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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019


TOD   E    AUTISMO: DICAS PEDAGÓGICAS

1. Tenha um objetivo. Divida o objetivo em etapas.
2. Mostre como desempenhar em cada etapa. Gradualmente, vá retirando as dicas. Prefira usar imagens a dicas verbais.
3. Deixe claro que a criança acertou e não reprove o erro
4. Não tente ensinar tudo de uma vez. Concentre-se no que pode ser feito com tempo apropriado e paciência. .
5. Desde sempre, comece a exigir que a criança peça pelo que deseja vocalmente ou com gestos.
6. Pessoas diagnosticadas com autismo geralmente não compreendem e não lidam bem com mudanças de atividades.

Quadros de rotina que mostrem todas as atividades que a criança realizará no dia a ajudam a compreender o que irá fazer e a lidar melhor com as mudanças de atividades.
Idealmente, deve haver dois quadros: o PROGRAMADO e o IMEDIATO. – Todas as atividades do dia são exibidas no PROGRAMADO. – Quando uma nova atividade for realizada, deve passar do PROGRAMADO para o IMEDIATO (a criança deve participar disso). Semelhante ao quadro de rotinas fixos, mas é leve e móvel. – Composto por diversas fotos  ou palavras de todas as atividades que a criança realizará.Pode-se fazer uma sequência visual de músicas, histórias, etc..

É MUITO MAIS DIFÍCIL DECEPCIONAR ALGUÉM QUE CONFIA EM NÓS.

Além disso, a sala de aula por atender esse alunos, necessita ser organizada e estruturada, utilizando material didático adequado à habilidade da criança, havendo avaliação frequente e imediata, estabelecendo, planejamento previsível, deve-se utilizar os prêmios como meio estimulador ao aluno, sendo os mesmos coerentes e frequentes, fazendo parte do trabalho com a turma. Em alguns momentos as interrupções e pequenos incidentes devem ser ignorados, pois têm menores consequências. As atividades devem ser variadas, mas buscando sempre ser interessantes para os alunos, e ainda as expectativas do professor devem ser adequadas ao nível de habilidade da criança e deve-se estar preparado para mudanças. Os professores devem ter conhecimento do conflito incompetência x desobediência, e aprender a discriminar entre os dois tipos de problema.
É preciso desenvolver um repertório de intervenções para poder atuar eficientemente no ambiente da sala de aula 

Sugestões para Intervenções do Professor para ajudar a criança com TOD e autismo a se ajustar melhor à sala de aula:

