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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

ANSIEDADE NO AUTISTA E TOD – IDENTIFICAÇÃO E TRABALHO PEDAGÓGICO





ANSIEDADE NO AUTISTA E TOD – IDENTIFICAÇÃO E TRABALHO PEDAGÓGICO

Na situação escolar, o professor poderá se deparar com diversas situações de ansiedade e há uma série de possibilidades de ele auxiliar seu aluno, como iremos ver a seguir


É comum seu desempenho decair quando ele está ansioso e seu rendimento ficar aquém do esperado.
 • O aluno ansioso está inseguro e muito preocupado com seu desempenho. Há, portanto, um excesso de preocupação com sua perfomance. 
1. Estreite a relação com seu aluno
Tenha o cuidado de reconhecer o aluno em suas capacidades. • Valorize quando ele demonstra dedicação, iniciativa e interesse em aprender, mesmo que seja mínimo.
Elogie sempre que se dedicar, mesmo que seja por algo simples.
Fale com calma e ternura.
Encoraje-o a participar e executar tarefas da maneira que puder.
Procure conversar em particular (sem expô-lo aos demais alunos) e dizer que quando se sentir ansioso pode contar com você, professor. Diga que você sabe como é difícil estar ansioso, que isso é normal e que todos se sentem desse modo em algum momento da vida.
Se coloque a disposição do aluno para conversar quando ele achar que é importante. 
 Auxilie na concentração
Certifique-se de que aluno compreendeu as instruções antes de realizar a tarefa que o deixa ansioso.
Aproxime-se algumas vezes e se coloque disponível para tirar dúvidas e dar esclarecimentos.
Deixe que vá tomar uma água e relaxe um pouco antes de retomar a tarefa que gera tensão.
Permita que faça pausas para descansar.
Organize provas e tarefas de maneira concisa e desmembrada para facilitar o nível de atenção.
Não o deixe distante de sua mesa, para que ele se sinta cuidado. Ajude-o a se planejar
O aluno deve se sentir capaz. É importante que o aluno ganhe confiança de que é capaz de se organizar e cumprir suas tarefas e de que o professor ou um auxiliar de classe podem acompanhá-lo, com alguma frequência ao longo da semana, colaborando nas formas de se organizar.
Sensibilize o aluno a pedir e receber ajuda. Ensine que a organização nos ajuda a ficarmos mais tranquilos (e consequentemente diminui a ansiedade), contudo, como é uma tarefa difícil (se organizar) o adulto está aí para auxiliá-lo.
Plantão de dúvidas e orientações. O professor ou seu auxiliar podem ter uma hora do expediente escolar disponível para acompanhar, supervisionar e dar dicas para o aluno encaminhar tarefas de casa.
Envolva a família. O apoio dos pais em casa para ajudar na organização e no ganho de confiança é fundamental.

Muitas vezes, os próprios pais não tiveram oportunidade de estudar e podem ficar perdidos em como ajudar os filhos; então ofereça dicas e os estimule a apoiar os filhos e valorizar o ato de estudar. Ao longo do desenvolvimento, as crianças sentem a necessidade de ter uma rotina bem estruturada e necessitam se sentir no controle. Nessa fase, é comum apresentarem rituais e manias. Você já deve ter visto crianças que ordenam seus objetos, guardam pertences em caixinhas, apegam-se a coisas mínimas como papeizinhos ou embalagens. 
Seja flexível se, ao estar ansioso, o aluno precisar de maior tempo para realizar uma prova ou uma atividade.
Explique que o tempo é necessário para seu controle e para se manter a rotina da turma, mas, se isso o atrapalha em seu rendimento, vocês podem combinar uma maneira que seja boa para ambos.
Defina parceiros (em dupla, trio ou grupo) com os quais a criança ansiosa se identifique.
A atividade cooperativa ameniza a tensão característica do desempenho individual.
As brincadeiras em grupo e os jogos podem funcionar como aquecimento antes de tarefas que despertem tensão (provas, apresentações etc.)
O aluno ansioso e um colega mais íntimo podem ser convidados a auxiliar o professor com papelada, organização de sala, recados etc.
Divida com os pais da criança ansiosa suas preocupações em relação a ela. Combine com outros professores de manter postura de encorajamento e acolhimento em relação à criança ansiosa. 
Comportamento de retraimento será comum em crianças tímidas, muito ansiosas ou em crianças que estão sentindo tristeza. A grande preocupação está no fato de a criança não ser percebida e de que o comportamento restringe suas possibilidades de aprendizagem e de desenvolvimento social. Retraimento
Prefere estar sozinho e com o mínimo de contato e interação. • Apresenta ansiedade e preocupação intensa com a opinião do outro.
Apresenta preocupação intensa com o seu desempenho, mas fica paralisado para pedir ajuda e tirar dúvidas.
Não se mostra envolvido ou engajado em uma atividade.
Se sente muito desconfortável na presença de outras pessoas. • É de poucos amigos.
Sente-se incapaz de relaxar: algumas crianças sentem-se tensas o tempo todo e têm muita dificuldade em parar de se preocupar com os fatos do cotidiano.
Permanece sozinho e distante na hora do pátio.
Não fala espontaneamente, fala baixo, usa monossílabo para responder perguntas.
Evita proximidade com pessoas novas.
Evita contato visual.
Tem dificuldade de decidir e escolher, mostrando-se dependente.
Sob pressão, sente-se muito acuado, pode ter reações fisiológicas como dor de barriga, dor de cabeça, vontade de vomitar.
Não tira suas dúvidas.
Senta-se distante dos colegas.
Espera passar pelo período da aula sem ser notado pelo professor.
Segue regras facilmente.
Dificilmente se envolve em brigas ou discussões

