TOD E AUTISMO: DICAS PEDAGÓGICAS
1.
Tenha um objetivo. Divida o objetivo em etapas.
2.
Mostre como desempenhar em cada etapa. Gradualmente, vá retirando as
dicas. Prefira usar imagens a dicas verbais.
3.
Deixe claro que a criança acertou e não reprove o erro
4.
Não tente ensinar tudo de uma vez. Concentre-se no que pode ser
feito com tempo apropriado e paciência. .
5.
Desde sempre, comece a exigir que a criança peça pelo que deseja
vocalmente ou com gestos.
6.
Pessoas diagnosticadas com autismo geralmente não compreendem e não
lidam bem com mudanças de atividades.
• Quadros
de rotina que mostrem todas as atividades que a criança realizará
no dia a ajudam a compreender o que irá fazer e a lidar melhor com
as mudanças de atividades.
• Idealmente,
deve haver dois quadros: o PROGRAMADO e o IMEDIATO. – Todas as
atividades do dia são exibidas no PROGRAMADO. – Quando uma nova
atividade for realizada, deve passar do PROGRAMADO para o IMEDIATO (a
criança deve participar disso). Semelhante ao quadro de rotinas
fixos, mas é leve e móvel. – Composto por diversas fotos ou
palavras de todas as atividades que a criança realizará.Pode-se
fazer uma sequência visual de músicas, histórias, etc..
É
MUITO MAIS DIFÍCIL DECEPCIONAR ALGUÉM QUE CONFIA EM NÓS.
Além
disso, a sala de aula por atender esse alunos, necessita ser
organizada e estruturada, utilizando material didático adequado à
habilidade da criança, havendo avaliação frequente e imediata,
estabelecendo, planejamento previsível, deve-se utilizar os prêmios
como meio estimulador ao aluno, sendo os mesmos coerentes e
frequentes, fazendo parte do trabalho com a turma. Em alguns momentos
as interrupções e pequenos incidentes devem ser ignorados, pois têm
menores consequências. As atividades devem ser variadas, mas
buscando sempre ser interessantes para os alunos, e ainda as
expectativas do professor devem ser adequadas ao nível de habilidade
da criança e deve-se estar preparado para mudanças. Os professores
devem ter conhecimento do conflito incompetência x desobediência, e
aprender a discriminar entre os dois tipos de problema.
É
preciso desenvolver um repertório de intervenções para poder atuar
eficientemente no ambiente da sala de aula
Sugestões
para Intervenções do Professor para ajudar a criança com TOD e
autismo a se ajustar melhor à sala de aula:
Deve-se
proporcionar uma boa estrutura, organização e constância (exemplo:
sempre a mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas
diários, regras claramente definidas, para autistas).Modifique a
disposição das carteiras de acordo com o tipo de atividade
(pequenos grupos para atividades cooperativas, círculo com a sala
toda, em fileiras para tópicos mais expositivos).
Colocar
a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do
professor,
Procurar
dar responsabilidades que possam cumprir fazendo com que se sintam
necessárias e valorizadas.
Iniciar
sempre com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas.
Proporcionar
trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades
sociais.
Manter
comunicação com os pais, pois geralmente, eles sabem o que funciona
melhor para o seu filho.Utilizar uma agenda de comunicação entre
pais e escola, evitando que as conversas se dêem apenas em reuniões.
Proporcionar
mudança do ritmo ou o tipo de tarefa com frequência para eliminar a
necessidade de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a
atenção, e isso vai ajudar a auto-percepção. Reconhecer as
deficiências e inabilidades decorrentes do Transtorno, fazendo
adaptações necessárias. (Exemplo: se a atenção é muito curta,
não deve esperar concentração em uma única tarefa)As tarefas
devem ser curtas, para que ele consiga concluir a tarefa e não pare
pela metade, o que é muito comum.
Dar
oportunidades para movimentos monitorados, como uma ida à
secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um bilhete para o
professor, regar as plantas ou dar de comer ao mascote da
classe.Possibilitar a saída do aluno algumas vezes da sala para
levar bilhetes, pegar giz em outra sala, ir ao banheiro, assim estará
evitando que ele fuja da sala por conta própria.
Trabalhar
com exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da
comunidade.
Avaliação
continua sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma
e sobre os outros ajuda bastante.
