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quinta-feira, 20 de junho de 2019

Transtorno Opositivo Desafiador : UM DESAFIO A SER VENCIDO!



O TOD é dividido em três eixos:

·         – Humor raivoso/irritável
·         – Comportamento questionador/desafiante;
·         – Índole vingativa
1.    Com frequência é sensível ou facilmente incomodado; é raivoso e ressentido; perde a calma;
2.    Frequentemente questiona figuras de autoridade ou, no caso de crianças e adolescentes, adultos;
3.    Frequentemente desafia ou se recusa a obedecer a regras ou pedidos de figuras de autoridade;
4.    Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas;
5.    Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau comportamento;
6.    É malvado ou vingativo
·         Na escola: 
– Discute com professores e colegas
-- Recusa-se a trabalhar em grupo
– Não aceita ordens
– Não realiza deveres escolares
– Não aceita críticas
– Deseja tudo a seu modo
– Responsabiliza os outros por seu comportamento
São necessárias várias intervenções a fim de se alcançar resultados positivos no tratamento, tais como:
  • Medicamentosa – esse tratamento não é curativo. Objetiva reduzir os sintomas para facilitar as ações de pais e professores, dando qualidade de vida à criança, à família, amigos, professores e todas as outras pessoas que interagem com a criança e favorecendo o trabalho dos profissionais envolvidos com o tratamento;
  • Tratamento psicossocial – utiliza estratégias para auxiliar na melhora das relações sociais.
  • Terapia Cognitivo -comportamental – ABA- é a principal ferramenta para diminuir o negativismo e melhorar as habilidades de comunicação, controle de impulso, da raiva e da agressividade, além de treinar habilidades de resolução de problemas.
  • Terapia familiar – Terapia de manejo familiar- para melhorar o diálogo, a comunicação entre os membros da família; técnicas comportamentais, estruturais e de comunicação objetivam o funcionamento do sistema familiar e o comportamento positivo da criança em diferentes ambientes.
  • Psicoeducação escolar – programas pedagógicos direcionados aos profissionais da educação e todos os funcionários que tenham contato com a criança informando e orientando sobre o transtorno a fim de reintegrar o aluno na sala de aula e no recreio; estratégias comportamentais, associadas ao treinamento em habilidades sociais e aulas de reforço, podem auxiliar bastante para um melhor prognóstico desses alunos.
  • Método de reforço positivo com elogios, contrato de comportamentos, premiação;
  • Prática esportiva – para fortalecer a autoestima da criança.
·         Suas causas são complexas e multifatoriais. Existem os fatores biológicos, psicológicos e sociais.
·         Transtornos associados ao TOD: TDAH (Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), Transtorno de ansiedade generalizada, depressão infantil, Transtorno de humor bipolar, autismo.
– Avaliação e Diagnóstico
A avaliação tem início com uma entrevista médica com os pais ou responsáveis pela criança, investigando os sintomas, as características e os danos nas relações afetivas que motivaram a busca por ajuda.
A avaliação comportamental completa se divide em 5 etapas:
1-   Avaliação com pais ou responsáveis sem a presença do filho – anamnese;
2. Avaliação escrita e dissertativa sobre o rendimento escolar, o comportamento em sala de aula e no recreio, a interação social com os colegas e adultos da instituição;

3. Avaliação complementar de outros profissionais;
4. Aplicação complementar de testes padronizados;

5. Avaliação da criança – capacidade e habilidade de comunicação, interação social, atenção, memória, pensamento, inteligência, linguagem, afetividade e humo
oncluída a avaliação detalhada o médico poderá optar por uma intervenção interdisciplinar envolvendo profissionais como psicólogo, fonoaudiólogo, psicomotricista, psicopedagogo, entre outros
O professor tem que saber especificidades do Transtorno e buscar estratégias a fim de minimizar essas condutas.
Dicas:
Planejar as atividades da aula, não proporcionando aos alunos tempo ocioso que gera conduta inadequada
Planejar as atividades adequadas para cada aluno, ou seja, não deixar o aluno ficar sem ter o que fazer,ou seja, tempo livre, pois é nesse tempo livre que o aluno se dispersa e com isso, gera a conduta de forma inadequada. Por exemplo: a criança começa a ficar agitada e a incomodar fazendo outras coisas
TOD é característico de padrões constantes de condutas desafiantes, agressivas e anti-sociais. É um certo tipo de desvio de atenção, por exemplo: A criança ao fazer uma atividade, não tem atenção por muito tempo, fica dispersa, começa a fazer outras coisas ou conversar sobre outras coisas que não são referentes a atividade. Enfim é não ter foco

Estratégias que podem ser utilizadas na escola
Para alunos diagnosticados com TDO, é importante estabelecer: regras claras e simples, solicitar que a criança repita as ordens, não estabelecer comandos em forma de perguntas, não dar espaço para que a criança diga não, evitar conversas em momentos de raiva, elogios e recompensas são mais adequados que punições para modificar comportamentos, assim como reconhecer e reforçar pequenos avanços de comportamentos adequados e tolerar os momentos em que a criança demonstra frustração.
o    Utilizar mais reforços de extinção – um comportamento “”sem IBOPE”” provavelmente sairá do ar.
o    Sempre utilizar reforços positivos, pois se a qualquer comportamento adequado (mesmo que para pais e professores não passe de mera obrigação), houver recompensa e/ou reconhecimento, esse tipo de comportamento tende a aumentar cada vez mais.
o    Quando se pretende modificar um comportamento indesejável, deve-se decidir por qual o comportamento positivo quer substituí-lo, para depois ir punindo o comportamento oposicional indesejável, com punições brandas, como por exemplo a perda de privilégios, mantendo a relação de uma punição para três ou mais situações de elogio e recompensa. A tendência é a extinção natural das punições.
o    Não se deve perder a perspectiva dos objetivos, evitando a irritabilidade, a impaciência, a confusão e atitudes enfurecidas frente ao aluno
o    É necessário manter o ritmo, respirando fundo e lembrando que o adulto é o educador.
o    Deve-se ter muita sabedoria e paciência para equilibrar amor com regras e limites claros na educação.
o    Objetiva-se a preparação da criança e/ou adolescente para viver em sociedade, para que se integre, com boa auto-estima, sabendo respeitar limites (seus e dos outros).
o    Olhar de fora da cena, como se fosse um estranho imparcial, racional, sem qualquer envolvimento emocional.
o    Deve-se enfocar o comportamento negativo, deficiente e destrutivo que necessita ser mudado, lembrando sempre que o aluno tem uma incapacidade, uma dificuldade, e não falta de caráter: ele não consegue controlar o que fala ou faz e com certeza tem qualidades e potenciais a serem valorizados.
AUTISMO:
  • 1. Tenha um objetivo. Divida o objetivo em etapas.
  •  2. Mostre como desempenhar em cada etapa.  Gradualmente, vá retirando as dicas.  Prefira usar imagens a dicas verbais.
  • 3. Deixe claro que a criança acertou e não reprove o erro
  • 4. Não tente ensinar tudo de uma vez. Concentre-se no que pode ser feito com tempo apropriado e paciência. .
  • 5. Desde sempre, comece a exigir que a criança peça pelo que deseja vocalmente ou com gestos.
  • 6. Pessoas diagnosticadas com autismo geralmente não compreendem e não lidam bem com mudanças de atividades. • Quadros de rotina que mostrem todas as atividades que a criança realizará no dia a ajudam a compreender o que irá fazer e a lidar melhor com as mudanças de atividades. • Idealmente, deve haver dois quadros: o PROGRAMADO e o IMEDIATO. – Todas as atividades do dia são exibidas no PROGRAMADO. – Quando uma nova atividade for realizada, deve passar do PROGRAMADO para o IMEDIATO (a criança deve participar disso). www.psicologiaecie Semelhante ao quadro de rotinas fixos, mas é leve e móvel. – Composto por diversas fotos  ou palavras de todas as atividades que a criança realizará.Pode-se fazer uma sequência visual de músicas, histórias, etc..
o    É MUITO MAIS DIFÍCIL DECEPCIONAR ALGUÉM QUE CONFIA EM NÓS.
Além disso, a sala de aula por atender esse alunos, necessita ser organizada e estruturada, utilizando material didático adequado à habilidade da criança, havendo avaliação frequente e imediata, estabelecendo, planejamento previsível, deve-se utilizar os prêmios como meio estimulador ao aluno, sendo os mesmos coerentes e frequentes, fazendo parte do trabalho com a turma. Em alguns momentos as interrupções e pequenos incidentes devem ser ignorados, pois têm menores consequências. As atividades devem ser variadas, mas buscando sempre ser interessantes para os alunos, e ainda as expectativas do professor devem ser adequadas ao nível de habilidade da criança e deve-seestar preparado para mudanças. Os professores devem ter conhecimento do conflito incompetência x desobediência, e aprender a discriminar entre os dois tipos de problema.
É preciso desenvolver um repertório de intervenções para poder atuar eficientemente no ambiente da sala de aula