O desequilíbrio emocional varia de um desconforto controlável em situações sociais e, em casos extremos, pode chegar a um medo irracional que traz prejuízo para a sociabilidade do indivíduo; apesar do desejo de ter amigos e se entrosar em grupos

Algumas dicas práticas:

1- Sentar perto da mesa do professor
Ao estar perto do professor o aluno pode se sentir acolhido e percebido. • Poderá se sentir fora do foco dos colegas.
A presença próxima do professor auxilia o aluno a manter o nível de concentração na tarefa de modo mais eficiente.
A proximidade abre o canal de comunicação e propicia melhora no vínculo com o professor. Seja empático. 
2. Estreite seu vínculo com o aluno

Tente entender por que ele se sente retraído ou por que se isola.
Procure conversar com seu aluno em particular, sem que ele se sinta exposto.
Diga que você, como professor, está disponível para auxiliá-lo no que for preciso para ele se sentir à vontade na sala e poder acompanhar o andamento da aula.
Pergunte se pode auxiliá-lo em alguma preocupação que tenha.
Diga que pode tentar ajudá-lo a compreender alguma sensação ruim que ele possa sentir em sala de aula ou na escola, e que ele pode se sentir melhor dividindo seu problema com alguém em que confie.
Aproxime-se da família. Procure os adultos que são responsáveis pelo aluno e divida suas impressões, sem julgamentos, apenas para auxiliar.
Não comente sobre ele em sua presença, nem para seus colegas ou pessoas que possam expor seus comentários a ele, mesmo que sejam preocupações genuínas e bem intencionadas. Fale sempre com ele e para ele.
Evite expressar grandes expectativas quanto a ele para que não se sinta mais pressionado. É importante que o aluno se aproxime do professor, e não se afaste.

3. Mantenha-se interessado pelo aluno

Valorize seu desempenho. Elogie o aluno.
Peça o auxílio dele para elaborar alguma atividade, sempre atento para não deixá-lo exposto.
Indique como é importante que ele se aproxime de um ou dois colegas com quem sinta afinidade. Propicie atividades em minigrupos definidos por você.
Descubra seus interesses e talentos e explore. Crie projetos nos quais ele possa se envolver.
Proponha tarefas breves e não muito complexas para que ele perceba seu rendimento e se fortaleça. Aos poucos, você pode aumentar a dificuldade das atividades conforme ele responder e reagir positivamente.

4. Busque colegas que sejam parceiros

Identifique bons colegas! Muitas vezes, a troca efetiva com outra criança que o procure com o propósito de fazer uma atividade proposta pelo professor auxilia muito na aproximação desse aluno ao grupo.
Evite nomear “colegas-modelo” de maneira comparativa. Frequentemente, o adulto nomeia outra criança como um exemplo a ser seguido, tornando o convívio social com essa criança opressor. 
Não espere que o aluno retraído passe a ter muitos amigos. Sempre aos poucos, se ele fizer um ou dois será uma grande conquista. • Se a interação com colegas for muito sofrida, não insista e não force situações.
Dinâmicas de grupo podem ser bem-vindas. Proponha jogos ou brincadeiras que forem pertinentes para a aula e para o grupo como um todo, e que possibilitem a interação social, como rodas de conversas, encenações de situações cotidianas, aprendizado de boas maneiras de convívio social. Sempre cuidando para respeitar o aluno retraído no que ele pode contribuir, mesmo que prestando atenção e se mostrando interessado no grupo, isso já seria um grande ganho!

