente. • Deixe o aluno usar objetos
que o ajudem a diminuir estímulos externos visuais: boné quando precisa
olhar apenas para o seu caderno, por exemplo.
- • Enriqueça o material de estudo com outras
informações além do conteúdo. Por exemplo, divida as etapas de uma lição
em cores, criando metas a ser cumpridas.
- •
Lembre-se de que o ruído externo atrapalha muito a concentração de todos,
mas inviabiliza a de quem é desatento. Monitore constantemente o barulho
na sala de aula.
- • Promova
um ambiente de sala de aula estimulante do ponto de vista acadêmico. Se o
aluno se distrair e passar a vagar o olhar pela sala, permita que possa se
focar em imagens, objetos, trechos de textos que o ajudem a compreender o
conteúdo do que está sendo ensinado.
- • Atividade em grupo pode ser mais prazerosa
que a atividade solitária. O engajamento afetivo ajuda no foco da atenção
e na tendência em permanecer na mesma atividade por um período maior.
- Compreender um tópico inteiro • Sempre
que retomar um tópico (de uma aula para a outra, após uma interrupção por
comportamentos inadequados ou outras situações), faça um pequeno resumo do
tema e em que ponto estava. Lembre-se de que, muitas vezes, o aluno
desatento não consegue ter uma visão coesa sobre um assunto por ter
apreendido trechos fragmentados. A falta de compreensão do assunto inibe
ainda mais a atenção e promove comportamentos opositores em relação ao
assunto.
- Forneça
orientações em partes fragmentadas tanto orais como escritas. Use outros
incentivos sensoriais (cores, desenhos, organização espacial) para
salientar cada tópico.
- • Antes
de passar para uma próxima etapa, averigue o que foi compreendido e
absorvido da anterior
- •
Mostre aos alunos desde o início qual a sua expectativa final de aquisição
ou de desempenho.
- Rotina
:
- • Deixar as etapas da rotina diária em local
de fácil visualização para todos os alunos. Lembrar que o aluno pode ter
se distraído em etapas importantes de instrução e, por isso, ficou perdido
em relação às próximas etapas e em como se organizar para elas.
- • Encoraje o uso de checagem de itens antes do
trocar para uma nova atividade, da análise do que foi concluído e do que é
preciso para a próxima. Isso ajuda o aluno a reconhecer e se organizar em
relação às etapas e metas.
- • Use sinalizadores sensoriais na troca.
Palavras de ordem (sonoro) descrevendo as etapas, setas, desenhos
(visuais), objetos a ser entregues (tátil).
- • Promova supervisão de um adulto próximo ao
aluno de forma que, caso ele se perca entre as etapas, possa ser
orientado.
Importante:
No histórico de alunos com TOD fica claro como são
raras as oportunidades que realizam passeios. Em geral, devido ao seu
comportamento, os alunos são afastados das oportunidades para “evitar encrenca”
. São muitos os relatos de momentos em que eles perdem o controle em público.
Deve ser proposta de intervenção da escola; propor
momentos de interação com os colegas da escola e com as regras que a
convivência em grupo necessita, de maneira prazerosa e lúdica. Os momentos
também são interessantes para que esses alunos percebam que não só ele, mas
todo o grupo segue as mesmas regras, e observar que diferentes locais e espaços
dos ambientes que estão visitando servem a diferentes propósitos.
Provocar situações que alunos percam nos jogos, por
exemplo, no jogo de memória para que entre em contado com sentimentos de
intensa frustração, sentimentos esses que o levarão a recorrer a comportamentos
de esquiva e rompantes de agressividade. É necessário desconstruir o
entendimento do que é o perder, o ganhar e o empatar; para tanto é preciso
pensar sobre o real sentido do jogo: se divertir, não ganhar; o que é “dar o
seu melhor”: fazer tudo que for legalmente possível para vencer, sem trapacear
ou tentar infligir as regras, e não necessariamente ser o melhor de todos. Compreendendo
que os jogos lúdicos são, na verdade, pequenos ensaios para a vida adulta,
aprender a lidar com o sentimento de frustração quando as coisas não acontecem
exatamente como esperado é uma importante conquista para melhorar a qualidade
de suas relações interpessoais
Por exemplo, o jogo “A hora do rush” incentiva a
criança a criar estratégias para sair de uma situação difícil. Geralmente esses
alunos estão acostumados a recorrer a agressão, física e oral, ou a fuga para
resolver seus problemas. Quando diante desse jogo, eles se sentem provocados a
encontrar outra saída, a tomar outra postura para resolver a questão. Nota-se
nesse ponto que a solução por ele tomada continuou sendo uma postura
desafiadora e opositora, contudo, socialmente adequada e aceitável.