Sugestões para Intervenções do Professor para ajudar a criança com TOD e autismo a se ajustar melhor à sala de aula:
 Deve-se proporcionar uma boa estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas diários, regras claramente definidas, para autistas).Modifique a disposição das carteiras de acordo com o tipo de atividade (pequenos grupos para atividades cooperativas, círculo com a sala toda, em fileiras para tópicos mais expositivos).
o    Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor,
o    Procurar dar responsabilidades que possam cumprir fazendo com que se sintam necessárias e valorizadas.
o    Iniciar sempre com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas.
o    Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais.
o    Manter comunicação com os pais, pois geralmente, eles sabem o que funciona melhor para o seu filho.Utilizar uma agenda de comunicação entre pais e escola, evitando que as conversas se dêem apenas em reuniões.
o    Proporcionar mudança do ritmo ou o tipo de tarefa com frequência para eliminar a necessidade de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a atenção, e isso vai ajudar a auto-percepção.Reconhecer as deficiências e inabilidades decorrentes do Transtorno, fazendo adaptações necessárias. (Exemplo: se a atenção é muito curta, não deve esperar concentração em uma única tarefa)As tarefas devem ser curtas, para que ele consiga concluir a tarefa e não pare pela metade, o que é muito comum.
o    Dar oportunidades para movimentos monitorados, como uma ida à secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um bilhete para o professor, regar as plantas ou dar de comer ao mascote da classe.Possibilitar a saída do aluno algumas vezes da sala para levar bilhetes, pegar giz em outra sala, ir ao banheiro, assim estará evitando que ele fuja da sala por conta própria.
o    Trabalhar com exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade.
o    Avaliação continua sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.
o    Fazer do canto um lugar de recompensa para atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo.
o    Desenvolver um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento. Aproveitar as aulas de educação física como auxílio na aprendizagem dos alunos que parecem ter energia triplicada (ginástica ajuda a liberar a energia que parece ser inesgotável, melhora a concentração com exercícios específicos, estimula hormônios e neurônios, a distinguir direita de esquerda já que possuem problemas de lateralidade que prejudicam muito sua aprendizagem).
o    - Proporcionar intervalos previsíveis sem trabalho que o aluno pode ganhar como recompensa por esforço feito, aumentando o tempo da atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento.
o    Perceber se há isolamento nas atividades recreativas barulhentas, pode indicar dificuldades de coordenação ou auditivas que exigem uma intervenção adicional.
o    Preparar com antecedência para as novas situações, pois tem sensibilidade em relação às suas deficiências e facilmente se assusta ou se desencoraja.Fazer um roteiro das atividades do dia, para que o aluno perceba as regras pré-definidas e que todos devem cumpri-las.
o    Trabalhar com métodos variados (som, visão, tato), entretanto, novas experiências envolvem muitas sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), e provavelmente irá precisar de tempo extra para completar a tarefa.
o    Reconhecer que esses  alunos necessitam de aulas diversificadas,
o    Ter comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola, ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.
o    Substituir as aulas monótonas aulas mais estimulantes que venham prender a atenção do aluno.
o    Utilizar recursos variados que não são habituais na sala de aula (informática, experiências, construção de maquetes, atividades desafiadoras de criar, construir e explorar.
o    Não utilizar cores muito fortes na sala como amarelo e vermelho, cores fortes tendem a deixar os alunos mais agitados, excitados e menos atentos. Procure colocar tons mais neutros e suaves.
o    Método de economia de fichas: tabela contendo comportamentos -alvo a serem estimulados na criança, de forma assertiva e positiva, num calendário semanal. Cada item da tabela receberá uma nota no fim do dia (1 ponto, caso o comportamento adequado tenho sido realizado, e 0 ponto, caso não tenha sido realizado). A pontuação pode ser feita de diferentes formas (com desenhos, cores, formas geométricas…). A criança será premiada após verificação da tabela, conforme combinado anteriormente. Para que haja resultados positivos, a técnica deve ser aplicada ininterruptamente por pelo menos 6 semanas.
o    Nunca grite, ameace ou queira se impor à suas vontades.
o     A melhor forma de conviver com esta criança é realizando combinados.
o     Faça-o se sentir útil. Atribua funções e papéis à criança.
o    . Compreenda que a criança ou adolescente não realiza os atos porque quer.
Fortaleça a autoestima da criança, estimulando-a sempre em boas ações e a se superar. Converse muito com esta criança.
Os momentos de descarga emocional devem ser respeitados. Deixe-o sozinho nestes momentos e interfira somente se colocar a si próprio ou outros em perigo.
 Permita uma clara explicação das consequências de suas atitudes.
Converse com a criança para encontrar outras soluções para substituir as atitudes opositoras.
Quando der ordens, faça com o rosto de firmeza, com voz decidida. Porém não seja agressivo ou humilhe a criança. Ordene mas não seja autoritário.
  • Não a chame sempre pelo nome quando quiser sua atenção para prestar atenção à aula. Colocar a mão no ombro da criança e andar pela sala enquanto explica é uma ótima tática.
  • Evite ordens à distância, na forma de perguntas ou com palavras vagas. Use o olho-no-olho e seja o gerente da situação.
  • Oferecer mediadores concretos e externos. Para crianças menores, oferecer cartões indicando visualmente a sua função em cada atividade. Por exemplo, dividir a sala em duplas para atividade de leitura, cada dupla recebe um cartão com um desenho de orelha e outro com desenho de boca. Quem recebeu a orelha escuta e quem recebeu a boca lê. As atividades são intercaladas entre os pares.
  • Referências externas para as etapas de uma atividade. Crie uma música que sinalize as etapas a ser seguidas para ajudar a criança a regular seus impulsos e manter-se em uma atividade, principalmente em momentos de trocas de demandas, como o retorno à sala de aula após o lanche ou o início da uma nova tarefa. Coloque na letra da música os itens a ser seguidos, estimule que a sala toda cante
  • Estimular a autorregularão da impulsividade • Crie um lugar calmo na sala onde qualquer aluno possa ir quando sentir que precisa de um ambiente com menor estímulo sonoro para se acalmar ou para se concentrar. • Incentive a procura desse espaço como uma medida importante de autocontrole e de manejo das próprias sensações. • Possibilite pausas para autoavaliação do comportamento. Por exemplo, combinar com os alunos que quando o professor disser uma palavra específica (estátua, por exemplo), todos interromperão a atividade em curso e farão uma autorreflexão de como estão envolvidos, ou não, na colaboração e o que poderiam fazer para melhorar a situação.
  • Estimular a regulação do comportamento pelos pares • Coloque a criança impulsiva próxima de um colega que possa funcionar como um bom modelo e como uma ajuda externa ao controle. • Estimule a classe toda com incentivos para quando uma atividade é completada a tempo. Por exemplo, sugira algo tentador como tempo para atividades recreativas nos últimos vinte minutos do período se as tarefas do dia forem realizadas sem necessidade de interrupção disciplinar do professor para toda a sala. Escreva na lousa os números de 1 a 20, sendo que cada número refere-se aos minutos da atividade prometida. A cada interrupção para regular comportamento, todo o grupo perde um minuto. Deixe bem demarcado na lousa (risque os minutos perdidos). Permita que os alunos se organizem em duplas ou trios de forma que os menos impulsivos ajudem os mais impulsivos a se organizarem.
  • Localização na sala de aula • Coloque seu aluno mais impulsivo em local próximo para que possa ser supervisionado e amparado por você. • Permita também que ele possa se movimentar sem atrapalhar as atividades. Modifique a disposição da carteira conforme a atividade.