5. Troque suas impressões com outros professores

Divida suas preocupações com sua equipe escolar.
Pensem em formas de compreender melhor o problema e vejam o que está ao alcance da escola.
Combine com outros professores de manter postura de encorajamento e acolhimento em relação à criança retraída.
Reconheçam quando é necessário pedir ajuda de especialistas sempre que suas possibilidades de intervenção não forem suficientes. 
6. Aproxime-se da família
Procure os pais e responsáveis para contar suas impressões.
Ouça as noticias que eles lhe trazem sobre essa criança em casa.
Procure entender a dimensão da dificuldade e identificar se são necessárias intervenções mais especializadas.
Nas situações em que não seja identificada gravidade que precise de auxílio especializado, além do apoio da escola e da família, estimule os pais a valorizar o filho e auxiliá-lo a superar dificuldades.
Encontre com os pais uma maneira de se comunicarem e se manterem atualizados com progressos ou dificuldades que estejam passando em casa e na escola. Outra característica com que o professor pode ser deparar em sala de aula diz respeito à presença de crianças que apresentam falta de motivação, desânimo, cansaço ou estafa. Esses são padrões que também podem estar relacionados à tristeza ou a algum conflito emocional que o aluno esteja vivendo. Muitas vezes, a manifestação de desânimo pode estar diretamente associada a um problema de saúde física: processo inicial de alguma doença, anemia, entre outras condições de saúde. Porém, já sabemos que as crianças também manifestam dificuldades e problemas como os adultos, e que algumas vezes esses comportamentos podem ser temporários, pontuais, e se forem persistentes merecem ainda mais atenção. Uma criança sem vontade de realizar atividades, que não demonstra interesse pelas tarefas, que parece cansada ou sonolenta com frequência demonstra que algo não está bem em sua rotina ou em seu bem-estar físico e mental. Essas características podem ser formas de reação emocional diante de problemas pessoais corriqueiros ou mais complexos Desânimo e desmotivação .Tristeza pode ser um sentimento ou um estado de ânimo. É comum a todos nós e pode variar em sua intensidade e duração.

Uma criança ou adolescente podem sentir tristeza de forma transitória, contudo, se esse sentimento persiste e se intensifica, pode trazer prejuízos à criança. Nessas situações, é importante que a criança seja observada de perto para se checar a necessidade do auxílio de especialistas.

 Algumas dicas práticas

1. Na sala de aula
Coloque o aluno sentado em sua frente ou o mais perto possível de sua mesa. Desse modo, você pode auxiliá-lo para que mantenha o foco na atividade.
Permita que ele saia um pouco da sala para dar uma caminhada no pátio, mas logo retornar, se essa movimentação auxiliar que desperte e se concentre um pouco melhor. Nesse caso, você pode mantê-lo sentado perto da porta para que possa sair (com sua permissão) e sem chamar muita atenção dos demais alunos.
Defina com ele os objetivos que ele tem em aula a cada dia. • Dê retorno frequente sobre o progresso do aluno.
Ajude-o a criar estratégias para resolver ou encaminhar tarefas. • Ajude-o na organização e no planejamento do seu dia.
Promova oportunidades para interações positivas com seus pares, como trabalhar em um grupo pequeno.
Modifique atividades de classe e lição de casa com intuito de acomodar os níveis de humor e energia que o aluno apresenta (por exemplo, dar mais tempo, dar tarefas mais curtas).
Forneça cópias de anotações realizadas em classe e folhas de orientação de estudo antes de provas para ajudar o aluno a se focar e ter um guia de estudo.
Divida projetos grandes em partes menores e em tarefas possíveis de ser realizadas pela criança. Ajude a planejar a distribuição do tempo. • Selecione uma tarefa de cada vez para ele realizar. • Escreva instruções de forma completa na lousa.
Se esse mesmo aluno estiver com problemas de sono de manhã (por estar usando alguma medicação ou por estar com insônia), permita que ele chegue mais tarde à escola, reduzindo o período de tempo da criança na escola ou colocando os assuntos mais complexos em momentos em que a criança esteja mais alerta.
Modifique o estilo de suas provas. Pense em um modelo de prova no qual ele se concentre. Por exemplo, provas de múltipla escolha costumam auxiliar na manutenção da atenção e no auxílio à evocação das informações na memória.
O aluno tem dificuldade para se engajar e se dedicar às atividades.
O aluno pode mostrar-se retraído ou isolar-se (como aprendemos no item anterior).
O aluno desanimado pode também estar mal-humorado.
Há prejuízo na concentração e, consequentemente, na capacidade de memorizar novas informações.
O rendimento escolar decai diante da condição de desânimo. • O aluno desmotivado apresenta pensamentos pessimistas.
É comum a perda de interesse por atividades que antes lhe agradavam e entusiasmavam.
Pode se mostrar irritadiço.
A criança pode parecer sonolenta e desvitalizada.
Pode haver diminuição do apetite.
Mantenha contato constante com os pais (agenda, telefone, pessoalmente) para irem dividindo as dificuldades e os avanços
Aumente o tempo de duração das provas para que ele possa terminá-la. • Permita que ele faça uma pausa durante a prova, se isso puder auxiliá-lo.
Marque as provas para o período do dia em que o aluno esteja mais alerta.
É importante que o aluno possa sentir que consegue aprender, por isso esses esforços são fundamentais.

2. Divida suas impressões com a família da criança

Agende um horário com os pais ou os responsáveis pelo aluno.
Investigue como esse aluno tem estado em casa: afazeres, interesses.
Dê exemplos para os pais de suas impressões para que eles se familiarizem com o que você está falando e até reconheçam situações parecidas em casa que podem estar passando despercebidas.
Pergunta sobre o ritmo do sono e alimentação nos últimos tempos.
Sensibilize os pais que o auxilie para se concentrar na lição de casa. 
A sensação de pertencimento e de apoio é um fator importante para o bom desempenho acadêmico e para a presença de comportamentos saudáveis



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