Empatia é a
capacidade de se colocar no lugar do outro, de entender o que o outro sente ou
como reage. Ela determina as possibilidades de relações sociais. No autismo, a
capacidade de ter empatia está alterada. Mesmo em graus leves, com a possibilidade
de criar bons vínculos com algumas pessoas de seu convívio, as crianças do
espectro autista demonstram muita dificuldade para expressar e reconhecer o
afeto que estará presente na relação e as emoções que surgem a partir de cada
experiência que vive. Costuma ser bem difícil e estranho identificar o que e
como se sentem; e muito mais a possibilidade de identificar o que o outro
sente. Habilidades sociais não é algo que aprendemos na escola, mas em todos os
lugares. Não é algo ensinado, espera-se que, ao longo das experiências, todos
nós percebamos qual reação física indica que o outro está chateado (cenho
franzido) ou triste (chorando) e como seria o esperado que se reagisse às
sensações do outro. A empatia (capacidade de perceber o outro) é uma ferramenta
essencial para essa atividade e, quando funcionando bem, promove a percepção
naturalmente ao longo do desenvolvimento. A empatia também é acompanhada pela
linguagem
Você
já pensou no que acontece com as crianças que têm dificuldade de perceber essas
dicas sociais que são tão importantes para a comunicação? O que acontece quando
a entonação de voz não é percebida, apenas a palavra nua e crua no seu
significado concreto? Essas crianças apresentarão dificuldades no
desenvolvimento das suas habilidades sociais, terão muita dificuldade de
compreender o ambiente e, logo, de comportar-se como o esperado.
Dificuldades
nas habilidades sociais
Vamos listar em tópicos as principais situações e
como o professor pode reagir a elas. Apesar da maior parte das alterações que
promovem dificuldades no processo de compreensão não ter cura, o quanto antes
se identifica e se estimula essa função, melhor a capacidade do aluno. O nosso
cérebro é bastante plástico e pode treinar outras áreas para assumir o papel da
região deficitária, desde que ajudado.
• Antes de considerar o aluno como alguém que não
coopera nas atividades diárias, certifique-se de que ele as compreendeu..
Lembre-se: eles não conseguem gravar os significados das palavras, então o
apoio com as imagens precisa ser usado repetidamente. • Evite usar figuras de
linguagem ou metáforas. Se palavras com significado concreto já são difíceis,
imagine as com significado não literal. A tendência do seu aluno é fazer uma
compreensão concreta do significado do que foi dito e a partir daí se confundir
ainda mais ou, simplesmente, escutar, mas não associar nenhum significado ao
som (som como barulho e não como palavras). Por exemplo, “acordar com as
galinhas” que pode ser usado para exemplificar que os alunos precisam acordar
bem cedo (cedo como as galinhas acordam geralmente), pode ser compreendido como
uma orientação que o aluno vá dormir no galinheiro. • Encurte as explicações.
Faça em tópicos bem delimitados. Use imagens. • Incremente todo o material
escolar do aluno com imagens. Dificuldade de compreensão Uma criança autista
costuma se expressar de modo extremamente objetivo. Para a pessoa que convive
com um autista fica a sensação de que ele é desajeitado e pouco sensível.
Contudo, um autista pode ser muito capaz de apreender o significado de atitudes
e condutas sociais e pode inclusive explorar possibilidades de interação com
auxílio de uma pessoa que seja sua referência. Assim como algumas crianças têm
dificuldade de compreensão, também existe a dificuldade de expressão pela
linguagem de seu estado interno e suas vontades ou preferências, mesmo para as
crianças que adquiriram linguagem. Muitas vezes, a criança não tem percepção de
que é ela que não se expressa adequadamente e irrita-se com frequência com o
ambiente, pois se sente incompreendida. É usual que a dificuldade de expressão
esteja associada com a dificuldade de compreensão, o que atrapalha muito o
contato e a troca com o ambiente.