  • Orientação individual de um aluno evitando exposição • Crie um espaço de comunicação direta entre você e o aluno permitindo que a impulsividade seja reconhecida como um problema de difícil controle, algo que ele não deve negligenciar ou esconder, mas sim enfrentar, e que a dupla “professor-aluno” tem em comum a meta de traçar estratégias para diminui-la. • Combine um código que possa funcionar como ferramenta de controle externo sem exposição. Como “João, você poderia buscar um copo de água para mim, por favor”. Assim você promoveria que o aluno saia da sala de aula, caminhe um pouco, extravase sua energia, consiga perceber que estava se excedendo e retorne à sala sem expô-lo.
  • Permita algum grau de controle na realização da atividade Sugira ao aluno que ele tem alguma autonomia sobre a forma como realiza uma atividade, se quer iniciar pelas partes mais interessantes, se precisa de pausas etc. A criança e o adolescente estão construindo a sua forma de compreensão e reação ao mundo e podem reagir de forma explosiva quando se deparam com situações em que têm dificuldades para compreender ou programar uma estratégia de reação no plano dos pensamentos (ou planejamento verbal). Assim, além de comuns, irritabilidade e agressividade são inespecíficas e podem ser manifestações de diferentes situações de sofrimento psíquico, Por isso, não podemos nos precipitar e considerar uma reação agressiva ou irritável como indício de gravidade ou de patologia. Mas podemos considerar que, ao reagir dessa forma, a criança ou o adolescente encontram um impedimento para utilizar formas mais elaboradas de reação (um planejamento, por exemplo). Um estudo analisou o modo de reação do professor frente a comportamentos agressivos por parte da classe e observou-se que altos índices de comportamento agressivo podem desencadear reações rígidas e inflexíveis do professor na tentativa de controle da conduta. Paradoxalmente, esse tipo de reação, principalmente quando acompanhado de restrição da relação empática entre aluno e professor, aumenta a resistência dos alunos e piora o comportamento na sala de aula (Pianta, 2004). Ou seja, irritação gera irritação e pode contaminar todo o ambiente escolar. Não é fácil lidar com um aluno assim, apesar de ser uma característica comum na infância.
  • A seguir, descreveremos as principais intervenções que podem ser realizadas pelo professor para abordar comportamentos agressivos e irritáveis no ambiente escolar.
  • De forma geral, o professor poderá diminuir o impacto se conseguir adotar atitudes que evitem situações de conflito ou de explosões afetivas.. Ao reconhecer situações de risco eminente, deve evitar um desfecho com excessiva carga afetiva e retomar o tópico em um segundo momento.
  • • Possibilite ao aluno irritado uma forma de proteção antes que agrida o grupo ou a você. Permita algum relaxamento nas atividades, autorize que se isole do grupo nas situações mais intensas.
  • • Sempre que possível, elogie ou tente se aproximar da criança irritada. Isso estimula uma forma de comunicação e que ela veja no professor um instrumento de ajuda, desde que não esteja colocando em risco a integridade física de outro aluno, profissionais da escola ou a própria
  • • Procure manter distância física do aluno. Tentar contê-lo pode aumentar as chances de que ele ou o profissional da escola se machuquem.
  • • Evite estímulos que podem piorar a explosão, como discutir ou argumentar.
  • • Afaste as pessoas ao redor. Não tente remover o aluno em questão.
  • • Mantenha em mente que as explosões verbais com xingamentos expressam mais uma situação de descontrole do que necessariamente o que está sendo expresso pelo conteúdo.
  • • Explosões geralmente são autolimitadas. Tentar interrompê-las ou encurtá-las geralmente causa o efeito oposto.
  • • Preocupe-se em promover a segurança dos alunos e dos profissionais da escola e não em interromper o quadro de explosão.
  • • Lembre-se de que todos nós perdemos a cabeça de vez em quando e o quanto isso é embaraçoso. Ajude seu aluno a se recompor depois da explosão. Converse com o grupo mostrando como isso pode acontecer com qualquer um, diminuindo o estigma e o impacto no grupo.
  •  Se for uma situação que coloque em risco a integridade física de alguém :
  • • Não é uma situação para o professor lidar sozinho. Chame o responsável pela segurança da escola.
  • E se seu aluno irritado explodir em agressões verbais ou físicas? O que fazer?
  •  Alguns alunos insistem em não fazer o que é solicitado ou mantêm um comportamento de questionamento às regras. Muitas situações diferentes podem desencadear esse tipo de comportamento, desde a “não compreensão do que é solicitado ou das regras” até “irritabilidade, falta de engajamento com o meio, disputa de poder, dificuldade de aceitar estruturas com hierarquia”. Mais difíceis do que a irritabilidade, esses comportamentos tornam a atividade em sala de aula ainda mais desafiadora. Abaixo listamos algumas sugestões de atitudes que podem ajudar o professor.
  • Ao realizar as atividades Estar seguro de qual estratégia seguir para a situação em questão. Alunos opositores e desafiadores tentarão ao máximo questionar cada conduta do professor, descredenciando-o e desmerecendo o desfecho proposto.
  • Oposição e desrespeito às regras • Garantir que o aluno opositor esteja engajado na atividade, sem permitir brechas para que ele se coloque à margem do grupo. Elaborar atividades motivadoras e participativas, engajar o aluno no grupo, referenciá-lo ao longo da atividade e responsabilizá-lo com o desfecho. • Manter as atividades do dia o mais visível possível de forma que impossibilite ao aluno opositor se colocar como não informado das etapas e regras a ser seguidas. • Deixar claro, desde o início, o desfecho esperado e o comportamento desejado em cada atividade. • Dividir a sala em grupos menores e heterogêneos.
  • Disciplina • Impor o seguimento das regras de forma persistente e consistente, não permitir brechas ou negociações. Deixar claro as consequências para aqueles que optarem por não seguir as etapas proposta. • Certificar-se de que todos estão cientes dos compromissos e expectativas antes de iniciar cada atividade. Responsabilize-o por pequenas metas que você tenha certeza de que ele pode cumprir e que serão observadas de forma positiva para o grupo.
  • Questionamentos • Evitar assuntos polêmicos que abram margem para discussões e múltiplas interpretações, principalmente no que concerne às regras. Deixar esse tipo de tópicos para momentos mais tranquilos. • Manter o foco das discussões em tópicos positivos.
  • Evitar disputas de poder • Evitar disputas, principalmente quando não são necessárias. Não dê argumentos que possam inflamar uma discussão. Deixe claro o seu ponto de vista, a regra e mude de tópico. • Se sentir que é importante ressaltar um comportamento negativo de um aluno, evite fazê-lo na sala de aula. Converse de forma discreta e em particular. Nunca levante a voz, fale calmamente, repita a mesma informação de forma pausada e calma, quantas vezes forem necessárias. Não argumente.
  • A atenção, assim como o controle de impulsos, são atividades que amadurecem durante o desenvolvimento. Por isso, espera-se que para crianças entre 7 e 12 anos,  um período mínimo de trinta minutos. Existem várias situações relacionadas com a impossibilidade de uma criança ou de um adolescente ter dificuldade em manter o foco de atenção do início até a finalização de uma atividade. Vamos listar aqui as mais comuns e as mais importantes.
  • • Problemas físicos como dor, cansaço, fome, dificuldade para enxergar, dificuldade para escutar.
  • • Padrão de sono pobre ou irregular com sonolência diurna.
  • • Problemas emocionais como situação familiar complicada, abandono, negligência, tristeza, ansiedade, medo.
  • • Dificuldade de compreensão do contexto social como nos quadros autistas
  • • Patologias psiquiátricas específicas como o Transtorno de Déficit de Atenção. • Patologias neurológias como epilepsia.
  • Entre todas essas possibilidades citadas, algumas causarão uma dificuldade de foco de atenção mantido, outras serão transitórias Crianças desatentas têm muita dificuldade para organizar suas atividades, escutar uma orientação, planejar ações, prever e gerenciar etapas para concluir uma atividade. Elas se distraem facilmente com estímulos do ambiente (barulho, uma lembrança, objetos ao seu redor), esquecem objetos (mesmo muito importantes para elas, mas ainda mais o que tem menor importância). Tendem a procrastinar as atividades até o último momento. Como subestimam o tempo necessário para completar as atividades, muitas vezes não conseguem completar o que se propuseram e falham com seus pares nas demandas em grupos.
  • Está certo dizer que se uma criança consegue se focar e prestar atenção por períodos longos em outras atividades que não os estudos (como videogame) ela não é desatenta? O que fazer para ajudar uma criança desatenta a melhorar sua atenção na sala de aula? Só o remédio que funciona?
  • Algumas dicas práticas