Deve-se proporcionar uma boa estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas diários, regras claramente definidas, para autistas).Modifique a disposição das carteiras de acordo com o tipo de atividade (pequenos grupos para atividades cooperativas, círculo com a sala toda, em fileiras para tópicos mais expositivos).
Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor, 
Procurar dar responsabilidades que possam cumprir fazendo com que se sintam necessárias e valorizadas.
Iniciar sempre com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas.
Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais.
Manter comunicação com os pais, pois geralmente, eles sabem o que funciona melhor para o seu filho.Utilizar uma agenda de comunicação entre pais e escola, evitando que as conversas se dêem apenas em reuniões.
Proporcionar mudança do ritmo ou o tipo de tarefa com frequência para eliminar a necessidade de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a atenção, e isso vai ajudar a auto-percepção. Reconhecer as deficiências e inabilidades decorrentes do Transtorno, fazendo adaptações necessárias. (Exemplo: se a atenção é muito curta, não deve esperar concentração em uma única tarefa)As tarefas devem ser curtas, para que ele consiga concluir a tarefa e não pare pela metade, o que é muito comum.
Dar oportunidades para movimentos monitorados, como uma ida à secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um bilhete para o professor, regar as plantas ou dar de comer ao mascote da classe.Possibilitar a saída do aluno algumas vezes da sala para levar bilhetes, pegar giz em outra sala, ir ao banheiro, assim estará evitando que ele fuja da sala por conta própria.
Trabalhar com exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade.
Avaliação continua sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.
Fazer do canto um lugar de recompensa para atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo.
Desenvolver um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento. Aproveitar as aulas de educação física como auxílio na aprendizagem dos alunos que parecem ter energia triplicada (ginástica ajuda a liberar a energia que parece ser inesgotável, melhora a concentração com exercícios específicos, estimula hormônios e neurônios, a distinguir direita de esquerda já que possuem problemas de lateralidade que prejudicam muito sua aprendizagem).
- Proporcionar intervalos previsíveis sem trabalho que o aluno pode ganhar como recompensa por esforço feito, aumentando o tempo da atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento.
Perceber se há isolamento nas atividades recreativas barulhentas, pode indicar dificuldades de coordenação ou auditivas que exigem uma intervenção adicional.
Preparar com antecedência para as novas situações, pois tem sensibilidade em relação às suas deficiências e facilmente se assusta ou se desencoraja.Fazer um roteiro das atividades do dia, para que o aluno perceba as regras pré-definidas e que todos devem cumpri-las.
Trabalhar com métodos variados (som, visão, tato), entretanto, novas experiências envolvem muitas sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), e provavelmente irá precisar de tempo extra para completar a tarefa.
Reconhecer que esses  alunos necessitam de aulas diversificadas, 
Ter comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola, ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.
Substituir as aulas monótonas aulas mais estimulantes que venham prender a atenção do aluno.
Utilizar recursos variados que não são habituais na sala de aula (informática, experiências, construção de maquetes, atividades desafiadoras de criar, construir e explorar.
Não utilizar cores muito fortes na sala como amarelo e vermelho, cores fortes tendem a deixar os alunos mais agitados, excitados e menos atentos. Procure colocar tons mais neutros e suaves.
Método de economia de fichas: tabela contendo comportamentos -alvo a serem estimulados na criança, de forma assertiva e positiva, num calendário semanal. Cada item da tabela receberá uma nota no fim do dia (1 ponto, caso o comportamento adequado tenho sido realizado, e 0 ponto, caso não tenha sido realizado). A pontuação pode ser feita de diferentes formas (com desenhos, cores, formas geométricas…). A criança será premiada após verificação da tabela, conforme combinado anteriormente. Para que haja resultados positivos, a técnica deve ser aplicada ininterruptamente por pelo menos 6 semanas.
Nunca grite, ameace ou queira se impor à suas vontades.
 A melhor forma de conviver com esta criança é realizando combinados.
 Faça-o se sentir útil. Atribua funções e papéis à criança.
. Compreenda que a criança ou adolescente não realiza os atos porque quer.
Fortaleça a autoestima da criança, estimulando-a sempre em boas ações e a se superar. Converse muito com esta criança.
Os momentos de descarga emocional devem ser respeitados. Deixe-o sozinho nestes momentos e interfira somente se colocar a si próprio ou outros em perigo.
 Permita uma clara explicação das consequências de suas atitudes.
Converse com a criança para encontrar outras soluções para substituir as atitudes opositoras.
Quando der ordens, faça com o rosto de firmeza, com voz decidida. Porém não seja agressivo ou humilhe a criança. Ordene mas não seja autoritário.