Lembre-se de que a expressão pode ser por meio do
comportamento. Um aluno irrequieto, agitado, nervoso, ansioso pode manifestar
dessa forma que algum problema está acontecendo, mas que ele não consegue nem
solucionar sozinho nem pedir ajuda diretamente. • Caso você perceba que o aluno
está com alguma dificuldade para expressar algo, procure auxiliá-lo.
Algumas
dicas práticas
Professor,
você já pensou em quantas coisas são ditas de outras formas que não pelas
palavras, por exemplo, pela expressão corporal? Se uma criança está triste, se
está aberta para brincadeiras, se está preocupada, as mudanças de ritmo e
entonação da voz são uma forma de se comunicar. Imagine como seria sua
capacidade de compreensão do mundo se você fosse míope para todas essas nuances
da expressão corporal que sinalizam a comunicação. O mundo poderia ser um caos,
complexo e intangível. Como já vimos, rotina e um ambiente previsível são as
palavras-chave. Ajudam seu aluno a criar regras que promovam uma compreensão,
ainda que rudimentar, do ambiente. Como ajudar seu aluno a entender melhor o
ambiente em que está inserido?
1. Organize
o espaço físico • Crie áreas específicas para cada atividade (brincar,
trabalhos em grupo ou individuais, lanche, atividades de autocuidados etc.).
• Demarque um local para guardar seus pertences
individuais.
• Ajude o aluno a identificar visualmente a ordem
das atividades de forma que ele possa se orientar na sala de aula. • Crie
formas de comunicação explícita para indicar que o aluno terminou o trabalho
(área para os trabalhos finalizados).
• Sinalize
bem os limites de cada área de trabalho de forma a evitar confusão por parte da
criança. Pela própria dificuldade social, há um empenho na tentativa de se
adequarem ao modo de conversar e a fala fica parecendo pedante ou muito formal.
A compreensão costuma ser “ao pé da letra” e concreta, a expressão do que foi
compreendido de uma situação é empobrecida e carente de simbolismos. A
capacidade abstrativa e o estabelecimento de analogia costuma ser restrito, se
o nível intelectual estiver na média. Se considerarmos a linguagem não verbal,
temos a postura física e o modo de andar também estereotipados, desarmonizados
e com pouca naturalidade, pela representação de gestos que são aprendidos.
Figuras de referência: É fundamental que haja mais
de uma pessoa de referência para um aluno procurar quando precisa de um apoio.
O professor de classe (ou tutor, se houver mais de um professor) será a
primeira pessoa que o aluno irá solicitar quando precisa, mas em sua ausência
deve haver outro professor ou profissional da equipe escolar que possa ajudar o
aluno a se organizar diante de uma situação de estresse. Ajude o aluno a criar
uma estratégia dos momentos que deve procurar ajuda e como proceder (quando e
como). Lembre-se sempre de que essas crianças, que já tem dificuldade de
compreender o ambiente de forma geral, tornam-se incapacitadas e perdem as
poucas estratégias que possuem quando em situação de estresse.
Ao tentar corrigir um comportamento de uma
criança autista. Não fale de forma ríspida e alta. Ela pode apenas se
concentrar no seu sentimento de raiva e não captar a informação a qual deseja
passar, podendo apresentar comportamento opositor ou apresentando a mesma
agressividade nas palavras sem distinção de hierarquias. Tente focar na
mensagem que deseja passar,
usando palavras simples e diretas e com a voz monótona e pacifico assim conseguirá captar melhor a informação e corrigir o comportamento. Se preciso use o apoio visual (Pecs ou imagens) do comportamento errado e do comportamento assertivo para lhe ensinar qual é o certo!
usando palavras simples e diretas e com a voz monótona e pacifico assim conseguirá captar melhor a informação e corrigir o comportamento. Se preciso use o apoio visual (Pecs ou imagens) do comportamento errado e do comportamento assertivo para lhe ensinar qual é o certo!
Observe o excesso de estímulos no ambiente • Evite muitas
informações. Algumas crianças são mais sensíveis a alguns estímulos específicos
(isso é comum no autismo, por exemplo). Outras, mesmo não sendo hipersensíveis,
podem ter dificuldade de decodificação das excitações sensoriais do ambiente
(também presente no autismo). Em ambas as situações, excesso de estímulo pode
causar um impacto negativo e piorar a interação da criança.
