Na
Primeira Infância:
1 - atraso no desenvolvimento
motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;
2 - atraso
ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia
de palavras;
3 - parece difícil para essa criança
entender o que está ouvindo;
4 - distúrbios do sono;
5
- enurese noturna;
6 - suscetibilidade à alergias e à
infecções;
7 - tendência à hiper ou a hipo-atividade
motora;
8 - chora muito e parece inquieta ou agitada com
muita freqüência;
9 - dificuldades para aprender a andar de
triciclo;
10 - dificuldades de adaptação nos primeiros anos
escolares.
Observação:
Pesquisas
científicas neurobiológicas recentes concluiram que o sintoma mais
conclusivo acerca do risco de dislexia em uma criança, pequena ou
mais velha, é o atraso na aquisição da fala e sua deficiente
percepção fonética. Quando este sintoma está associado a outros
casos familiares de dificuldades de aprendizado - dislexia é,
comprovadamente, genética, afirmam especialistas que essa criança
pode vir a ser avaliada já a partir de cinco anos e meio, idade
ideal para o início de um programa remediativo, que pode trazer as
respostas mais favoráveis para superar ou minimizar essa
dificuldade.
A dificuldade de discriminação fonológica leva
a criança a pronunciar as palavras de maneira errada. Essa falta de
consciência fonética, decorrente da percepção imprecisa dos sons
básicos que compõem as palavras, acontece, já, a partir do som da
letra e da sílaba. Essas crianças podem expressar um alto nível de
inteligência, "entendendo tudo o que ouvem", como costumam
observar suas mães, porque têm uma excelente memória auditiva.
Portanto, sua dificuldade fonológica não se refere à identificação
do significado de discriminação sonora da palavra inteira, mas da
percepção das partes sonoras diferenciais de que a palavra é
composta. Esta a razão porque o disléxico apresenta dificuldades
significativas em leitura, que leva a tornar-se, até, extremamente
difícil sua soletração de sílabas e palavras. Por isto, sua
tendência é ler a palavra inteira, encontrando dificuldades de
soletração sempre que se defronta com uma palavra
nova.
Freqüentemente, essas crianças apresentam
mais dificuldades na conquista de
domínio do equilíbrio de
seu corpo com relação à gravidade,
A Partir dos Sete
Anos de Idade:
1 - pode ser extremamente lento ao fazer seus
deveres:
2 - ao contrário, seus deveres podem ser feitos
rapidamente e com muitos erros;
3 - copia com letra bonita,
mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve;
4
- a fluência em leitura é inadequada para a idade;
5 -
inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever;
6
- só faz leitura silenciosa;
7 - ao contrário, só
entende o que lê, quando lê em voz alta para poder ouvir o som da
palavra;
8 - sua letra pode ser mal grafada e, até,
ininteligível; pode borrar ou ligar as palavras entre si;
9 -
pode omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de
letras e sílabas;
10 - esquece aquilo que aprendera muito
bem, em poucas horas, dias ou semanas;
11 - é mais fácil, ou
só é capaz de bem transmitir o que sabe através de exames
orais;
12 - ao contrário, pode ser mais fácil escrever o que
sabe do que falar aquilo que sabe;
13 - tem grande
imaginação e criatividade;
14 - desliga-se facilmente,
entrando "no mundo da lua";
15 - tem dor de barriga
na hora de ir para a escola e pode ter febre alta em dias de
prova;
16 - porque se liga em tudo, não consegue
concentrar a atenção em um só estímulo;
17 - baixa
auto-imagem e auto-estima; não gosta de ir para a escola;
18
- esquiva-se de ler, especialmente em voz alta;
19 - perde-se
facilmente no espaço e no tempo; sempre perde e esquece seus
pertences;
20 - tem mudanças bruscas de humor;
21 - é
impulsivo e interrompe os demais para falar;
22 - não
consegue falar se outra pessoa estiver falando ao mesmo tempo em que
ele fala;
23 - é muito tímido e desligado; sob
pressão, pode falar o oposto do que desejaria;
24 - tem
dificuldades visuais, embora um exame não revele problemas com seus
olhos;
25 - embora alguns sejam atletas, outros mal conseguem
chutar, jogar ou apanhar uma bola;
26 - confunde
direita-esquerda, em cima-em baixo; na frente-atrás;
27 - é
comum apresentar lateralidade cruzada; muitos são canhestros e