  • 1. Deixe-o longe de potenciais fontes de distração como janelas, portas, outros colegas agitados. Procure alocá-lo onde o foco seja o contato com o professor.
  • 2. Orientação individual de um aluno evitando exposição • Selecione para quais atividades o aluno precisará de mais apoio; por exemplo, quanto mais monótona e longa, mais difícil será a manutenção da atenção. • Nessas atividades, como uma leitura, passe pelo aluno e toque discretamente na página que está sendo lida. • Solicite que o aluno indique para quais atividades ele precisa de mais supervisão e como poderia ser fornecida. Faça esses questionamentos em particular. Se ele não conseguir se organizar para sugerir, dê sugestões com exemplos e permita que ele coloque como se sentiria em cada situação.
  • • Combine previamente um sinal com o seu aluno para resgatar a sua atenção ao tema da aula sem expô-lo.
  • Medidas que podem aumentar a atenção para o conteúdo
  • • Permita ao aluno algum grau de controle sobre a atividade solicitada. Isso, de forma geral, diminui ansiedade e procrastinação e aumenta o desempenho. Por exemplo, pergunte por qual parte da atividade ele gostaria de começar; se gostaria de sair para caminhar um pouco a cada quinze minutos, e diga que você ajudaria a controlar o tempo; se prefere fazer em grupo ou individualmente (quando possível).
  •  • Fragmente as atividades em vários tópicos de até quinze minutos de duração contínua. Use os espaços entre as atividades para ajudar a aluno a extravasar sua energia física, no caso dos agitados, ou para poder compartilhar o fluxo dos pensamentos dos sonhadores. Controle o tempo de descanso (lembre-se de que eles percebem mal o passar do tempo e têm dificuldade para se organizar). Antes de retornar à lição, ajude a direcionar o foco para as partes mais importantes do tópico a ser iniciado e fazer as ligações entre os tópicos anteriores. Uma atenção fragmentada pode determinar conteúdos fragmentados na mente. • Ajude a direcionar a atenção acentuando a importância de pontos-chave do conteúdo. Por exemplo, interrompa o fluxo do discurso e diga “agora isso é muito importante”, deixe uma pausa de um ou dois segundos antes de retomar.
  • • Explore os outros sentidos. Use outros estímulos sensoriais além do estímulo sonoro. Imagens, objetos, curiosidades, qualquer coisa que estimule os sentidos e faça o assunto aumentar de interesse
  • • Mantenha um resumo em tópicos e ilustrações sinalizando pontos-chave, e uma linha cronológica do desenvolvimento de um tema. Chame a atenção para esse resumo a cada nova etapa, ajudando o aluno a organizar em sua mente o conteúdo de maneira coesa. • Estimule o contato visual do aluno com você. Perceba quando ele se distraiu pelo olhar e faça qualquer movimento ou atitude que chame a atenção. Não o repreenda, valorize a retomada de foco com um sorriso, faça uma pequena retomada do conteúdo (por exemplo, lembre o tópico: “falando sobre Dom Pedro II, o imperador do Brasil, podemos continuar dizendo que...”).
  • • Permita que o aluno use fone de ouvido com a música que ele acredita que o ajuda a se concentrar, principalmente em atividades que ele precisa fazer sozinho. Essa medida diminui o potencial de se distrair com os barulhos do ambiente. • Deixe o aluno usar objetos que o ajudem a diminuir estímulos externos visuais: boné quando precisa olhar apenas para o seu caderno, por exemplo.
  • • Enriqueça o material de estudo com outras informações além do conteúdo. Por exemplo, divida as etapas de uma lição em cores, criando metas a ser cumpridas.
  •  • Lembre-se de que o ruído externo atrapalha muito a concentração de todos, mas inviabiliza a de quem é desatento. Monitore constantemente o barulho na sala de aula.
  •  • Promova um ambiente de sala de aula estimulante do ponto de vista acadêmico. Se o aluno se distrair e passar a vagar o olhar pela sala, permita que possa se focar em imagens, objetos, trechos de textos que o ajudem a compreender o conteúdo do que está sendo ensinado.
  • • Atividade em grupo pode ser mais prazerosa que a atividade solitária. O engajamento afetivo ajuda no foco da atenção e na tendência em permanecer na mesma atividade por um período maior.
  •  Compreender um tópico inteiro • Sempre que retomar um tópico (de uma aula para a outra, após uma interrupção por comportamentos inadequados ou outras situações), faça um pequeno resumo do tema e em que ponto estava. Lembre-se de que, muitas vezes, o aluno desatento não consegue ter uma visão coesa sobre um assunto por ter apreendido trechos fragmentados. A falta de compreensão do assunto inibe ainda mais a atenção e promove comportamentos opositores em relação ao assunto.
  •  Forneça orientações em partes fragmentadas tanto orais como escritas. Use outros incentivos sensoriais (cores, desenhos, organização espacial) para salientar cada tópico.
  •  • Antes de passar para uma próxima etapa, averigue o que foi compreendido e absorvido da anterior
  •  • Mostre aos alunos desde o início qual a sua expectativa final de aquisição ou de desempenho.
  • Rotina :
  • • Deixar as etapas da rotina diária em local de fácil visualização para todos os alunos. Lembrar que o aluno pode ter se distraído em etapas importantes de instrução e, por isso, ficou perdido em relação às próximas etapas e em como se organizar para elas.
  • • Encoraje o uso de checagem de itens antes do trocar para uma nova atividade, da análise do que foi concluído e do que é preciso para a próxima. Isso ajuda o aluno a reconhecer e se organizar em relação às etapas e metas.
  • • Use sinalizadores sensoriais na troca. Palavras de ordem (sonoro) descrevendo as etapas, setas, desenhos (visuais), objetos a ser entregues (tátil).
  • • Promova supervisão de um adulto próximo ao aluno de forma que, caso ele se perca entre as etapas, possa ser orientado.
Importante:
No histórico de alunos com TOD fica claro como são raras as oportunidades que realizam passeios. Em geral, devido ao seu comportamento, os alunos são afastados das oportunidades para “evitar encrenca” . São muitos os relatos de momentos em que eles perdem o controle em público.
Deve ser proposta de intervenção da escola; propor momentos de interação com os colegas da escola e com as regras que a convivência em grupo necessita, de maneira prazerosa e lúdica. Os momentos também são interessantes para que esses alunos percebam que não só ele, mas todo o grupo segue as mesmas regras, e observar que diferentes locais e espaços dos ambientes que estão visitando servem a diferentes propósitos.
Provocar situações que alunos percam nos jogos, por exemplo, no jogo de memória para que entre em contado com sentimentos de intensa frustração, sentimentos esses que o levarão a recorrer a comportamentos de esquiva e rompantes de agressividade. É necessário desconstruir o entendimento do que é o perder, o ganhar e o empatar; para tanto é preciso pensar sobre o real sentido do jogo: se divertir, não ganhar; o que é “dar o seu melhor”: fazer tudo que for legalmente possível para vencer, sem trapacear ou tentar infligir as regras, e não necessariamente ser o melhor de todos. Compreendendo que os jogos lúdicos são, na verdade, pequenos ensaios para a vida adulta, aprender a lidar com o sentimento de frustração quando as coisas não acontecem exatamente como esperado é uma importante conquista para melhorar a qualidade de suas relações interpessoais
Por exemplo, o jogo “A hora do rush” incentiva a criança a criar estratégias para sair de uma situação difícil. Geralmente esses alunos estão acostumados a recorrer a agressão, física e oral, ou a fuga para resolver seus problemas. Quando diante desse jogo, eles se sentem provocados a encontrar outra saída, a tomar outra postura para resolver a questão. Nota-se nesse ponto que a solução por ele tomada continuou sendo uma postura desafiadora e opositora, contudo, socialmente adequada e aceitável.
 Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de entender o que o outro sente ou como reage. Ela determina as possibilidades de relações sociais. No autismo, a capacidade de ter empatia está alterada. Mesmo em graus leves, com a possibilidade de criar bons vínculos com algumas pessoas de seu convívio, as crianças do espectro autista demonstram muita dificuldade para expressar e reconhecer o afeto que estará presente na relação e as emoções que surgem a partir de cada experiência que vive. Costuma ser bem difícil e estranho identificar o que e como se sentem; e muito mais a possibilidade de identificar o que o outro sente. Habilidades sociais não é algo que aprendemos na escola, mas em todos os lugares. Não é algo ensinado, espera-se que, ao longo das experiências, todos nós percebamos qual reação física indica que o outro está chateado (cenho franzido) ou triste (chorando) e como seria o esperado que se reagisse às sensações do outro. A empatia (capacidade de perceber o outro) é uma ferramenta essencial para essa atividade e, quando funcionando bem, promove a percepção naturalmente ao longo do desenvolvimento. A empatia também é acompanhada pela linguagem