• Se não for
possível evitar, lembre-se de funcionar como figura de apoio e criar
estratégias preventivas para essas crianças nos momentos em que algum excesso
de estímulos sensoriais é esperado. Por exemplo, se as crianças tendem a ser
muito barulhentas no fim do período escolar e a saída de todos é muito ruidosa,
combine com o seu aluno que ele sairá com você cinco minutos depois de todos.
Professor, você sabe o é que apego? O termo apego, muito utilizado no senso
comum, aparece nas referências teóricas como um modo de vínculo afetivo,
caracterizado pela sensação de segurança da criança (ou adulto). Está
diretamente associado a um relacionamento interpessoal. O apego para criança se
apresenta como uma sensação de confiança e conforto, oferecendo a ela segurança
para explorar o mundo
A reação de ansiedade mais conhecida em sala de
aula é aquela que aparece na hora da prova. Em situações de avaliação, é bem
comum uma criança ter “dor de barriga”, “ficar enjoada”, “suar nas mãos”, ter
febre. Pois é, a ansiedade costuma vir acompanhada de reações fisiológicas. A
ansiedade pode variar entre um comportamento leve que gera desconforto pontual,
mas, dependendo de cada um, pode tomar proporções maiores Algumas pessoas podem
entrar em um estado de ansiedade tão intensa que sentem medo! Sim, medo é uma
reação de ansiedade. Você já reparou que quando sentimos medo é como se algo de
ruim fosse acontecer? Como se fossemos cada vez menos capazes de evitar esse
acontecimento que nos aflige. A fobia é outra forma ainda mais intensa de
ansiedade, maior que o medo. A fobia se manifesta de forma incompatível ou
desproporcional com as possibilidades de perigo real. Ainda temos o pânico como
mais uma forma de comportamento ansioso e grave que ocorre como uma crise de
ansiedade intensa e de forma repentina. Em crises de pânico a criança sente que
está perdendo o controle da situação e fica sem referências. Na situação
escolar, o professor poderá se deparar com diversas situações de ansiedade e há
uma série de possibilidades de ele auxiliar seu aluno, como iremos ver a
seguir.
Ansiedade:
Identificando um aluno ansioso
• O aluno parecerá tenso. Quando o aluno está
ansioso fica absorvido por suas sensações físicas e desconcentrado da atividade
por estar apreensivo.
• O aluno poderá parecer distraído, muitas vezes,
por estar tentando se controlar.
• Poderá não
prestar atenção à fala do professor e perderá orientações, muitas vezes,
fundamentais.
• A reação de ansiedade geralmente é
circunstancial, podendo aparecer na apresentação de um trabalho oral ou na
efetuação de uma prova.
• É comum seu desempenho decair quando ele está
ansioso e seu rendimento ficar aquém do esperado.
• O aluno
ansioso está inseguro e muito preocupado com seu desempenho. Há, portanto, um
excesso de preocupação com sua perfomance.
1. Estreite
a relação com seu aluno • Tenha o cuidado de reconhecer o aluno em suas
capacidades. • Valorize quando ele demonstra dedicação, iniciativa e interesse
em aprender, mesmo que seja mínimo. • Elogie sempre que se dedicar, mesmo que
seja por algo simples. • Fale com calma e ternura. • Encoraje-o a participar e
executar tarefas da maneira que puder. • Procure conversar em particular (sem
expô-lo aos demais alunos) e dizer que quando se sentir ansioso pode contar com
você, professor. Diga que você sabe como é difícil estar ansioso, que isso é
normal e que todos se sentem desse modo em algum momento da vida. • Se coloque
a disposição do aluno para conversar quando ele achar que é importante.
Auxilie na
concentração • Certifique-se de que aluno compreendeu as instruções antes de
realizar a tarefa que o deixa ansioso. • Aproxime-se algumas vezes e se coloque
disponível para tirar dúvidas e dar esclarecimentos. • Deixe que vá tomar uma
água e relaxe um pouco antes de retomar a tarefa que gera tensão. • Permita que
faça pausas para descansar. • Organize provas e tarefas de maneira concisa e
desmembrada para faci - litar o nível de atenção. • Não o deixe distante de sua
mesa, para que ele se sinta cuidado. Ajude-o a se planejar • O aluno deve se
sentir capaz. É importante que o aluno ganhe confiança de que é capaz de se
organizar e cumprir suas tarefas e de que o professor ou um auxiliar de classe
podem acompanhá-lo, com alguma frequência ao longo da semana, colaborando nas
formas de se organizar. • Sensibilize o aluno a pedir e receber ajuda. Ensine
que a organização nos ajuda a ficarmos mais tranquilos (e consequentemente
diminui a ansie - dade), contudo, como é uma tarefa difícil (se organizar) o adulto
está aí para auxiliá-lo.