Fazer
do canto um lugar de recompensa para atividades bem feitas em vez de
um lugar de castigo.
Desenvolver
um repertório de atividades físicas para a turma toda, como
exercícios de alongamento. Aproveitar as aulas de educação física
como auxílio na aprendizagem dos alunos que parecem ter energia
triplicada (ginástica ajuda a liberar a energia que parece ser
inesgotável, melhora a concentração com exercícios específicos,
estimula hormônios e neurônios, a distinguir direita de esquerda já
que possuem problemas de lateralidade que prejudicam muito sua
aprendizagem).
-
Proporcionar intervalos previsíveis sem trabalho que o aluno pode
ganhar como recompensa por esforço feito, aumentando o tempo da
atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um
processo gradual de treinamento.
Perceber
se há isolamento nas atividades recreativas barulhentas, pode
indicar dificuldades de coordenação ou auditivas que exigem uma
intervenção adicional.
Preparar
com antecedência para as novas situações, pois tem sensibilidade
em relação às suas deficiências e facilmente se assusta ou se
desencoraja.Fazer um roteiro das atividades do dia, para que o aluno
perceba as regras pré-definidas e que todos devem cumpri-las.
Trabalhar
com métodos variados (som, visão, tato), entretanto, novas
experiências envolvem muitas sensações (sons múltiplos,
movimentos, emoções ou cores), e provavelmente irá precisar de
tempo extra para completar a tarefa.
Reconhecer
que esses alunos necessitam de aulas diversificadas,
Ter
comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola, ele
é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.
Substituir
as aulas monótonas aulas mais estimulantes que venham prender a
atenção do aluno.
Utilizar
recursos variados que não são habituais na sala de aula
(informática, experiências, construção de maquetes, atividades
desafiadoras de criar, construir e explorar.
Não
utilizar cores muito fortes na sala como amarelo e vermelho, cores
fortes tendem a deixar os alunos mais agitados, excitados e menos
atentos. Procure colocar tons mais neutros e suaves.
Método
de economia de fichas: tabela contendo comportamentos -alvo a serem
estimulados na criança, de forma assertiva e positiva, num
calendário semanal. Cada item da tabela receberá uma nota no fim do
dia (1 ponto, caso o comportamento adequado tenho sido realizado, e 0
ponto, caso não tenha sido realizado). A pontuação pode ser feita
de diferentes formas (com desenhos, cores, formas geométricas…). A
criança será premiada após verificação da tabela, conforme
combinado anteriormente. Para que haja resultados positivos, a
técnica deve ser aplicada ininterruptamente por pelo menos 6
semanas.
Nunca
grite, ameace ou queira se impor à suas vontades.
A
melhor forma de conviver com esta criança é realizando combinados.
Faça-o
se sentir útil. Atribua funções e papéis à criança.
.
Compreenda que a criança ou adolescente não realiza os atos porque
quer.
Fortaleça
a autoestima da criança, estimulando-a sempre em boas ações e a se
superar. Converse muito com esta criança.
Os
momentos de descarga emocional devem ser respeitados. Deixe-o sozinho
nestes momentos e interfira somente se colocar a si próprio ou
outros em perigo.
Permita
uma clara explicação das consequências de suas atitudes.
Converse
com a criança para encontrar outras soluções para substituir as
atitudes opositoras.
Quando
der ordens, faça com o rosto de firmeza, com voz decidida. Porém
não seja agressivo ou humilhe a criança. Ordene mas não seja
autoritário.
Não
a chame sempre pelo nome quando quiser sua atenção para prestar
atenção à aula. Colocar a mão no ombro da criança e andar pela
sala enquanto explica é uma ótima tática.
Evite
ordens à distância, na forma de perguntas ou com palavras vagas.
Use o olho-no-olho e seja o gerente da situação.
Oferecer
mediadores concretos e externos. Para crianças menores, oferecer
cartões indicando visualmente a sua função em cada atividade. Por
exemplo, dividir a sala em duplas para atividade de leitura, cada
dupla recebe um cartão com um desenho de orelha e outro com desenho
de boca. Quem recebeu a orelha escuta e quem recebeu a boca lê. As
atividades são intercaladas entre os pares.