Você já pensou no que acontece com as crianças que têm dificuldade de perceber essas dicas sociais que são tão importantes para a comunicação? O que acontece quando a entonação de voz não é percebida, apenas a palavra nua e crua no seu significado concreto? Essas crianças apresentarão dificuldades no desenvolvimento das suas habilidades sociais, terão muita dificuldade de compreender o ambiente e, logo, de comportar-se como o esperado.
Dificuldades nas habilidades sociais
Vamos listar em tópicos as principais situações e como o professor pode reagir a elas. Apesar da maior parte das alterações que promovem dificuldades no processo de compreensão não ter cura, o quanto antes se identifica e se estimula essa função, melhor a capacidade do aluno. O nosso cérebro é bastante plástico e pode treinar outras áreas para assumir o papel da região deficitária, desde que ajudado.
• Antes de considerar o aluno como alguém que não coopera nas atividades diárias, certifique-se de que ele as compreendeu.. Lembre-se: eles não conseguem gravar os significados das palavras, então o apoio com as imagens precisa ser usado repetidamente. • Evite usar figuras de linguagem ou metáforas. Se palavras com significado concreto já são difíceis, imagine as com significado não literal. A tendência do seu aluno é fazer uma compreensão concreta do significado do que foi dito e a partir daí se confundir ainda mais ou, simplesmente, escutar, mas não associar nenhum significado ao som (som como barulho e não como palavras). Por exemplo, “acordar com as galinhas” que pode ser usado para exemplificar que os alunos precisam acordar bem cedo (cedo como as galinhas acordam geralmente), pode ser compreendido como uma orientação que o aluno vá dormir no galinheiro. • Encurte as explicações. Faça em tópicos bem delimitados. Use imagens. • Incremente todo o material escolar do aluno com imagens. Dificuldade de compreensão Uma criança autista costuma se expressar de modo extremamente objetivo. Para a pessoa que convive com um autista fica a sensação de que ele é desajeitado e pouco sensível. Contudo, um autista pode ser muito capaz de apreender o significado de atitudes e condutas sociais e pode inclusive explorar possibilidades de interação com auxílio de uma pessoa que seja sua referência. Assim como algumas crianças têm dificuldade de compreensão, também existe a dificuldade de expressão pela linguagem de seu estado interno e suas vontades ou preferências, mesmo para as crianças que adquiriram linguagem. Muitas vezes, a criança não tem percepção de que é ela que não se expressa adequadamente e irrita-se com frequência com o ambiente, pois se sente incompreendida. É usual que a dificuldade de expressão esteja associada com a dificuldade de compreensão, o que atrapalha muito o contato e a troca com o ambiente.
Lembre-se de que a expressão pode ser por meio do comportamento. Um aluno irrequieto, agitado, nervoso, ansioso pode manifestar dessa forma que algum problema está acontecendo, mas que ele não consegue nem solucionar sozinho nem pedir ajuda diretamente. • Caso você perceba que o aluno está com alguma dificuldade para expressar algo, procure auxiliá-lo.
Algumas dicas práticas
 Professor, você já pensou em quantas coisas são ditas de outras formas que não pelas palavras, por exemplo, pela expressão corporal? Se uma criança está triste, se está aberta para brincadeiras, se está preocupada, as mudanças de ritmo e entonação da voz são uma forma de se comunicar. Imagine como seria sua capacidade de compreensão do mundo se você fosse míope para todas essas nuances da expressão corporal que sinalizam a comunicação. O mundo poderia ser um caos, complexo e intangível. Como já vimos, rotina e um ambiente previsível são as palavras-chave. Ajudam seu aluno a criar regras que promovam uma compreensão, ainda que rudimentar, do ambiente. Como ajudar seu aluno a entender melhor o ambiente em que está inserido?
1.         Organize o espaço físico • Crie áreas específicas para cada atividade (brincar, trabalhos em grupo ou individuais, lanche, atividades de autocuidados etc.).
• Demarque um local para guardar seus pertences individuais.
• Ajude o aluno a identificar visualmente a ordem das atividades de forma que ele possa se orientar na sala de aula. • Crie formas de comunicação explícita para indicar que o aluno terminou o trabalho (área para os trabalhos finalizados).
 • Sinalize bem os limites de cada área de trabalho de forma a evitar confusão por parte da criança. Pela própria dificuldade social, há um empenho na tentativa de se adequarem ao modo de conversar e a fala fica parecendo pedante ou muito formal. A compreensão costuma ser “ao pé da letra” e concreta, a expressão do que foi compreendido de uma situação é empobrecida e carente de simbolismos. A capacidade abstrativa e o estabelecimento de analogia costuma ser restrito, se o nível intelectual estiver na média. Se considerarmos a linguagem não verbal, temos a postura física e o modo de andar também estereotipados, desarmonizados e com pouca naturalidade, pela representação de gestos que são aprendidos.
Figuras de referência: É fundamental que haja mais de uma pessoa de referência para um aluno procurar quando precisa de um apoio. O professor de classe (ou tutor, se houver mais de um professor) será a primeira pessoa que o aluno irá solicitar quando precisa, mas em sua ausência deve haver outro professor ou profissional da equipe escolar que possa ajudar o aluno a se organizar diante de uma situação de estresse. Ajude o aluno a criar uma estratégia dos momentos que deve procurar ajuda e como proceder (quando e como). Lembre-se sempre de que essas crianças, que já tem dificuldade de compreender o ambiente de forma geral, tornam-se incapacitadas e perdem as poucas estratégias que possuem quando em situação de estresse.
Ao tentar corrigir um comportamento  de uma criança autista. Não fale de forma ríspida e alta.  Ela pode apenas se concentrar no seu sentimento de raiva e não captar a informação a qual deseja passar, podendo apresentar comportamento opositor ou apresentando a mesma agressividade nas palavras sem distinção de hierarquias.  Tente focar na mensagem que deseja passar,
usando palavras simples e diretas e com a voz monótona e pacifico assim conseguirá captar melhor a informação e corrigir o comportamento. Se preciso use o apoio visual (Pecs ou imagens) do comportamento errado e do comportamento assertivo para lhe ensinar qual é o certo!
Observe o excesso de estímulos no ambiente • Evite muitas informações. Algumas crianças são mais sensíveis a alguns estímulos específicos (isso é comum no autismo, por exemplo). Outras, mesmo não sendo hipersensíveis, podem ter dificuldade de decodificação das excitações sensoriais do ambiente (também presente no autismo). Em ambas as situações, excesso de estímulo pode causar um impacto negativo e piorar a interação da criança.
 • Se não for possível evitar, lembre-se de funcionar como figura de apoio e criar estratégias preventivas para essas crianças nos momentos em que algum excesso de estímulos sensoriais é esperado. Por exemplo, se as crianças tendem a ser muito barulhentas no fim do período escolar e a saída de todos é muito ruidosa, combine com o seu aluno que ele sairá com você cinco minutos depois de todos. Professor, você sabe o é que apego? O termo apego, muito utilizado no senso comum, aparece nas referências teóricas como um modo de vínculo afetivo, caracterizado pela sensação de segurança da criança (ou adulto). Está diretamente associado a um relacionamento interpessoal. O apego para criança se apresenta como uma sensação de confiança e conforto, oferecendo a ela segurança para explorar o mundo
A reação de ansiedade mais conhecida em sala de aula é aquela que aparece na hora da prova. Em situações de avaliação, é bem comum uma criança ter “dor de barriga”, “ficar enjoada”, “suar nas mãos”, ter febre. Pois é, a ansiedade costuma vir acompanhada de reações fisiológicas. A ansiedade pode variar entre um comportamento leve que gera desconforto pontual, mas, dependendo de cada um, pode tomar proporções maiores Algumas pessoas podem entrar em um estado de ansiedade tão intensa que sentem medo! Sim, medo é uma reação de ansiedade. Você já reparou que quando sentimos medo é como se algo de ruim fosse acontecer? Como se fossemos cada vez menos capazes de evitar esse acontecimento que nos aflige. A fobia é outra forma ainda mais intensa de ansiedade, maior que o medo. A fobia se manifesta de forma incompatível ou desproporcional com as possibilidades de perigo real. Ainda temos o pânico como mais uma forma de comportamento ansioso e grave que ocorre como uma crise de ansiedade intensa e de forma repentina. Em crises de pânico a criança sente que está perdendo o controle da situação e fica sem referências. Na situação escolar, o professor poderá se deparar com diversas situações de ansiedade e há uma série de possibilidades de ele auxiliar seu aluno, como iremos ver a seguir.