Não a chame sempre pelo nome quando quiser sua atenção para prestar atenção à aula. Colocar a mão no ombro da criança e andar pela sala enquanto explica é uma ótima tática.
Evite ordens à distância, na forma de perguntas ou com palavras vagas. Use o olho-no-olho e seja o gerente da situação.
Oferecer mediadores concretos e externos. Para crianças menores, oferecer cartões indicando visualmente a sua função em cada atividade. Por exemplo, dividir a sala em duplas para atividade de leitura, cada dupla recebe um cartão com um desenho de orelha e outro com desenho de boca. Quem recebeu a orelha escuta e quem recebeu a boca lê. As atividades são intercaladas entre os pares.
Referências externas para as etapas de uma atividade. Crie uma música que sinalize as etapas a ser seguidas para ajudar a criança a regular seus impulsos e manter-se em uma atividade, principalmente em momentos de trocas de demandas, como o retorno à sala de aula após o lanche ou o início da uma nova tarefa. Coloque na letra da música os itens a ser seguidos, estimule que a sala toda cante
Estimular a autorregularão da impulsividade • Crie um lugar calmo na sala onde qualquer aluno possa ir quando sentir que precisa de um ambiente com menor estímulo sonoro para se acalmar ou para se concentrar. • Incentive a procura desse espaço como uma medida importante de autocontrole e de manejo das próprias sensações. • Possibilite pausas para autoavaliação do comportamento. Por exemplo, combinar com os alunos que quando o professor disser uma palavra específica (estátua, por exemplo), todos interromperão a atividade em curso e farão uma autorreflexão de como estão envolvidos, ou não, na colaboração e o que poderiam fazer para melhorar a situação.
Estimular a regulação do comportamento pelos pares • Coloque a criança impulsiva próxima de um colega que possa funcionar como um bom modelo e como uma ajuda externa ao controle. • Estimule a classe toda com incentivos para quando uma atividade é completada a tempo. Por exemplo, sugira algo tentador como tempo para atividades recreativas nos últimos vinte minutos do período se as tarefas do dia forem realizadas sem necessidade de interrupção disciplinar do professor para toda a sala. Escreva na lousa os números de 1 a 20, sendo que cada número refere-se aos minutos da atividade prometida. A cada interrupção para regular comportamento, todo o grupo perde um minuto. Deixe bem demarcado na lousa (risque os minutos perdidos). Permita que os alunos se organizem em duplas ou trios de forma que os menos impulsivos ajudem os mais impulsivos a se organizarem. 
Localização na sala de aula • Coloque seu aluno mais impulsivo em local próximo para que possa ser supervisionado e amparado por você. • Permita também que ele possa se movimentar sem atrapalhar as atividades. Modifique a disposição da carteira conforme a atividade. 
Orientação individual de um aluno evitando exposição
Crie um espaço de comunicação direta entre você e o aluno permitindo que a impulsividade seja reconhecida como um problema de difícil controle, algo que ele não deve negligenciar ou esconder, mas sim enfrentar, e que a dupla “professor-aluno” tem em comum a meta de traçar estratégias para diminui-la.
Combine um código que possa funcionar como ferramenta de controle externo sem exposição. Como “João, você poderia buscar um copo de água para mim, por favor”. Assim você promoveria que o aluno saia da sala de aula, caminhe um pouco, extravase sua energia, consiga perceber que estava se excedendo e retorne à sala sem expô-lo. 
Permita algum grau de controle na realização da atividade Sugira ao aluno que ele tem alguma autonomia sobre a forma como realiza uma atividade, se quer iniciar pelas partes mais interessantes, se precisa de pausas etc. A criança e o adolescente estão construindo a sua forma de compreensão e reação ao mundo e podem reagir de forma explosiva quando se deparam com situações em que têm dificuldades para compreender ou programar uma estratégia de reação no plano dos pensamentos (ou planejamento verbal). Assim, além de comuns, irritabilidade e agressividade são inespecíficas e podem ser manifestações de diferentes situações de sofrimento psíquico, Por isso, não podemos nos precipitar e considerar uma reação agressiva ou irritável como indício de gravidade ou de patologia. Mas podemos considerar que, ao reagir dessa forma, a criança ou o adolescente encontram um impedimento para utilizar formas mais elaboradas de reação (um planejamento, por exemplo). Um estudo analisou o modo de reação do professor frente a comportamentos agressivos por parte da classe e observou-se que altos índices de comportamento agressivo podem desencadear reações rígidas e inflexíveis do professor na tentativa de controle da conduta. Paradoxalmente, esse tipo de reação, principalmente quando acompanhado de restrição da relação empática entre aluno e professor, aumenta a resistência dos alunos e piora o comportamento na sala de aula (Pianta, 2004). Ou seja, irritação gera irritação e pode contaminar todo o ambiente escolar. Não é fácil lidar com um aluno assim, apesar de ser uma característica comum na infância.



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