Tipos
de TDAH: Desatento, Hiperativo/impulsivo e Combinado
Este
Manejo sobre TDAH foi uma junção de várias orientações e também
um pouco da experiência envolvida nos atendimentos em Sala de
Recursos Multifuncionais.
Estratégias
a serem aplicadas na escola para aluno com TDAH:
1.
Uso de estimulação exacerbada (ex: cor, forma, textura), de modo a
abrandar o nível de atividade, elevar o grau de atenção e melhorar
o desempenho;
2.
Modelo de aula mais entusiasmado, breve e que possibilite a
participação da criança;
3.
Tarefas passivas ou pouco interessantes intercaladas com tarefas
ativas ou de grande interesse, favorecendo a atenção e a
concentração;
4.
Limitar a quantidade de tarefas, priorizando as questões importantes
e as modificando, de modo que facilite a compreensão do aluno;
5.
Aceitar formas opcionais de mostrar o conhecimento, como respostas
orais ou ditadas para escrever;
6.
Parte conceitual da aula intercalada com abreviados momentos de
exercício físico: Reduz a fadiga e monotonia que crianças com TDAH
experimentam durante períodos longos de trabalho escolar;
7.
Conceder um tempo extra para fazer exercícios, testes e/ou liberar
que sejam testados oralmente. Fazer a tarefa em pequenas partes para
que possa ser completada em diferentes tempos, auxilia em controlar a
ansiedade;
8.
As orientações devem breves e apresentadas de maneira visível
(cartazes, listas e outros lembretes visuais). As instruções devem
ser repetidas em voz alta pelo aluno e depois murmuradas enquanto as
segue;
9.
Ao fornecer instruções para uma tarefa, deve–se estabelecer,
ainda, um contato visual com a criança, chamá-la nominalmente -
para não se distrair enquanto é dada a orientação;
10.
Orientação extra para garantir que as tarefas sejam registradas
corretamente, que seu material escolar e local de estudo estejam
organizados;
11.
Oferecer recompensa ao aluno para a tarefa realizada (apagar a lousa,
arrumar as cadeiras, sentar na cadeira da professora, dar recados);
12.
Utilizar frases curtas, claras, objetivas, assim como de sentenças
de sentido ambíguo;
13.
Focalizar a atenção nos conceitos-chave fazendo, antes de iniciar a
explicação, uma lista que inclua estes conceitos (na lousa ou em
fichas de manejo pessoal);
14.
Apresentar a idéia central explicitamente ao início da explicação
até que apareça a informação essencial; Incentivar, durante as
explicações, a geração de estratégias de categorização e de
formação de imagens mentais dos conceitos;
15.
Propiciar aos alunos um sistema de tutoria de um colega que os ajude
a revisar os pontos fundamentais da explicação ou tarefa
realizada;
16.
Os alunos devem ser incentivados a tomar notas, fazer apontamentos
sobre o que escutam;
17.
Realizar pausas periódicas durante as explicações, para que
disponham de tempo para assimilar a informação (pausas de dois
minutos, para uma explicação de aproximadamente 20 minutos);
18.
Manter um contato visual freqüente com o aluno, a fim de detectar
indícios de incompreensão;
19.
Fazer perguntas freqüentes durante as explicações e oferecer uma
retroalimentação imediata e precisa às suas respostas;
20.
Utilizar sinais não verbais (gestos cujo significado somente seja
conhecido pelo aluno e o professor), de modo a redirecionar sua
atenção durante a explicação;
21.
Permitir a realização de uma atividade motora que não seja
perturbadora e que o auxilie a compreender melhor;
22.
Utilizar recursos que tornem as aulas mais dinâmicas, motivadoras:
gravador, computador, retroprojetor, projetor de slides, muita cor
(giz colorido para a lousa, canetas ou lápis coloridos para
registros no caderno ou livro), revistas para recortes, confecção
de materiais pelos alunos em função de um assunto estudado e
recursos outros que poderão auxiliar o indivíduo com esse
transtorno em sua aprendizagem: responder no livro em vez de
copiar no caderno, uso do computador por meio de softwares
educacionais e programas especialmente organizados para facilitar a
compreensão de conteúdos acadêmicos e uso diferenciado do material
matemático: calculadoras e tabuadas, listas de fórmulas e medidas
de conversão.
23.
Incentivar o aluno a tomar nota das palavras-chaves; encorajá-lo a
escrever as instruções verbais e tudo o que é considerado
relevante;
24.
Antes de dar início a uma atividade, enfatizar com o aluno ou
reescrever as orientações com lápis coloridos, para ter claras as
informações importantes;
25.
Aquelas crianças que interrompem com freqüência devem ser
orientadas quanto a reconhecer as pausas na conversação e como
preservar e expor suas idéias;
26.
Anotar tudo o que considera importante na tarefa (escrever à mão,
fazer tabelas ou gráficos);
27.
Grifar, circular ou colorir as orientações das tarefas, palavras
mais difíceis, sinais gráficos. De igual modo, estratégias de
apoio que auxiliem no manejo do comportamento do indivíduo com TDAH
instituem uma necessidade imperiosa, uma vez que administrar os
desdobramentos de suas características no espaço escolar constitui
um desafio heróico. Estratégias de manejo de comportamento para
esse aluno, um desempenho escolar satisfatório é sinônimo de um
eficiente programa de manejo de comportamento.