Ansiedade:  Identificando um aluno ansioso
• O aluno parecerá tenso. Quando o aluno está ansioso fica absorvido por suas sensações físicas e desconcentrado da atividade por estar apreensivo.
• O aluno poderá parecer distraído, muitas vezes, por estar tentando se controlar.
 • Poderá não prestar atenção à fala do professor e perderá orientações, muitas vezes, fundamentais.
• A reação de ansiedade geralmente é circunstancial, podendo aparecer na apresentação de um trabalho oral ou na efetuação de uma prova.
• É comum seu desempenho decair quando ele está ansioso e seu rendimento ficar aquém do esperado.
 • O aluno ansioso está inseguro e muito preocupado com seu desempenho. Há, portanto, um excesso de preocupação com sua perfomance.
1.         Estreite a relação com seu aluno • Tenha o cuidado de reconhecer o aluno em suas capacidades. • Valorize quando ele demonstra dedicação, iniciativa e interesse em aprender, mesmo que seja mínimo. • Elogie sempre que se dedicar, mesmo que seja por algo simples. • Fale com calma e ternura. • Encoraje-o a participar e executar tarefas da maneira que puder. • Procure conversar em particular (sem expô-lo aos demais alunos) e dizer que quando se sentir ansioso pode contar com você, professor. Diga que você sabe como é difícil estar ansioso, que isso é normal e que todos se sentem desse modo em algum momento da vida. • Se coloque a disposição do aluno para conversar quando ele achar que é importante.
 Auxilie na concentração • Certifique-se de que aluno compreendeu as instruções antes de realizar a tarefa que o deixa ansioso. • Aproxime-se algumas vezes e se coloque disponível para tirar dúvidas e dar esclarecimentos. • Deixe que vá tomar uma água e relaxe um pouco antes de retomar a tarefa que gera tensão. • Permita que faça pausas para descansar. • Organize provas e tarefas de maneira concisa e desmembrada para faci - litar o nível de atenção. • Não o deixe distante de sua mesa, para que ele se sinta cuidado. Ajude-o a se planejar • O aluno deve se sentir capaz. É importante que o aluno ganhe confiança de que é capaz de se organizar e cumprir suas tarefas e de que o professor ou um auxiliar de classe podem acompanhá-lo, com alguma frequência ao longo da semana, colaborando nas formas de se organizar. • Sensibilize o aluno a pedir e receber ajuda. Ensine que a organização nos ajuda a ficarmos mais tranquilos (e consequentemente diminui a ansie - dade), contudo, como é uma tarefa difícil (se organizar) o adulto está aí para auxiliá-lo.
. • Plantão de dúvidas e orientações. O professor ou seu auxiliar podem ter uma hora do expediente escolar disponível para acompanhar, supervisionar e dar dicas para o aluno encaminhar tarefas de casa. • Envolva a família. O apoio dos pais em casa para ajudar na organização e no ganho de confiança é fundamental. Muitas vezes, os próprios pais não tiveram oportunidade de estudar e podem ficar perdidos em como ajudar os filhos; então ofereça dicas e os estimule a apoiar os filhos e valorizar o ato de estudar. Ao longo do desenvolvimento, as crianças sentem a necessidade de ter uma rotina bem estruturada e necessitam se sentir no controle. Nessa fase, é comum apresentarem rituais e manias. Você já deve ter visto crianças que ordenam seus objetos, guardam pertences em caixinhas, apegam-se a coisas mínimas como papeizinhos ou embalagens.
Seja flexível se, ao estar ansioso, o aluno precisar de maior tempo para realizar uma prova ou uma atividade. • Explique que o tempo é necessário para seu controle e para se manter a rotina da turma, mas, se isso o atrapalha em seu rendimento, vocês podem combinar uma maneira que seja boa para ambos. • Defina parceiros (em dupla, trio ou grupo) com os quais a criança ansiosa se identifique. • A atividade cooperativa ameniza a tensão característica do desempenho individual. • As brincadeiras em grupo e os jogos podem funcionar como aquecimento antes de tarefas que despertem tensão (provas, apresentações etc.) • O aluno ansioso e um colega mais íntimo podem ser convidados a auxiliar o professor com papelada, organização de sala, recados etc. • Divida com os pais da criança ansiosa suas preocupações em relação a ela. Combine com outros professores de manter postura de encorajamento e acolhimento em relação à criança ansiosa.
Comportamento de retraimento será comum em crianças tímidas, muito ansiosas ou em crianças que estão sentindo tristeza. A grande preocupação está no fato de a criança não ser percebida e de que o comportamento restringe suas possibilidades de aprendizagem e de desenvolvimento social. Retraimento • Prefere estar sozinho e com o mínimo de contato e interação. • Apresenta ansiedade e preocupação intensa com a opinião do outro. • Apresenta preocupação intensa com o seu desempenho, mas fica paralisado para pedir ajuda e tirar dúvidas. • Não se mostra envolvido ou engajado em uma atividade. • Se sente muito desconfortável na presença de outras pessoas. • É de poucos amigos. • Sente-se incapaz de relaxar: algumas crianças sentem-se tensas o tempo todo e têm muita dificuldade em parar de se preocupar com os fatos do cotidiano. • Permanece sozinho e distante na hora do pátio. • Não fala espontaneamente, fala baixo, usa monossílabo para responder perguntas. • Evita proximidade com pessoas novas. • Evita contato visual. • Tem dificuldade de decidir e escolher, mostrando-se dependente. • Sob pressão, sente-se muito acuado, pode ter reações fisiológicas como dor de barriga, dor de cabeça, vontade de vomitar. • Não tira suas dúvidas. • Senta-se distante dos colegas. • Espera passar pelo período da aula sem ser notado pelo professor. • Segue regras facilmente. • Dificilmente se envolve em brigas ou discussões
O desequilíbrio emocional varia de um desconforto controlável em situações sociais e, em casos extremos, pode chegar a um medo irracional que traz prejuízo para a sociabilidade do indivíduo; apesar do desejo de ter amigos e se entrosar em grupos
Algumas dicas práticas: 1- Sentar perto da mesa do professor • Ao estar perto do professor o aluno pode se sentir acolhido e percebido. • Poderá se sentir fora do foco dos colegas. • A presença próxima do professor auxilia o aluno a manter o nível de concentração na tarefa de modo mais eficiente. • A proximidade abre o canal de comunicação e propicia melhora no vínculo com o professor. Seja empático.
2. Estreite seu vínculo com o aluno • Tente entender por que ele se sente retraído ou por que se isola. • Procure conversar com seu aluno em particular, sem que ele se sinta exposto. • Diga que você, como professor, está disponível para auxiliá-lo no que for preciso para ele se sentir à vontade na sala e poder acompanhar o andamento da aula. • Pergunte se pode auxiliá-lo em alguma preocupação que tenha. • Diga que pode tentar ajudá-lo a compreender alguma sensação ruim que ele possa sentir em sala de aula ou na escola, e que ele pode se sentir melhor dividindo seu problema com alguém em que confie. • Aproxime-se da família. Procure os adultos que são responsáveis pelo aluno e divida suas impressões, sem julgamentos, apenas para auxiliar. • Não comente sobre ele em sua presença, nem para seus colegas ou pessoas que possam expor seus comentários a ele, mesmo que sejam preocupações genuínas e bem intencionadas. Fale sempre com ele e para ele. • Evite expressar grandes expectativas quanto a ele para que não se sinta mais pressionado. É importante que o aluno se aproxime do professor, e não se afaste.
3. Mantenha-se interessado pelo aluno • Valorize seu desempenho. Elogie o aluno. • Peça o auxílio dele para elaborar alguma atividade, sempre atento para não deixá-lo exposto. • Indique como é importante que ele se aproxime de um ou dois colegas com quem sinta afinidade. Propicie atividades em minigrupos definidos por você. • Descubra seus interesses e talentos e explore. Crie projetos nos quais ele possa se envolver. • Proponha tarefas breves e não muito complexas para que ele perceba seu rendimento e se fortaleça. Aos poucos, você pode aumentar a dificuldade das atividades conforme ele responder e reagir positivamente.