. • Plantão de dúvidas e orientações. O professor
ou seu auxiliar podem ter uma hora do expediente escolar disponível para
acompanhar, supervisionar e dar dicas para o aluno encaminhar tarefas de casa.
• Envolva a família. O apoio dos pais em casa para ajudar na organização e no
ganho de confiança é fundamental. Muitas vezes, os próprios pais não tiveram
oportunidade de estudar e podem ficar perdidos em como ajudar os filhos; então
ofereça dicas e os estimule a apoiar os filhos e valorizar o ato de estudar. Ao
longo do desenvolvimento, as crianças sentem a necessidade de ter uma rotina
bem estruturada e necessitam se sentir no controle. Nessa fase, é comum
apresentarem rituais e manias. Você já deve ter visto crianças que ordenam seus
objetos, guardam pertences em caixinhas, apegam-se a coisas mínimas como
papeizinhos ou embalagens.
Seja flexível se, ao estar ansioso, o aluno
precisar de maior tempo para realizar uma prova ou uma atividade. • Explique
que o tempo é necessário para seu controle e para se manter a rotina da turma,
mas, se isso o atrapalha em seu rendimento, vocês podem combinar uma maneira
que seja boa para ambos. • Defina parceiros (em dupla, trio ou grupo) com os
quais a criança ansiosa se identifique. • A atividade cooperativa ameniza a
tensão característica do desempenho individual. • As brincadeiras em grupo e os
jogos podem funcionar como aquecimento antes de tarefas que despertem tensão
(provas, apresentações etc.) • O aluno ansioso e um colega mais íntimo podem
ser convidados a auxiliar o professor com papelada, organização de sala,
recados etc. • Divida com os pais da criança ansiosa suas preocupações em
relação a ela. Combine com outros professores de manter postura de
encorajamento e acolhimento em relação à criança ansiosa.
Comportamento de retraimento será comum em crianças
tímidas, muito ansiosas ou em crianças que estão sentindo tristeza. A grande
preocupação está no fato de a criança não ser percebida e de que o
comportamento restringe suas possibilidades de aprendizagem e de
desenvolvimento social. Retraimento • Prefere estar sozinho e com o mínimo de
contato e interação. • Apresenta ansiedade e preocupação intensa com a opinião
do outro. • Apresenta preocupação intensa com o seu desempenho, mas fica
paralisado para pedir ajuda e tirar dúvidas. • Não se mostra envolvido ou
engajado em uma atividade. • Se sente muito desconfortável na presença de
outras pessoas. • É de poucos amigos. • Sente-se incapaz de relaxar: algumas
crianças sentem-se tensas o tempo todo e têm muita dificuldade em parar de se
preocupar com os fatos do cotidiano. • Permanece sozinho e distante na hora do
pátio. • Não fala espontaneamente, fala baixo, usa monossílabo para responder
perguntas. • Evita proximidade com pessoas novas. • Evita contato visual. • Tem
dificuldade de decidir e escolher, mostrando-se dependente. • Sob pressão,
sente-se muito acuado, pode ter reações fisiológicas como dor de barriga, dor
de cabeça, vontade de vomitar. • Não tira suas dúvidas. • Senta-se distante dos
colegas. • Espera passar pelo período da aula sem ser notado pelo professor. •
Segue regras facilmente. • Dificilmente se envolve em brigas ou discussões
O desequilíbrio emocional varia de um desconforto
controlável em situações sociais e, em casos extremos, pode chegar a um medo
irracional que traz prejuízo para a sociabilidade do indivíduo; apesar do
desejo de ter amigos e se entrosar em grupos
Algumas dicas práticas: 1- Sentar perto da mesa do
professor • Ao estar perto do professor o aluno pode se sentir acolhido e
percebido. • Poderá se sentir fora do foco dos colegas. • A presença próxima do
professor auxilia o aluno a manter o nível de concentração na tarefa de modo
mais eficiente. • A proximidade abre o canal de comunicação e propicia melhora
no vínculo com o professor. Seja empático.