outros ambidestros;
28 - dificuldade para ler as horas, para
seqüências como dia, mês e estação do ano;
29 -
dificuldade em aritmética básica e/ou em matemática mais
avançada;
30 - depende do uso dos dedos para contar, de
truques e objetos para calcular;
31 - sabe contar, mas tem
dificuldades em contar objetos e lidar com dinheiro;
32 - é
capaz de cálculos aritméticos, mas não resolve problemas
matemáticos ou algébricos;
33 - embora resolva cálculo
algébrico mentalmente, não elabora cálculo aritmético;
34
- tem excelente memória de longo prazo, lembrando experiências,
filmes, lugares e faces;
35 - boa memória longa, mas pobre
memória imediata, curta e de médio prazo;
36 - pode ter
pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade
auditivas;
37 - pensa através de imagem e sentimento, não
com o som de palavras;
38 - é extremamente desordenado, seus
cadernos e livros são borrados e amassados;
39 - não
tem atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e
ajudado na escola;
40 - pode estar sempre brincando, tentando
ser aceito nem que seja como "palhaço" ;
41 -
frustra-se facilmente com a escola, com a leitura, com a matemática,
com a escrita;
42 - tem pré-disposição à alergias e à
doenças infecciosas;
43 - tolerância muito alta ou muito
baixa à dor;
44 - forte senso de justiça;
45 - muito
sensível e emocional, busca sempre a perfeição que lhe é difícil
atingir;
46 - dificuldades para andar de bicicleta, para
abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos;
47 - manter o
equilíbrio e exercícios físicos são extremamente difíceis para
muitos disléxicos;
48 - com muito barulho, o disléxico se
sente confuso, desliga e age como se estivesse distraído;
49
- sua escrita pode ser extremamente lenta, laboriosa, ilegível, sem
domínio do espaço na página;
50 - cerca de 80% dos
disléxicos têm dificuldades em soletração e em leitura.
Crianças
disléxicas apresentam combinações de sintomas, em intensidade de
níveis que variam entre o sutil ao severo, de modo absolutamente
pessoal. Em algumas delas há um número maior de sintomas e sinais;
em outras, são observadas somente algumas características. Quando
sinais só aparecem enquanto a criança é pequena, ou se alguns
desses sintomas somente se mostram algumas vezes, isto não significa
que possam estar associados à Dislexia. Inclusive, há crianças que
só conquistam uma maturação neurológica mais lentamente e que,
por isto, somente têm um quadro mais satisfatório de evolução,
também em seu processo pessoal de aprendizado, mais tardiamente do
que a média de crianças de sua idade.
Pesquisadores têm
enfatizado que a dificuldade de soletração tem-se evidenciado como
um sintoma muito forte da Dislexia. Há o resultado de um trabalho
recente, publicado no jornal Biological Psychiatry e referido no The
Associated Press em 15/7/02, onde foram estudadas as dificuldades de
disléxicos em idade entre 7 e 18 anos, que reafirma uma outra
conclusão de pesquisa realizada com disléxicos adultos em 1998,
constando do seguinte:
que quanto melhor uma criança
seja capaz de ler, melhor ativação ela mostra em uma específica
área cerebral, quando envolvida em exercício de soletração de
palavras. Esses pesquisadores usaram a técnica de Imagem Funcional
de Ressonância Magnética, que revela como diferentes áreas
cerebrais são estimuladas durante atividades específicas. Esta
descoberta enfatiza que essa região cerebral é a chave para a
habilidade de leitura, conforme sugerem esses estudos.
Essa área,
atrás do ouvido esquerdo, é chamada região ocipto-temporal
esquerda. Cientistas que, agora, estão tentando definir que
circuitos estão envolvidos e o que ocorre de errado em Dislexia,
advertem que essa tecnologia não pode ser usada para diagnosticar
Dislexia.
Esses pesquisadores ainda esclarecem que crianças
disléxicas mais velhas mostram mais atividade em uma diferente
região cerebral do que os disléxicos mais novos. O que sugere que
essa outra área assumiu esse comando cerebral de modo compensatório,
possibilitando que essas crianças conseguiam ler, porém somente com
o exercício de um grande esforço.
Fonte: https://cantinhodatiavere.blogspot.com/search/label/DIFICULDADE%20DE%20APRENDIZAGEM
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