4. Busque colegas que sejam parceiros • Identifique bons colegas! Muitas vezes, a troca efetiva com outra criança que o procure com o propósito de fazer uma atividade proposta pelo professor auxilia muito na aproximação desse aluno ao grupo. • Evite nomear “colegas-modelo” de maneira comparativa. Frequentemente, o adulto nomeia outra criança como um exemplo a ser seguido, tornando o convívio social com essa criança opressor.  • Não espere que o aluno retraído passe a ter muitos amigos. Sempre aos poucos, se ele fizer um ou dois será uma grande conquista. • Se a interação com colegas for muito sofrida, não insista e não force situações. • Dinâmicas de grupo podem ser bem-vindas. Proponha jogos ou brincadeiras que forem pertinentes para a aula e para o grupo como um todo, e que possibilitem a interação social, como rodas de conversas, encenações de situações cotidianas, aprendizado de boas maneiras de convívio social. Sempre cuidando para respeitar o aluno retraído no que ele pode contribuir, mesmo que prestando atenção e se mostrando interessado no grupo, isso já seria um grande ganho!
5. Troque suas impressões com outros professores • Divida suas preocupações com sua equipe escolar. • Pensem em formas de compreender melhor o problema e vejam o que está ao alcance da escola. • Combine com outros professores de manter postura de encorajamento e acolhimento em relação à criança retraída. • Reconheçam quando é necessário pedir ajuda de especialistas sempre que suas possibilidades de intervenção não forem suficientes.
6. Aproxime-se da família • Procure os pais e responsáveis para contar suas impressões. • Ouça as noticias que eles lhe trazem sobre essa criança em casa. • Procure entender a dimensão da dificuldade e identificar se são necessárias intervenções mais especializadas. • Nas situações em que não seja identificada gravidade que precise de auxílio especializado, além do apoio da escola e da família, estimule os pais a valorizar o filho e auxiliá-lo a superar dificuldades. • Encontre com os pais uma maneira de se comunicarem e se manterem atualizados com progressos ou dificuldades que estejam passando em casa e na escola. Outra característica com que o professor pode ser deparar em sala de aula diz respeito à presença de crianças que apresentam falta de motivação, desânimo, cansaço ou estafa. Esses são padrões que também podem estar relacionados à tristeza ou a algum conflito emocional que o aluno esteja vivendo. Muitas vezes, a manifestação de desânimo pode estar diretamente associada a um problema de saúde física: processo inicial de alguma doença, anemia, entre outras condições de saúde. Porém, já sabemos que as crianças também manifestam dificuldades e problemas como os adultos, e que algumas vezes esses comportamentos podem ser temporários, pontuais, e se forem persistentes merecem ainda mais atenção. Uma criança sem vontade de realizar atividades, que não demonstra interesse pelas tarefas, que parece cansada ou sonolenta com frequência demonstra que algo não está bem em sua rotina ou em seu bem-estar físico e mental. Essas características podem ser formas de reação emocional diante de problemas pessoais corriqueiros ou mais complexos Desânimo e desmotivação .Tristeza pode ser um sentimento ou um estado de ânimo. É comum a todos nós e pode variar em sua intensidade e duração.
Uma criança ou adolescente podem sentir tristeza de forma transitória, contudo, se esse sentimento persiste e se intensifica, pode trazer prejuízos à criança. Nessas situações, é importante que a criança seja observada de perto para se checar a necessidade do auxílio de especialistas.
 Algumas dicas práticas 1. Na sala de aula • Coloque o aluno sentado em sua frente ou o mais perto possível de sua mesa. Desse modo, você pode auxiliá-lo para que mantenha o foco na atividade. • Permita que ele saia um pouco da sala para dar uma caminhada no pátio, mas logo retornar, se essa movimentação auxiliar que desperte e se concentre um pouco melhor. Nesse caso, você pode mantê-lo sentado perto da porta para que possa sair (com sua permissão) e sem chamar muita atenção dos demais alunos. • Defina com ele os objetivos que ele tem em aula a cada dia. • Dê retorno frequente sobre o progresso do aluno. • Ajude-o a criar estratégias para resolver ou encaminhar tarefas. • Ajude-o na organização e no planejamento do seu dia. • Promova oportunidades para interações positivas com seus pares, como trabalhar em um grupo pequeno. • Modifique atividades de classe e lição de casa com intuito de acomodar os níveis de humor e energia que o aluno apresenta (por exemplo, dar mais tempo, dar tarefas mais curtas). • Forneça cópias de anotações realizadas em classe e folhas de orientação de estudo antes de provas para ajudar o aluno a se focar e ter um guia de estudo. • Divida projetos grandes em partes menores e em tarefas possíveis de ser realizadas pela criança. Ajude a planejar a distribuição do tempo. • Selecione uma tarefa de cada vez para ele realizar. • Escreva instruções de forma completa na lousa. • Se esse mesmo aluno estiver com problemas de sono de manhã (por estar usando alguma medicação ou por estar com insônia), permita que ele chegue mais tarde à escola, reduzindo o período de tempo da criança na escola ou colocando os assuntos mais complexos em momentos em que a criança esteja mais alerta. • Modifique o estilo de suas provas. Pense em um modelo de prova no qual ele se concentre. Por exemplo, provas de múltipla escolha costumam auxiliar na manutenção da atenção e no auxílio à evocação das informações na memória. • O aluno tem dificuldade para se engajar e se dedicar às atividades. • O aluno pode mostrar-se retraído ou isolar-se (como aprendemos no item anterior). • O aluno desanimado pode também estar mal-humorado. • Há prejuízo na concentração e, consequentemente, na capacidade de memorizar novas informações. • O rendimento escolar decai diante da condição de desânimo. • O aluno desmotivado apresenta pensamentos pessimistas. • É comum a perda de interesse por atividades que antes lhe agradavam e entusiasmavam. • Pode se mostrar irritadiço. • A criança pode parecer sonolenta e desvitalizada. • Pode haver diminuição do apetite. • Mantenha contato constante com os pais (agenda, telefone, pessoalmente) para irem dividindo as dificuldades e os avanços
• Aumente o tempo de duração das provas para que ele possa terminá-la. • Permita que ele faça uma pausa durante a prova, se isso puder auxiliá-lo. • Marque as provas para o período do dia em que o aluno esteja mais alerta. • É importante que o aluno possa sentir que consegue aprender, por isso esses esforços são fundamentais.
2. Divida suas impressões com a família da criança • Agende um horário com os pais ou os responsáveis pelo aluno. • Investigue como esse aluno tem estado em casa: afazeres, interesses. • Dê exemplos para os pais de suas impressões para que eles se familiarizem com o que você está falando e até reconheçam situações parecidas em casa que podem estar passando despercebidas. • Pergunta sobre o ritmo do sono e alimentação nos últimos tempos. • Sensibilize os pais que o auxilie para se concentrar na lição de casa.
A sensação de pertencimento e de apoio é um fator importante para o bom desempenho acadêmico e para a presença de comportamentos saudáveis
- Contratos pais-aluno-escola
  • Inicialmente devem se sentar os pais, o aluno, o professor e a direção da escola, conversar e identificar a situação problemática; devem discutir a questão e levantar possíveis soluções negociadas entre as partes. O contrato deve ser escrito e assinado por todos. O problema a ser resolvido deve ser específico e o contrato deve exigir compromissos e deveres entre todas as partes. Caso haja o não cumprimento do contrato, deve-se aplicar as penalidades descritas nele. Após a assinatura, cada uma das partes recebe uma cópia do contrato assinado.
- Métodos de punição comportamental branda
  • Consequências naturais por mau comportamento
  • Consequências lógicas por mau comportamento
  • Penalidades por mau comportamento
  • Canto do castigo
  • Caixa do castigo – apreende-se os objetos da criança que se encontram espalhados, usando fora da hora do brinquedo… e guarda dentro dessa caixa, definindo quanto tempo e sob que condições serão retirados da caixa.
Modelo de contrato entre pais, alunos e escola
CONTRATO PAIS-ALUNO-ESCOLA
Eu, aluno______________________________________, concordo em:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nós, pai e mãe, ______________________________________, concordamos em: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nós, escola, ______________________________________, concordamos em: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________­­­­­­­­­­­­­­­_______________________________
Caso _________________________ não cumpra sua obrigação, estará proibido de ______________________________________________________- até que cumpra o que foi combinado.