2. Estreite seu vínculo com o aluno • Tente
entender por que ele se sente retraído ou por que se isola. • Procure conversar
com seu aluno em particular, sem que ele se sinta exposto. • Diga que você,
como professor, está disponível para auxiliá-lo no que for preciso para ele se
sentir à vontade na sala e poder acompanhar o andamento da aula. • Pergunte se
pode auxiliá-lo em alguma preocupação que tenha. • Diga que pode tentar
ajudá-lo a compreender alguma sensação ruim que ele possa sentir em sala de
aula ou na escola, e que ele pode se sentir melhor dividindo seu problema com
alguém em que confie. • Aproxime-se da família. Procure os adultos que são
responsáveis pelo aluno e divida suas impressões, sem julgamentos, apenas para
auxiliar. • Não comente sobre ele em sua presença, nem para seus colegas ou
pessoas que possam expor seus comentários a ele, mesmo que sejam preocupações
genuínas e bem intencionadas. Fale sempre com ele e para ele. • Evite expressar
grandes expectativas quanto a ele para que não se sinta mais pressionado. É
importante que o aluno se aproxime do professor, e não se afaste.
3. Mantenha-se interessado pelo aluno • Valorize
seu desempenho. Elogie o aluno. • Peça o auxílio dele para elaborar alguma
atividade, sempre atento para não deixá-lo exposto. • Indique como é importante
que ele se aproxime de um ou dois colegas com quem sinta afinidade. Propicie atividades
em minigrupos definidos por você. • Descubra seus interesses e talentos e
explore. Crie projetos nos quais ele possa se envolver. • Proponha tarefas
breves e não muito complexas para que ele perceba seu rendimento e se
fortaleça. Aos poucos, você pode aumentar a dificuldade das atividades conforme
ele responder e reagir positivamente.
4. Busque colegas que sejam parceiros • Identifique
bons colegas! Muitas vezes, a troca efetiva com outra criança que o procure com
o propósito de fazer uma atividade proposta pelo professor auxilia muito na
aproximação desse aluno ao grupo. • Evite nomear “colegas-modelo” de maneira
comparativa. Frequentemente, o adulto nomeia outra criança como um exemplo a
ser seguido, tornando o convívio social com essa criança opressor. • Não espere que o aluno retraído passe a ter
muitos amigos. Sempre aos poucos, se ele fizer um ou dois será uma grande
conquista. • Se a interação com colegas for muito sofrida, não insista e não
force situações. • Dinâmicas de grupo podem ser bem-vindas. Proponha jogos ou
brincadeiras que forem pertinentes para a aula e para o grupo como um todo, e
que possibilitem a interação social, como rodas de conversas, encenações de
situações cotidianas, aprendizado de boas maneiras de convívio social. Sempre
cuidando para respeitar o aluno retraído no que ele pode contribuir, mesmo que
prestando atenção e se mostrando interessado no grupo, isso já seria um grande
ganho!
5. Troque suas impressões com outros professores •
Divida suas preocupações com sua equipe escolar. • Pensem em formas de
compreender melhor o problema e vejam o que está ao alcance da escola. •
Combine com outros professores de manter postura de encorajamento e acolhimento
em relação à criança retraída. • Reconheçam quando é necessário pedir ajuda de
especialistas sempre que suas possibilidades de intervenção não forem
suficientes.
6. Aproxime-se da família • Procure os pais e
responsáveis para contar suas impressões. • Ouça as noticias que eles lhe
trazem sobre essa criança em casa. • Procure entender a dimensão da dificuldade
e identificar se são necessárias intervenções mais especializadas. • Nas
situações em que não seja identificada gravidade que precise de auxílio
especializado, além do apoio da escola e da família, estimule os pais a
valorizar o filho e auxiliá-lo a superar dificuldades. • Encontre com os pais
uma maneira de se comunicarem e se manterem atualizados com progressos ou
dificuldades que estejam passando em casa e na escola. Outra característica com
que o professor pode ser deparar em sala de aula diz respeito à presença de
crianças que apresentam falta de motivação, desânimo, cansaço ou estafa. Esses
são padrões que também podem estar relacionados à tristeza ou a algum conflito
emocional que o aluno esteja vivendo. Muitas vezes, a manifestação de desânimo
pode estar diretamente associada a um problema de saúde física: processo
inicial de alguma doença, anemia, entre outras condições de saúde. Porém, já
sabemos que as crianças também manifestam dificuldades e problemas como os
adultos, e que algumas vezes esses comportamentos podem ser temporários,
pontuais, e se forem persistentes merecem ainda mais atenção. Uma criança sem
vontade de realizar atividades, que não demonstra interesse pelas tarefas, que
parece cansada ou sonolenta com frequência demonstra que algo não está bem em
sua rotina ou em seu bem-estar físico e mental. Essas características podem ser
formas de reação emocional diante de problemas pessoais corriqueiros ou mais
complexos Desânimo e desmotivação .Tristeza pode ser um sentimento ou um estado
de ânimo. É comum a todos nós e pode variar em sua intensidade e duração.
