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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

TOD - TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR - Como Trabalhar as Dificuldades nas Habilidades Sociais



Vamos listar em tópicos as principais situações e como o professor pode reagir a elas. Apesar da maior parte das alterações que promovem dificuldades no processo de compreensão não ter cura, o quanto antes se identifica e se estimula essa função, melhor a capacidade do aluno. O nosso cérebro é bastante plástico e pode treinar outras áreas para assumir o papel da região deficitária, desde que ajudado. 
Antes de considerar o aluno como alguém que não coopera nas atividades diárias, certifique-se de que ele as compreendeu.. Lembre-se: eles não conseguem gravar os significados das palavras, então o apoio com as imagens precisa ser usado repetidamente. • Evite usar figuras de linguagem ou metáforas. Se palavras com significado concreto já são difíceis, imagine as com significado não literal. A tendência do seu aluno é fazer uma compreensão concreta do significado do que foi dito e a partir daí se confundir ainda mais ou, simplesmente, escutar, mas não associar nenhum significado ao som (som como barulho e não como palavras). Por exemplo, “acordar com as galinhas” que pode ser usado para exemplificar que os alunos precisam acordar bem cedo (cedo como as galinhas acordam geralmente), pode ser compreendido como uma orientação que o aluno vá dormir no galinheiro.
Encurte as explicações. Faça em tópicos bem delimitados. Use imagens.
Incremente todo o material escolar do aluno com imagens. Dificuldade de compreensão Uma criança autista costuma se expressar de modo extremamente objetivo. Para a pessoa que convive com um autista fica a sensação de que ele é desajeitado e pouco sensível. Contudo, um autista pode ser muito capaz de apreender o significado de atitudes e condutas sociais e pode inclusive explorar possibilidades de interação com auxílio de uma pessoa que seja sua referência. Assim como algumas crianças têm dificuldade de compreensão, também existe a dificuldade de expressão pela linguagem de seu estado interno e suas vontades ou preferências, mesmo para as crianças que adquiriram linguagem.
Muitas vezes, a criança não tem percepção de que é ela que não se expressa adequadamente e irrita-se com frequência com o ambiente, pois se sente incompreendida. É usual que a dificuldade de expressão esteja associada com a dificuldade de compreensão, o que atrapalha muito o contato e a troca com o ambiente. 
Lembre-se de que a expressão pode ser por meio do comportamento. Um aluno irrequieto, agitado, nervoso, ansioso pode manifestar dessa forma que algum problema está acontecendo, mas que ele não consegue nem solucionar sozinho nem pedir ajuda diretamente. • Caso você perceba que o aluno está com alguma dificuldade para expressar algo, procure auxiliá-lo.

Algumas dicas práticas
 Professor, você já pensou em quantas coisas são ditas de outras formas que não pelas palavras, por exemplo, pela expressão corporal? Se uma criança está triste, se está aberta para brincadeiras, se está preocupada, as mudanças de ritmo e entonação da voz são uma forma de se comunicar. Imagine como seria sua capacidade de compreensão do mundo se você fosse míope para todas essas nuances da expressão corporal que sinalizam a comunicação. O mundo poderia ser um caos, complexo e intangível. Como já vimos, rotina e um ambiente previsível são as palavras-chave. Ajudam seu aluno a criar regras que promovam uma compreensão, ainda que rudimentar, do ambiente.

Como ajudar seu aluno a entender melhor o ambiente em que está inserido?
1. Organize o espaço físico

Crie áreas específicas para cada atividade (brincar, trabalhos em grupo ou individuais, lanche, atividades de autocuidados etc.). 
Demarque um local para guardar seus pertences individuais. 
Ajude o aluno a identificar visualmente a ordem das atividades de forma que ele possa se orientar na sala de aula.
Crie formas de comunicação explícita para indicar que o aluno terminou o trabalho (área para os trabalhos finalizados).
 • Sinalize bem os limites de cada área de trabalho de forma a evitar confusão por parte da criança. Pela própria dificuldade social, há um empenho na tentativa de se adequarem ao modo de conversar e a fala fica parecendo pedante ou muito formal. A compreensão costuma ser “ao pé da letra” e concreta, a expressão do que foi compreendido de uma situação é empobrecida e carente de simbolismos. A capacidade abstrativa e o estabelecimento de analogia costuma ser restrito, se o nível intelectual estiver na média. Se considerarmos a linguagem não verbal, temos a postura física e o modo de andar também estereotipados, desarmonizados e com pouca naturalidade, pela representação de gestos que são aprendidos.