Algumas
concessões necessárias para gerenciar esse comportamento e promover
o bom andamento da sala:
1.
Permitir que se movimente por breves períodos, consentir que se
desloque de uma cadeira para outra para fazer a tarefa, dar pequenas
pausas para toda a sala, oferecer recompensa ao aluno para a tarefa
realizada tipo:- apagar a lousa, arrumar as cadeiras, sentar na
cadeira da professora, dar recados.
2.
Valorizar os pontos fortes, informar previamente à criança as
regras e conseqüências de cada comportamento e ação, recompensas
e incentivos devem ser utilizadas de forma rápida e imediata em vez
de punições, ignorar uma leve transgressão, permitir os objetos
legais de manuseio artefatos como um carrinho, uma escovinha;
3.
Estabelecer um sinal secreto que tenha sido combinado previamente
entre os dois, solicitar que o aluno repita frequentemente uma
instrução;
Existem
duas regras básicas que podem ser aplicadas à sala de aula:
1)
os alunos estão na escola para trabalhar /aprender;
2)
o comportamento do aluno não deve intervir no trabalho/aprendizado
das outras.
Os
alunos com TDAH ,do tipo predominantemente desatento, costumam ter
dificuldades com a primeira regra e as do tipo combinado apresentam
problemas com ambas. Portanto, o professor deve dividir as atitudes,
comportamentos desses alunos em três categorias:
1)
comportamento que pode ser ignorado (não viola nenhuma regra);
2)
comportamento não destrutivo, mas apenas desatento (infringe apenas
a primeira regra);
3)
comportamento destrutivo (transgride a segunda regra e, muitas vez, a
primeira também).
O
comportamento considerado não destrutivo, mas desatento, pode ser
contornado com simples intervenção do professor. Quando um aluno
apresenta dificuldades em fazer as tarefas, mas não está
comprometendo o andamento da sala, um sinal secreto que tenha sido
combinado previamente entre os dois pode resolver serenamente a
questão. Se a criança com TDAH está sonhando acordada, por
exemplo, o professor deve se posicionar num local onde possa ser
visto e gesticular, fazer um sinal para trazê-la de volta. O gesto
simples de colocar a mão no ombro da criança ou o dedo em sua
carteira garantem grandes resultados (Phelan, 2004).
No
caso da conduta do aluno que interfere na aprendizagem das outras, o
considerado comportamento destrutivo, Phelan (2004) aponta o
procedimento 1-2-3 como o mais apropriado. Segundo ele, advertências
verbais ou abertura de contagem devem ser feitas imediatamente após
o comportamento em foco. Oferecer estrutura à criança com TDAH é
fundamental. Isso quer dizer organizar a sala de aula de tal forma
que a criança saiba o que deve fazer, o que se espera dela. Essas
crianças não sabem se estruturar sozinhas.Ajudá-las a se
estruturar significa estabelecer uma rotina, fazer as 3 - Método
proposto diante das dificuldades no manejo desse tipo de
comportamento (Phelan, 2004, p.200)
1)
Passar um curto período, em uma área predeterminada da sala;
2)
Passar um período afastado, em outra sala de aula, com outro
professor que concordou em cooperar;
3)
Perda de privilégios ou recompensas mesmas coisas em igual hora e
idêntico lugar, fornecer instruções verbais antes de iniciar uma
tarefa.
Estrutura
Um
sistema de controle externo é imprescindível para os indivíduos
com esse transtorno: a estrutura está relacionada a listas,
lembretes, anotações, cadernos de apontamentos, sistemas de
arquivamento, quadros de avisos, cronogramas, recibos, caixas de
entrada e saída de correspondência, secretárias eletrônicas,
sistemas de computação, despertadores de mesa e pulso. A estrutura
diz respeito ao conjunto de controles externos que a pessoa
estabelece para compensar seus controles internos, nos quais não
pode confiar. A maioria das pessoas com TDAH não podem depender de
seus controles internos para manter as coisas em ordem e para manter
suas tarefas dentro do cronograma. Alguns autores sugerem ainda um
esquema de organização da vida do indivíduo com TDAH, que chamam
de planejamento-padrão. Esse sistema opera no mesmo princípio dos
saques automáticos em uma conta bancária: tornando automáticas as
retiradas da conta, não se precisa planejá-las a todo instante.
Introduzem-se certos compromissos ou obrigações regulares no padrão
de uma semana, de maneira a atendê-los automaticamente; inicia-se
fazendo uma lista dessas tarefas regulares; em seguida, organiza-se
uma grade da semana, encaixando cada obrigação fixa em um tempo
regular. O planejamento-padrão ajuda a colocar nos trilhos sua vida
(Hallowell&Ratey, 1999; Benczik, 2002; Alencar, 2006). Por
fim, o ambiente propício para essa criança é uma sala de aula bem
estruturada que receba um número menor de alunos, com um
profissional instruído acerca dessa problemática, auxiliado pelo
corpo técnico da instituição oferecendo suporte emocional e
pedagógico.
Sugestões
de modificações no ambiente escolar:
Vídeo
para conscientização de alunos:
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