Uma criança ou adolescente podem sentir tristeza de
forma transitória, contudo, se esse sentimento persiste e se intensifica, pode
trazer prejuízos à criança. Nessas situações, é importante que a criança seja
observada de perto para se checar a necessidade do auxílio de especialistas.
Algumas dicas práticas 1. Na sala de
aula • Coloque o aluno sentado em sua frente ou o mais perto possível de sua
mesa. Desse modo, você pode auxiliá-lo para que mantenha o foco na atividade. •
Permita que ele saia um pouco da sala para dar uma caminhada no pátio, mas logo
retornar, se essa movimentação auxiliar que desperte e se concentre um pouco
melhor. Nesse caso, você pode mantê-lo sentado perto da porta para que possa
sair (com sua permissão) e sem chamar muita atenção dos demais alunos. • Defina
com ele os objetivos que ele tem em aula a cada dia. • Dê retorno frequente
sobre o progresso do aluno. • Ajude-o a criar estratégias para resolver ou
encaminhar tarefas. • Ajude-o na organização e no planejamento do seu dia. •
Promova oportunidades para interações positivas com seus pares, como trabalhar
em um grupo pequeno. • Modifique atividades de classe e lição de casa com
intuito de acomodar os níveis de humor e energia que o aluno apresenta (por
exemplo, dar mais tempo, dar tarefas mais curtas). • Forneça cópias de
anotações realizadas em classe e folhas de orientação de estudo antes de provas
para ajudar o aluno a se focar e ter um guia de estudo. • Divida projetos
grandes em partes menores e em tarefas possíveis de ser realizadas pela
criança. Ajude a planejar a distribuição do tempo. • Selecione uma tarefa de
cada vez para ele realizar. • Escreva instruções de forma completa na lousa. •
Se esse mesmo aluno estiver com problemas de sono de manhã (por estar usando
alguma medicação ou por estar com insônia), permita que ele chegue mais tarde à
escola, reduzindo o período de tempo da criança na escola ou colocando os assuntos
mais complexos em momentos em que a criança esteja mais alerta. • Modifique o
estilo de suas provas. Pense em um modelo de prova no qual ele se concentre.
Por exemplo, provas de múltipla escolha costumam auxiliar na manutenção da
atenção e no auxílio à evocação das informações na memória. • O aluno tem
dificuldade para se engajar e se dedicar às atividades. • O aluno pode
mostrar-se retraído ou isolar-se (como aprendemos no item anterior). • O aluno
desanimado pode também estar mal-humorado. • Há prejuízo na concentração e,
consequentemente, na capacidade de memorizar novas informações. • O rendimento
escolar decai diante da condição de desânimo. • O aluno desmotivado apresenta
pensamentos pessimistas. • É comum a perda de interesse por atividades que
antes lhe agradavam e entusiasmavam. • Pode se mostrar irritadiço. • A criança
pode parecer sonolenta e desvitalizada. • Pode haver diminuição do apetite. •
Mantenha contato constante com os pais (agenda, telefone, pessoalmente) para
irem dividindo as dificuldades e os avanços
• Aumente o tempo de duração das provas para que
ele possa terminá-la. • Permita que ele faça uma pausa durante a prova, se isso
puder auxiliá-lo. • Marque as provas para o período do dia em que o aluno
esteja mais alerta. • É importante que o aluno possa sentir que consegue
aprender, por isso esses esforços são fundamentais.