Contrato termina em: ____________________________________________________

Assinaturas
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________

DIÁRIO ESCOLAR DE COMPORTAMENTO
NOME: ______________________________________________________
 IDADE: ___________

DATA:_________________________________________________
SEMANA: __________________
COMPORTAMENTO                                                                                                                
Participação em atividades em sala de aula


Qualidade do dever de casa


Respeito às regras na sala de aula


Respeito aos funcionários da escola


Comportamento no recreio escolar


Comportamento com outros alunos


Pontuação total da semana:
4 – excelente
3 – bom
2 – regular
1 – insuficiente
Nome da professora: __________________________________________
Comentários sobre o comportamento do aluno na semana:
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Fonte:
TEIXEIRA, Gustavo. Manual dos transtornos escolares: entendendo os
·
problemas de crianças e adolescentes na escola. Rio de Janeiro: BestSeller,
2013.
 _______________ . O Reizinho da casa. Rio de Janeiro: BestSeller, 1ª edição, 2014.
 Bibliografia Selecionada
  1. Lima, SV. TDAH Na Escola: Estratégias De Ação Pedagógica. Artigonal [Internet]. [citado 2013 Nov 15]. Disponível em http://www.artigonal.com/educacao-artigos/tdah-na-escola-estrategias-de-acao-pedagogica-1863499.html Acesso em: 8 ago 2013.
  2. Rohde L.A. et al. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade [Internet]. RevBrasPsiquiatr 2000 [citado 2013 Nov 15];22(Supl II):7-11. Disponível em: terapia comportamental sugestões de procedimentos autismo.docx Acesso em: 8 ago 2013.
  3. Souza IGS, et al. Dificuldades no diagnóstico de TDAH em crianças. J BrasPsiquiatr [Internet]. 56, supl 1; 14-18, 2007 [citado 2013 Nov 15]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-20852007000500004 Acesso em: 8 ago 2013.