Referências
externas para as etapas de uma atividade. Crie uma música que
sinalize as etapas a ser seguidas para ajudar a criança a regular
seus impulsos e manter-se em uma atividade, principalmente em
momentos de trocas de demandas, como o retorno à sala de aula após
o lanche ou o início da uma nova tarefa. Coloque na letra da música
os itens a ser seguidos, estimule que a sala toda cante
Estimular
a autorregularão da impulsividade • Crie um lugar calmo na sala
onde qualquer aluno possa ir quando sentir que precisa de um ambiente
com menor estímulo sonoro para se acalmar ou para se concentrar. •
Incentive a procura desse espaço como uma medida importante de
autocontrole e de manejo das próprias sensações. • Possibilite
pausas para autoavaliação do comportamento. Por exemplo, combinar
com os alunos que quando o professor disser uma palavra específica
(estátua, por exemplo), todos interromperão a atividade em curso e
farão uma autorreflexão de como estão envolvidos, ou não, na
colaboração e o que poderiam fazer para melhorar a situação.
Estimular
a regulação do comportamento pelos pares • Coloque a criança
impulsiva próxima de um colega que possa funcionar como um bom
modelo e como uma ajuda externa ao controle. • Estimule a classe
toda com incentivos para quando uma atividade é completada a tempo.
Por exemplo, sugira algo tentador como tempo para atividades
recreativas nos últimos vinte minutos do período se as tarefas do
dia forem realizadas sem necessidade de interrupção disciplinar do
professor para toda a sala. Escreva na lousa os números de 1 a 20,
sendo que cada número refere-se aos minutos da atividade prometida.
A cada interrupção para regular comportamento, todo o grupo perde
um minuto. Deixe bem demarcado na lousa (risque os minutos perdidos).
Permita que os alunos se organizem em duplas ou trios de forma que os
menos impulsivos ajudem os mais impulsivos a se organizarem.
Localização
na sala de aula • Coloque seu aluno mais impulsivo em local próximo
para que possa ser supervisionado e amparado por você. • Permita
também que ele possa se movimentar sem atrapalhar as atividades.
Modifique a disposição da carteira conforme a atividade.
Orientação
individual de um aluno evitando exposição
• Crie
um espaço de comunicação direta entre você e o aluno permitindo
que a impulsividade seja reconhecida como um problema de difícil
controle, algo que ele não deve negligenciar ou esconder, mas sim
enfrentar, e que a dupla “professor-aluno” tem em comum a meta de
traçar estratégias para diminui-la.
• Combine
um código que possa funcionar como ferramenta de controle externo
sem exposição. Como “João, você poderia buscar um copo de água
para mim, por favor”. Assim você promoveria que o aluno saia da
sala de aula, caminhe um pouco, extravase sua energia, consiga
perceber que estava se excedendo e retorne à sala sem expô-lo.
Permita
algum grau de controle na realização da atividade Sugira ao aluno
que ele tem alguma autonomia sobre a forma como realiza uma
atividade, se quer iniciar pelas partes mais interessantes, se
precisa de pausas etc. A criança e o adolescente estão construindo
a sua forma de compreensão e reação ao mundo e podem reagir de
forma explosiva quando se deparam com situações em que têm
dificuldades para compreender ou programar uma estratégia de reação
no plano dos pensamentos (ou planejamento verbal). Assim, além de
comuns, irritabilidade e agressividade são inespecíficas e podem
ser manifestações de diferentes situações de sofrimento psíquico,
Por isso, não podemos nos precipitar e considerar uma reação
agressiva ou irritável como indício de gravidade ou de patologia.
Mas podemos considerar que, ao reagir dessa forma, a criança ou o
adolescente encontram um impedimento para utilizar formas mais
elaboradas de reação (um planejamento, por exemplo). Um estudo
analisou o modo de reação do professor frente a comportamentos
agressivos por parte da classe e observou-se que altos índices de
comportamento agressivo podem desencadear reações rígidas e
inflexíveis do professor na tentativa de controle da conduta.
Paradoxalmente, esse tipo de reação, principalmente quando
acompanhado de restrição da relação empática entre aluno e
professor, aumenta a resistência dos alunos e piora o comportamento
na sala de aula (Pianta, 2004). Ou seja, irritação gera irritação
e pode contaminar todo o ambiente escolar. Não é fácil lidar com
um aluno assim, apesar de ser uma característica comum na infância.
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