2. Divida suas impressões com a família da criança
• Agende um horário com os pais ou os responsáveis pelo aluno. • Investigue
como esse aluno tem estado em casa: afazeres, interesses. • Dê exemplos para os
pais de suas impressões para que eles se familiarizem com o que você está
falando e até reconheçam situações parecidas em casa que podem estar passando
despercebidas. • Pergunta sobre o ritmo do sono e alimentação nos últimos
tempos. • Sensibilize os pais que o auxilie para se concentrar na lição de
casa.
A sensação de pertencimento e de apoio é um fator
importante para o bom desempenho acadêmico e para a presença de comportamentos
saudáveis
- Contratos pais-aluno-escola
- Inicialmente devem se sentar os pais, o aluno,
o professor e a direção da escola, conversar e identificar a situação
problemática; devem discutir a questão e levantar possíveis soluções
negociadas entre as partes. O contrato deve ser escrito e assinado por
todos. O problema a ser resolvido deve ser específico e o contrato deve
exigir compromissos e deveres entre todas as partes. Caso haja o não
cumprimento do contrato, deve-se aplicar as penalidades descritas nele.
Após a assinatura, cada uma das partes recebe uma cópia do contrato
assinado.
- Métodos de punição comportamental branda
- Consequências naturais por mau comportamento
- Consequências lógicas por mau comportamento
- Penalidades por mau comportamento
- Canto do castigo
- Caixa do castigo – apreende-se os objetos da
criança que se encontram espalhados, usando fora da hora do brinquedo… e
guarda dentro dessa caixa, definindo quanto tempo e sob que condições
serão retirados da caixa.
Modelo de contrato
entre pais, alunos e escola
CONTRATO PAIS-ALUNO-ESCOLA
Eu, aluno______________________________________,
concordo em:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nós, pai e mãe, ______________________________________, concordamos em: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nós, escola, ______________________________________, concordamos em: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nós, pai e mãe, ______________________________________, concordamos em: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nós, escola, ______________________________________, concordamos em: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Caso _________________________ não cumpra sua
obrigação, estará proibido de ______________________________________________________-
até que cumpra o que foi combinado.
Contrato termina em: ____________________________________________________
Assinaturas
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
DIÁRIO ESCOLAR DE COMPORTAMENTO
NOME: ______________________________________________________
IDADE: ___________
DATA:_________________________________________________
SEMANA: __________________
COMPORTAMENTO
Participação em atividades em sala de aula
Participação em atividades em sala de aula
Qualidade do dever de casa
Respeito às regras na sala de aula
Respeito aos funcionários da escola
Comportamento no recreio escolar
Comportamento com outros alunos
Pontuação total da semana:
4 – excelente
3 – bom
2 – regular
1 – insuficiente
4 – excelente
3 – bom
2 – regular
1 – insuficiente
Nome da professora: __________________________________________
Comentários sobre o comportamento do aluno na semana:
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Comentários sobre o comportamento do aluno na semana:
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Fonte:
TEIXEIRA, Gustavo. Manual dos transtornos escolares: entendendo os·
problemas de crianças e adolescentes na escola. Rio de Janeiro: BestSeller,
2013.
_______________ . O Reizinho da casa. Rio de Janeiro: BestSeller, 1ª edição, 2014.
TEIXEIRA, Gustavo. Manual dos transtornos escolares: entendendo os·
problemas de crianças e adolescentes na escola. Rio de Janeiro: BestSeller,
2013.
_______________ . O Reizinho da casa. Rio de Janeiro: BestSeller, 1ª edição, 2014.
Bibliografia Selecionada
- Lima, SV. TDAH Na Escola:
Estratégias De Ação Pedagógica. Artigonal [Internet]. [citado 2013 Nov
15]. Disponível em http://www.artigonal.com/educacao-artigos/tdah-na-escola-estrategias-de-acao-pedagogica-1863499.html Acesso em: 8 ago 2013.
- Rohde L.A. et al. Transtorno
de déficit de atenção/hiperatividade [Internet]. RevBrasPsiquiatr 2000
[citado 2013 Nov 15];22(Supl II):7-11. Disponível em: terapia
comportamental sugestões de procedimentos autismo.docx Acesso em: 8 ago 2013.
- Souza IGS, et al.
Dificuldades no diagnóstico de TDAH em crianças. J BrasPsiquiatr
[Internet]. 56, supl 1; 14-18, 2007 [citado 2013 Nov 15]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-20852007000500004 Acesso em: 8 ago 2013.