Figuras de referência: É fundamental que haja mais de uma pessoa de referência para um aluno procurar quando precisa de um apoio. O professor de classe (ou tutor, se houver mais de um professor) será a primeira pessoa que o aluno irá solicitar quando precisa, mas em sua ausência deve haver outro professor ou profissional da equipe escolar que possa ajudar o aluno a se organizar diante de uma situação de estresse. Ajude o aluno a criar uma estratégia dos momentos que deve procurar ajuda e como proceder (quando e como). Lembre-se sempre de que essas crianças, que já tem dificuldade de compreender o ambiente de forma geral, tornam-se incapacitadas e perdem as poucas estratégias que possuem quando em situação de estresse. 
Ao tentar corrigir um comportamento  de uma criança autista. Não fale de forma ríspida e alta.  Ela pode apenas se concentrar no seu sentimento de raiva e não captar a informação a qual deseja passar, podendo apresentar comportamento opositor ou apresentando a mesma agressividade nas palavras sem distinção de hierarquias.  Tente focar na mensagem que deseja passar, usando palavras simples e diretas e com a voz monótona e pacifico assim conseguirá captar melhor a informação e corrigir o comportamento. Se preciso use o apoio visual (Pecs ou imagens) do comportamento errado e do comportamento assertivo para lhe ensinar qual é o certo!
Observe o excesso de estímulos no ambiente
Evite muitas informações. Algumas crianças são mais sensíveis a alguns estímulos específicos (isso é comum no autismo, por exemplo). Outras, mesmo não sendo hipersensíveis, podem ter dificuldade de decodificação das excitações sensoriais do ambiente (também presente no autismo). Em ambas as situações, excesso de estímulo pode causar um impacto negativo e piorar a interação da criança.
 • Se não for possível evitar, lembre-se de funcionar como figura de apoio e criar estratégias preventivas para essas crianças nos momentos em que algum excesso de estímulos sensoriais é esperado. Por exemplo, se as crianças tendem a ser muito barulhentas no fim do período escolar e a saída de todos é muito ruidosa, combine com o seu aluno que ele sairá com você cinco minutos depois de todos. Professor, você sabe o é que apego? O termo apego, muito utilizado no senso comum, aparece nas referências teóricas como um modo de vínculo afetivo, caracterizado pela sensação de segurança da criança (ou adulto). Está diretamente associado a um relacionamento interpessoal. O apego para criança se apresenta como uma sensação de confiança e conforto, oferecendo a ela segurança para explorar o mundo 
A reação de ansiedade mais conhecida em sala de aula é aquela que aparece na hora da prova. Em situações de avaliação, é bem comum uma criança ter “dor de barriga”, “ficar enjoada”, “suar nas mãos”, ter febre. Pois é, a ansiedade costuma vir acompanhada de reações fisiológicas. A ansiedade pode variar entre um comportamento leve que gera desconforto pontual, mas, dependendo de cada um, pode tomar proporções maiores Algumas pessoas podem entrar em um estado de ansiedade tão intensa que sentem medo! Sim, medo é uma reação de ansiedade. Você já reparou que quando sentimos medo é como se algo de ruim fosse acontecer? Como se fossemos cada vez menos capazes de evitar esse acontecimento que nos aflige. A fobia é outra forma ainda mais intensa de ansiedade, maior que o medo. A fobia se manifesta de forma incompatível ou desproporcional com as possibilidades de perigo real. Ainda temos o pânico como mais uma forma de comportamento ansioso e grave que ocorre como uma crise de ansiedade intensa e de forma repentina. Em crises de pânico a criança sente que está perdendo o controle da situação e fica sem referências.



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